segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Aloé aranha


Aloe (humilis?)

O epíteto refere o porte humilde e rasteirinho pouco comum no vasto género Aloe, o nome comum (spider aloe) aponta o misterioso pacto de mimetismo com o mundo animal, o facto de dar flores amarelas é uma agradável surpresa mas muito atípico nesta espécie o que só por si me obriga a precaver com um ponto de interrogação.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Sementes livres



A Liberdade das Sementes é ameaçada pelas patentes sobre sementes, que criam um monopólio de sementes e tornam ilegais a conservação e troca de sementes pelos agricultores. As patentes sobre sementes não se justificam, nem em termos éticos nem em termos ecológicos, uma vez que as patentes são direitos exclusivos concedidos sobre uma invenção. As sementes não são uma invenção. A vida não é uma invenção.

Vandana Shiva . "Declaração sobre a liberdade das sementes"

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Realismo fantástico


Echeveria "Blue Bird"

(...) numa sexta-feira, às duas da tarde, iluminou-se o mundo com um sol bobo, vermelho e áspero como poeira de tijolo e quase tão fresco como a água, e não voltou a chover durante dez anos.

García Márquez .  "Cem anos de Solidão"



quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Out of Africa

Haworthia (attenuata?)

As exóticas Haworthia e os benéficos Aloés são africanos, as radiantes Echevérias e as soberbas Agaves são americanas e as resilientes Sempervivum tectorum são europeias. Embora vivam todas em perfeita harmonia na minha varanda, tenho sempre em conta as suas origens quando as quero ver satisfeitas.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Sem medo das árvores

Quinta dos Machados . Picanceira

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Restos de colecção


Haworthia (mucronata?)

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

No Prado

Começa tudo de novo...
(...)
Esperam-me prados com tantas flores,
Que só cavalos de várias cores
Podem servir.

Reinaldo Ferreira

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Triste Lisboa

Campo dos Mártires da Pátria

Esta grande Robínia, porventura a maior e mais antiga de Lisboa, foi há poucos dias abatida por gente mesquinha e ignorante. Numa cidade de gente civilizada árvores como esta são verdadeiros tesouros e grande motivo de orgulho. O que se passa nesta minha cidade cada vez mais pobre e triste?

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Homens com flores (15)


Pablo Picasso

Bravas murtas

Myrtus communis

domingo, 8 de novembro de 2015

Tonta



Bastaram poucas horas de calor para a tonta da minha prunus se convencer de que a primavera estava a chegar.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Cosmos


Cosmos bipinnatus

Aceita o universo
Como to deram os deuses.
Se os deuses te quisessem dar outro
Ter-to-iam dado.
Se há outras matérias e outros mundos
Haja.

Alberto Caeiro . “Poemas Inconjuntos”


quinta-feira, 5 de novembro de 2015

O Cacto


Aquele cacto lembrava os gestos desesperados da estatuária:
Laocoonte constrangido pelas serpentes,
Ugolino e os filhos esfaimados.
Evocava também o seco Nordeste, carnaubais, caatingas…
Era enorme, mesmo para esta terra de feracidades excepcionais.

Um dia um tufão furibundo abateu-o pela raiz.
O cacto tombou atravessado na rua,
Quebrou os beirais do casario fronteiro,
Impediu o trânsito de bondes, automóveis, carroças,
Arrebentou os cabos elétricos e durante vinte e quatro horas
[privou a cidade de iluminação e energia:

– Era belo, áspero, intratável.

Petrópolis, 1925

Manuel Bandeira

Zigocactus truncatus

Está tão lindo o meu cacto do Natal que nem me atrevo a fotografar.

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Por nada

Tricyrtis hirta