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1 . Rosas
Esta foi uma relação complicada e ainda mal resolvida. Calculo que no meu segundo ou terceiro mês de Abril, se tenham apressado a apresentar-me a dita flor... Fiquei desconfiada, lembro-me principalmente do cheiro, aquilo não era definitivamente cheiro de gente, como é que ela então podia ter o meu nome! Decidi então ignorar a existência daquela flor que tudo fazia para me baralhar, ainda hoje temos uma relação distante, mas a coisa - mais dia menos dia- resolve-se.
2 . Armérias
Os primeiros dias de praia calham quase sempre em Abril, é precisamente nessa altura que elas estão lá (à flor do mar), doces e perfumadas, para nos receber, se não fosse por mais nada, isto chegava bem para as tornar inesquecíveis.
3 . Malmequer
São as flores para a primeira lição (sobre flores) das nossas vidas, pobres daqueles que não guardam nas suas recordações de infância alguns Mal-me-queres.
4 . Papoilas
Uma das minhas recordações de infância mais fortes e recorrente, é aquela em que existe um prado, um cão, amigos e Papoilas. Só pode ter sido em Abril que é o mês dos prados.
5 . Antirrhinum
A par das Papoilas esta sempre foi a minha flor preferida, chamam-lhe coelhinhos, ou num registo mais pesado boca-de-Leão, há lá coisa de que uma criança goste mais do que uma flor com nomes destes e com uma boca que se abre de verdade cada vez que cumprimenta uma abelha.
6 . Dedaleira
As saudades que eu tenho de encontrar dedaleiras pelos campos, o meu pai traduzia o nome Inglês e chamava-lhes luvinhas de raposa o que redobrava o efeito fantástico que estas flores só por si produzem no imaginário infantil, estas eram, (são ainda) as flores que povoam as fábulas...No tempo em que os animais falavam.
7 . Amores-perfeitos
Estas metiam-me medo, havia qualquer coisa de diabólico nos Amores-perfeitos. Com algumas flores fazia ramos coloridos que gostava de oferecer à minha mãe; outras pareciam-me perfeitas para dissecar em experiências de cariz, vá lá, científico; outras secava entre as folhas dos livros, havia até algumas que gostava de provar. Aos fascinantes Amores-perfeitos não me atrevia nem a tocar.
Recordo-me bem de os observar, longamente, a alguma distância... Talvez fosse o nome que me preocupava, já nessa altura (amor) era uma palavra a utilizar com precaução; a conjugação das cores e tons era sempre perfeita; as pétalas pareciam feitas de veludo; o tamanho era definitivamente o melhor tamanho que uma flor pode ter, nem pequeno de mais, nem grande ou ostensivo; admirava o facto de se manterem sempre modestamente rente ao chão; como não lhes tocava nem me aproximava muito, nunca me apercebi do seu maior defeito -enquanto flor- a ausência de cheiro, por isso achava-as mesmo perfeitas sem tirar nem pôr, e não lhes tocava não sei se por medo, se por respeito.
8 . Cravos
Serão para sempre recordação de Abril, já aqui disse que acho lindo uma revolução ter nome de flor e espero que assim continue.
9 . Madressilva
Nascem em grandes tufos à beira dos caminhos, pelo menos é lá que me lembro delas, são estranhas, atípicas, parece que vieram de outro planeta, com elas aprendi a gostar de flores estranhas. Têm um cheiro mágico que nunca se esquece e que me leva a procurá-las no mês de Abril sempre no mesmo local, onde cada vez há menos porque homens sem sentimentos insistem em construir prédios de muitos andares com vista para o mar, às custas das bravas Madressilvas que para eles nada valem.
Rosas são divinas, com seu cheiro e cores tão diversas...
ResponderEliminarAmo as rosas, nos jardins, nos vasos, nos ramos oferecidos no dia dos namorados!
é muito legal esse lance de flores para decorar ainda mais quando descobrimos seus significados e os meses a que elas representam... Eu estou com um blogger na Internet onde posto capítulos de um livro escrito por mim ???? historiaporacaso.blogspot.com
ResponderEliminaracessem lá ♥.e deixem um comentário por favor !
Agradeço brevemente.