segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Fácil não rima com jardinagem


Parece que um dos objectivos da Divisão de Estudos e Projectos da Direcção Municipal de Ambiente Urbano da Câmara Municipal de Lisboa, para o Jardim do Príncipe Real, no tal projecto de requalificação (muito falado mas nunca visto), é criar um jardim de fácil manutenção.

Não é preciso perceber muito sobre jardinagem, para saber que jardins de fácil manutenção é uma coisa que não existe.

4 comentários:

  1. pois é Rosa e agora o exemplo que é dado para antecipar o que vai acontecer no Jardim do Príncipe Real é o que aconteceu no "jardim" São Pedro de Alcantara. Mas qual Jardim? Aquilo deixou de ser um Jardim para ser um miradoura com árvores rodeadas por saibro e calçada e não estou a exagerar. Intervenção minimalista? sim, na legalidade, no respeito pelas pessoas e pela vegetação, na informação prestada. Finalmente a questão do "ensombrado". O Jardim estava "ensombrado". E então? Era ou não essa penumbra parte do carácter romântico (no sentido de estilo arquitetónico e não na sua acepção emocional) do Jardim França Borges. De facto agora já se vê o jardim de um lado ao outro (o que também fica mais fácil porque os anteriores lados exteriores do Jardim, definidos pelas árvores chamadas de alinhamento, desapareceram. Enfim, de novo esta pessegada.

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  2. Tiago, Também acho que foi "pior a emenda do que o soneto", este artigo do Público, não sossega nada.

    É a comparação com o "não jardim" do miradouro de S.Pedro de Alcântara, a introdução tarde e a má hora do termo "restauro", a opinião dos responsáveis pelo projecto (qual projecto, afinal?)... Uma trapalhada desnecessária.

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  3. Rosa os meus parabéns. Acertou em cheio. Fácil não rima com jardinagem mas rima com falta de meios. Como diz o provérbio poupa-se no farelo para se gastar na farinha.
    Manutenção fácil é transformar o que era verde em pedra, caso dos dois canteiros a poente do jardim. É transformar os relvados do jardim em mato e silvas.

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  4. Jorge,
    Fácil rima também (neste caso) com ignorância e presunção (querer mostrar obra feita a todo custo).
    E depois, aquela ideia peregrina de que jardinagem é arquitectura...

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