quarta-feira, 23 de março de 2011

Bizarria ou Extravagância?




Não sei qual é a palavra que melhor define este tipo de flores... 

As Tulipas são por várias razões um exemplo de simplicidade e graça, a bizarria não é a sua vocação e assistir a uma extravagância destas da parte de uma Tulipa é desconcertante e perturbador. O fascínio e paixões que seres como este conseguem provocar revela-nos alguns dos mais perversos segredos da natureza humana. 

A verdade é que estas "Tulipas partidas" (Broken tulips), eram originalmente flores doentes, este aspecto bizarro era causado por um vírus que atacava a planta acabando por a matar. Mas no sec. XVII quando se cultivaram as primeiras Tulipas na Europa pouco ou nada se sabia sobre o assunto e o facto de Tulipas perfeitamente normais se transformarem, de um ano para o outro, em extravagâncias deste tipo teve consequências nunca vistas. Flores como esta eram verdadeiros tesouros e foram vendidas por preços exorbitantes durante a chamada Tulipomania.

Extravagâncias como estas, - que hoje em dia são produzidas artificialmente mas já sem a acção do vírus - continuam impressionar os homens do sec. XXI cuja sensibilidade e o sentido estético evoluiram muito pouco - ou nada - nos últimos quinhentos anos. A beleza de uma Tulipa não está - definitivamente - na bizarria das suas cores e formas, mas na sua perfeita simplicidade.



1 comentário:

Maysa disse...

Buscar a palavra ...a imagem...Pelas manhãs tenho ilustrado meu espírito olhando , e agora, seguindo o Blog de Cheiros. Amo tulipas! já viu "meus junquilhos domesticados", também não têm cheiro, mas beleza e simplicidade não lhes faltam.
Abc
Maysa