domingo, 27 de dezembro de 2015

Natal e mais além


Cupressus sempervirens

O Natal aguça sempre a minha curiosidade pelo complexo universo das coníferas. Os comportamentos, especificidades e diferenças entre Cedros, Abetos (Abies), Piceas, Ciprestes, Tuias... são nesta altura do ano aferidos com atenção quando está em curso a missão impossível de encontrar a árvore de Natal perfeita.
Este ano encantou-me particularmente descobrir no meu jardim um jovem cipreste ao qual nunca tinha dado muita atenção, o facto de estar nesta altura do ano cheio de novos cones e a nobreza do seu porte fazem dele a minha árvore de Natal perfeita, lá no cantinho discreto do jardim.

sábado, 26 de dezembro de 2015

Lisboa com suas árvores


De várias cores...

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Em defesa das árvores de Lisboa





Os Espaços verdes de qualquer cidade são elementos de importância não apenas local mas universal, e constituem um dos mais relevantes contributos da cidade para a qualidade de vida, protecção da natureza e consciência ambiental no planeta.

As árvores, elementos fundamentais e unificadores destes espaços urbanos, são para além de tudo património que nos foi confiado por antepassados e que nos cabe dignificar e fazer chegar intacto ou valorizado às gerações futuras.

A gestão e qualidade das árvores e dos espaços verdes numa cidade são reflexo inequívoco da relação desta com o ambiente e do seu compromisso com o futuro. A ignorância, desrespeito e indiferença pelas árvores e pelos jardins, que infelizmente encontramos transversalmente em toda a sociedade, deve obrigar as autarquias a implementar medidas urgentes de comunicação e sensibilização das populações e a contribuir com fortes exemplos de boas práticas.

A recente desagregação dos serviços autárquicos responsáveis pelas árvores e espaços verdes de Lisboa (decisão política sobre a qual não vemos razões para nos pronunciar) desencadeou uma série de episódios que, com maior ou menor gravidade, constituem atentados ao património arbóreo da cidade e acerca dos quais não sabemos ficar indiferentes e calados. Entendemos que só estarão reunidas condições para uma correcta gestão das árvores de Lisboa quando forem clarificadas as seguintes bases de acção: Planeamento, transparência e unidade.

1) Planeamento: É indispensável que as Juntas de freguesia elaborem um planeamento anual (ou  mesmo de mandato) de acções previstas, sujeito a consulta pública. Este ponto não consta do projecto de Regulamento Municipal do Arvoredo de Lisboa, mas a plataforma no seu contributo a este mesmo projecto sugere a sua incorporação.

2) Transparência: relativa a adjudicações, relatórios técnicos, meios utilizados, razões evocadas, fim dado à lenha... tudo isto deve ser de fácil consulta e esclarecido quando solicitado. Sabemos bem que não é o caso.

3) Unidade: o desmembramento da gestão do arvoredo não se pode reflectir no património arbóreo que se tem de manter uno. Uniformização de critérios e práticas em toda a cidade. Para isto é indispensável (como a CML já reconheceu) um efectivo Regulamento Municipal do Arvoredo e meios de fiscalização que garantam o seu justo cumprimento.

Plataforma em Defesa das árvores 

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

live now


A saudade funciona para trás e para a frente. O amanhismo é uma ilusão horrenda – pensar que tudo vai acabar bem, em vez de dar graças por aquilo que se tem.
Miguel Esteves Cardoso

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Se este blogue fosse dado a oragos



Francesco del Cossa. Santa Luzia, c. 1470

Washington, National Gallery of Art

E, já agora, sobre a folha de palmeira:
Os primeiros cristãos associaram o ramo da palmeira como símbolo do martírio. Santos martirizados podem usar a folha de palma como um dos seus atributos pessoais, de forma a enfatizar a sua vitória sobre o pecado e a morte. 

domingo, 6 de dezembro de 2015

A manhã de nevoeiro

Por manhã entende-se o princípio de qualquer coisa nova — época, fase, ou coisa semelhante. Por nevoeiro entende-se que o Desejado virá “encoberto”; que, chegando, ou chegado, se não perceberá que chegou.

Fernando Pessoa

Em Dezembro


sábado, 5 de dezembro de 2015

No Prado


segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Aloé aranha


Aloe (humilis?)

O epíteto refere o porte humilde e rasteirinho pouco comum no vasto género Aloe, o nome comum (spider aloe) aponta o misterioso pacto de mimetismo com o mundo animal, o facto de dar flores amarelas é uma agradável surpresa mas muito atípico nesta espécie o que só por si me obriga a precaver com um ponto de interrogação.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Sementes livres



A Liberdade das Sementes é ameaçada pelas patentes sobre sementes, que criam um monopólio de sementes e tornam ilegais a conservação e troca de sementes pelos agricultores. As patentes sobre sementes não se justificam, nem em termos éticos nem em termos ecológicos, uma vez que as patentes são direitos exclusivos concedidos sobre uma invenção. As sementes não são uma invenção. A vida não é uma invenção.

