sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Se não existisse mau gosto o que seria do amarelo?



Ginkgo biloba



Sem imagens

Nestes tempos de céus cinzas e chumbos, nós precisamos de árvores desesperadamente verdes
Mário Quintana

Homens com flores (8)


I use flowers because Oscar Wilde used flowers. I really admire the idea of constantly being attached to some form of plant.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

À laia de lembrete

Campanula medium
Para não me esquecer de comprar sementes desta flor que eu adoro.
Tenho algumas semeadas há dois anos que vão, se a natureza for generosa, florir lá para o fim da Primavera. As que irei semear este ano só terão flores, na melhor das hipóteses, na Primavera/Verão  de 2014. São plantas bianuais, No primeiro ano são formadas as raízes, o caule e as folhas. No segundo, acontece a floração, a formação do fruto e das sementes ocorrendo então a morte da planta.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Ginkgo

 Ginkgo biloba

Poesia é criação.
Poetar é fazer versos.
Não é de modo algum condição de criação caber em versos.
(...)
Quando não havia linguagem o homem foi o autor da mais bela criação da Poesia: os nomes. Os nomes: a língua.
(...)
O homem insiste em não dar por concluída a sua mais bela criação da poesia. Há seguramente mais ocultamento do ser no oculto que permitiu o seu desocultamento em linguagem.

Almada Negreiros . "Poesia e Criação" (textos de intervenção)

Do prazer de dar e receber



Evocando as fadas





(...)
There is a green in the air,
Soft, delectable.
It cushions me lovingly.

I am flushed and warm.
I think I may be enormous,
I am so stupidly happy,
My Wellingtons
Squelching and squelching through the beautiful red.
(...)

Sylvia Plath . do poema "Letter In November"

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Mãos verdes



A plantsman (plantswoman) is one who loves plants for their own sake and knows how to cherish them. This… concept… may include a botanist: it certainly includes a host of admirable amateurs who may not know what a chromosome looks like or what taxonomy means, but they know the growing plant, wild or cultivated, first-hand. To my mind they are the cream of those in the plant world, a fund of invaluable first-hand information."


Não existe palavra em português, pois não?

Da época

Kniphofia
Mais uma (*) flor do Outono que nos sabe tirar do sério.
São muitos os preconceitos (dos jardineiros sérios) contra esta Africana estapafúrdia que, generosamente, se propõe iluminar os jardins durante uma das épocas mais sombrias do ano. Avisam - as grandes autoridades em jardinagem - que esta flor não deve ser levada a sério, que a sua utilização descredibiliza qualquer jardim que se queira sóbrio e que o simples facto de pronunciar o seu nome é desaconselhado a quem quer manter alguma réstia de seriedade e bom gosto. 
O meu não é um jardim sério e a sobriedade não me anima. Comprei este ano algumas Kniphofias (podem chamar-lhes Tritónias se preferirem) às quais desejo uma longa e feliz vida.

E quando descubro que a minha jardineira preferida tem, contra tudo e todos, as Kniphofias como flores de eleição e que até se dedica à sua produção, ainda fico a gostar mais delas.


segunda-feira, 26 de novembro de 2012

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Árvores de Lisboa

Celtis australis

 Sou mais árvore do que se pensa e o lódão é mais homem do que parece.
Teixeira de Pascoaes


quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Eça e as plantazinhas silvestres

(...) Os nossos cavalos caminhavam num passo pensativo, gozando também a paz da manhã adorável. E não sei que plantazinhas silvestres e escondidas espalhavam um delicado aroma, que eu tantas vezes sentira, naquele caminho, ao começar o Outono.
- Que delicioso dia! - murmurou Jacinto - Este caminho para a Flor da Malva é o caminho do céu... Oh Zé Fernandes, de que é este cheirinho tão doce, tão bom...
Eu sorri, com certo pensamento:
- Não sei... É talvez já o cheiro do céu!
(...)
Eça de Queiroz . "A Cidade e as Serras"

terça-feira, 20 de novembro de 2012



O que mata um jardim não é o abandono. O que mata um jardim é esse olhar de quem por ele passa indiferente… 
Mario Quintana



No Branco

Às vezes entra-se em casa com o outono
preso por um fio,
dorme-se então melhor,
mesmo o silêncio acaba por se calar.

Eugénio de andrade - «Branco no Branco», Limiar, Porto, 1984

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

As bidens e o raio de sol

Bidens aurea (Chá-de-Marrocos)


Eu vi o raio de sol
beijar o outono.
Eu vi na mão dos adeuses
o anel de ouro.
Não quero dizer o dia.
Não posso dizer o dono.
(...)
Cecilia Meireles . em "Canção do Amor-Perfeito"

O Liquidambar mais bonito do mundo



quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Mais uma barbaridade

(uma das árvores recentemente abatidas - Inverno de 2011)
Corte de árvores seculares no Jardim dos Montes Claros.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

É o Outono



Homens com flores (7)



terça-feira, 13 de novembro de 2012

Na varanda

Limonium
L'étoile a pleuré rose au coeur de tes oreilles, 
(>>>)

domingo, 11 de novembro de 2012

À laia de lembrete*


Phillyrea angustifolia L.

Nome comum: Lentisco-bastardo, Cadorno, Aderno-de-folhas-estreitas

*porque estou sempre a esquecer-me do nome deste arbusto muito comum no meu sítio.

Renascimento

Bidens aurea (sin. Bidens heterophylla Ortega; Coreopsis aurea Aiton)

Não é muito complicado ter um jardim florido no Outono, exige apenas alguma dedicação - entenda-se rega - durante os meses de Verão e são muitas as flores que não se importam de prolongar a floração, ou mesmo começar a florir, até que chegue o frio do Inverno. 

Mas, encontrar plantas a florir espontaneamente em locais que até há poucas semanas estavam completamente desertos, ressequidos e massacrados por um ano de seca e um Verão de calor, é uma agradável surpresa. È o caso desta planta com um nome curioso (Chá-de-Marrocos) e flores encantadoras e de parentesco evidente com estas outras, que encontrei a florir num terreno árido e deserto que as recentes chuvadas encheram milagrosamente de vida quase de um dia para o outro.

sábado, 10 de novembro de 2012

Tempo de Torga

Calluna vulgaris L.

Logo depois das primeiras chuvas os campos cobrem-se de ervas verdes. Mas é nos cantos mais agrestes e pedregosos, onde nem o mais simple dos verdes consegue despontar, que estão a florir firmes e determinadas as Torgas do nosso coração.

"porque eu sou quem sou. Torga é uma planta transmontana, urze campestre, cor de vinho, com as raízes muito agarradas e duras, metidas entre as rochas. Assim como eu sou duro e tenho raízes em rochas duras, rígidas, Miguel Torga é um nome ibérico, característico da nossa península."
Miguel Torga

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Na minha rua

 Koelreuteria paniculata 
Golden rain tree



Foliage


Inspirar


"The wind in the trees is the ghost of dead leaves"
*
Quem o garante é Andy Singleton

A subtil linguagem do líquen

A natureza, engenhosamente, utiliza os líquenes para comunicar com os homens. Os homens já foram à Lua mas ainda não foram capazes de decifrar a linguagem dos líquenes.