Um terreiro para feiras ou outra coisa mais animada, o jardim pelos vistos estava podre, vamos deitar fora e fazer outra coisa qualquer, ficam por lá as árvores classificadas porque o Zé é muito bonzinho.
Naturalmente o vereador não o sepultou para lhe conservar dignamente os ossos. Pretende agora, o ladino, rentabilizar o espaço. E que tal umas feiras que paguem parte das obras?, pensou o finório. Esquecendo o que exige a Carta de Florença - atenta à natureza e objectivo de um jardim histórico como «sítio calmo, indutor de contactos humanos, de silêncio e de fruição da natureza» - sobre o carácter «ocasional» que pode ter «a sua utilização para festividades que o pervertam ou danifiquem».
Perdemos um jardim e ganhamos um terreiro para feiras.
ResponderEliminarUm terreiro para feiras ou outra coisa mais animada, o jardim pelos vistos estava podre, vamos deitar fora e fazer outra coisa qualquer, ficam por lá as árvores classificadas porque o Zé é muito bonzinho.
ResponderEliminarUns girassóis ficavam a matar.
ResponderEliminarLá que há podres, há-os, mas não era o jardim.
ResponderEliminarPodre? Estranho... cheirava sempre tão bem.
ResponderEliminarNaturalmente o vereador não o sepultou para lhe conservar dignamente os ossos. Pretende agora, o ladino, rentabilizar o espaço. E que tal umas feiras que paguem parte das obras?, pensou o finório. Esquecendo o que exige a Carta de Florença - atenta à natureza e objectivo de um jardim histórico como «sítio calmo, indutor de contactos humanos, de silêncio e de fruição da natureza» - sobre o carácter «ocasional» que pode ter «a sua utilização para festividades que o pervertam ou danifiquem».