Em Lisboa, onde tudo está por fazer, há uma urgência inexplicável na limpeza das folhas caídas.
Numa cidade onde não há flores, as fontes secaram, as árvores abatidas não são substituídas e as plantas doentes não são tratadas, os funcionários da câmara saem para a rua de madrugada e, munidos de potentes (e sonoros) aspiradores ou sinistros sopradores, roubam-nos zelosamente o Outono.

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