Vandana Shiva . "Declaração sobre a liberdade das sementes"

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Realismo fantástico


Echeveria "Blue Bird"

(...) numa sexta-feira, às duas da tarde, iluminou-se o mundo com um sol bobo, vermelho e áspero como poeira de tijolo e quase tão fresco como a água, e não voltou a chover durante dez anos.

García Márquez .  "Cem anos de Solidão"



quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Out of Africa

Haworthia (attenuata?)

As exóticas Haworthia e os benéficos Aloés são africanos, as radiantes Echevérias e as soberbas Agaves são americanas e as resilientes Sempervivum tectorum são europeias. Embora vivam todas em perfeita harmonia na minha varanda, tenho sempre em conta as suas origens quando as quero ver satisfeitas.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Sem medo das árvores

Quinta dos Machados . Picanceira

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Restos de colecção


Haworthia (mucronata?)

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

No Prado

Começa tudo de novo...
(...)
Esperam-me prados com tantas flores,
Que só cavalos de várias cores
Podem servir.

Reinaldo Ferreira

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Triste Lisboa

Campo dos Mártires da Pátria

Esta grande Robínia, porventura a maior e mais antiga de Lisboa, foi há poucos dias abatida por gente mesquinha e ignorante. Numa cidade de gente civilizada árvores como esta são verdadeiros tesouros e grande motivo de orgulho. O que se passa nesta minha cidade cada vez mais pobre e triste?

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Homens com flores (15)


Pablo Picasso

Bravas murtas

Myrtus communis

domingo, 8 de novembro de 2015

Tonta



Bastaram poucas horas de calor para a tonta da minha prunus se convencer de que a primavera estava a chegar.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Cosmos


Cosmos bipinnatus

Aceita o universo
Como to deram os deuses.
Se os deuses te quisessem dar outro
Ter-to-iam dado.
Se há outras matérias e outros mundos
Haja.

Alberto Caeiro . “Poemas Inconjuntos”


quinta-feira, 5 de novembro de 2015

O Cacto


Aquele cacto lembrava os gestos desesperados da estatuária:
Laocoonte constrangido pelas serpentes,
Ugolino e os filhos esfaimados.
Evocava também o seco Nordeste, carnaubais, caatingas…
Era enorme, mesmo para esta terra de feracidades excepcionais.

Um dia um tufão furibundo abateu-o pela raiz.
O cacto tombou atravessado na rua,
Quebrou os beirais do casario fronteiro,
Impediu o trânsito de bondes, automóveis, carroças,
Arrebentou os cabos elétricos e durante vinte e quatro horas
[privou a cidade de iluminação e energia:

– Era belo, áspero, intratável.

Petrópolis, 1925

Manuel Bandeira

Zigocactus truncatus

Está tão lindo o meu cacto do Natal que nem me atrevo a fotografar.

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Por nada

Tricyrtis hirta

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Um ano


14/11/2014
29/10/2015

Echeveria agavoides (?)

Às identificações ainda acresce sempre um ponto de interrogação, mas isto de educar suculentas na varanda não tem corrido mal. E o tempo passa, já lá vão 3 anos e algumas alegrias...

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Rir é quase como Amar...

A alegria é um dos mais reveladores traços humanos, basta a alegria para revelar as pessoas dos pés à cabeça. Por vezes não há meio de percebermos o carácter de uma pessoa, mas basta ela rir para lhe conhecermos o feitio como às palmas das nossas mãos. Só as pessoas desenvolvidas do modo mais elevado e feliz sabem ser contagiosamente alegres, de uma maneira irresistível e benévola. Não falo de desenvolvimento intelectual, mas de carácter, do homem como um todo. Portanto: se quiserdes compreender uma pessoa e conhecer-lhe a alma não presteis atenção à sua maneira de se calar, ou de falar, ou de chorar, ou de se emocionar com as ideias mais nobres, olhai antes para ela quando se ri. Ri-se bem - é boa pessoa.

Fiodor Dostoievski .  "O Adolescente"

domingo, 11 de outubro de 2015

Era preciso agradecer às sasanquas...


Era preciso agradecer às flores
Terem guardado em si,
Límpida e pura,
Aquela promessa antiga
Duma manhã futura.

Sophia de Mello Breyner

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Das coisas que não podemos aprender na internet

O cheiro da maresia no Outono.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Pares improváveis


Caryopteris sp

Um dos meus sonhos é conseguir fazer um jardim colorido durante todas as estações do ano, nesse jardim não vão poder faltar duas plantas que este Outono estarão em estágio na minha varanda. Uma, a rosa do deserto (Adenium), será presença e beleza garantidas durante a época do sol e do calor e, como se pode ver, tolerante com a chegada do Outono. À outra - Caryopteris - chamam-lhe névoa azul (Blue mist) e não vejo nada mais apropriado para azular o Outono do meu jardim de sonho.
Prometem-se fotografias com mais qualidade para breve.


segunda-feira, 5 de outubro de 2015