Schinus molle . A frutificar em Lisboa
Esta Árvore recebe em Portugal o nome, um bocadinho ofensivo, Pimenteira-bastarda, a razão que levou os Portugueses a nomear de forma um bocadinho ofensiva uma árvore tão bonita, generosa e despretensiosa parece-me clara. Trazer do longínquo oriente a preciosa pimenta preta, a verdadeira e única, deu-nos água pela barba e moldou o rumo da história, não venham cá chamar pimenta a esta brincadeira de meninos que nós não brincamos, e pronto!
Mas, portugueses à parte, em todo mundo as bonitas e perfumadas bagas das Schinus, recebem o nome de pimenta-rosa, pimenta-do-Brasil, pimenta-do-Peru... E são utilizadas em inúmeras - mais ou menos sofisticadas - receitas culinárias, sem que com isso a pimenta preta se sinta de alguma maneira preterida. Existem (pelo menos) duas espécies de pimenteiras-rosa, uma originária do Brasil (Schinus terebinthifolius) e outra (Schinus molle), bastante comum em Portugal e com origem no Peru.
O nome blog de cheiros atraiu-me, não por razões olfactivas, mas pelo cultivo apaixonado de ervas e todo o tipo de plantas aromáticas no meu jardim. Lá tenho uma pimenteira tal e qual e pouco conheço da sua espécie. Achei-a bonita e pronto! Trouxe umas bagas de um jardim público de Lisboa e em escassos três anos tornou-se uma árvore com uma boa envergadura. Teve que ser entalada e levar umas podas compensatórias porque o seu porte flexível em conluio com os intensos ventos da região cedo a arrastaram para uma posição obliqua.
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