domingo, 31 de agosto de 2008

Vou ali e já volto...

Felicia Amelloides

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

As bagas do mês* Agosto

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Quem é que as conhece?

As flores do mês * Agosto

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Confesso que me deu uma branca ao escolher as flores de Agosto. Em nenhum outro mês se vêm tantas flores (nos jardins), nesta altura de férias todos querem os seus jardins floridos e conseguem-no de forma pouco natural, à custa de muita rega, adubos e plantas de viveiro forçadas a florir fora da sua época. Um passeio pelos campos mostra exactamente o contrário, são poucas as flores que florescem espontaneamente com o calor e a secura de Agosto.

Perto das fontes, à sombra das grandes árvores, nos bosques ou em recantos dos jardins, onde o comum dos mortais apenas vê uma luz ou o que lhe parece um reflexo mais invulgar, podem algumas almas mais sensíveis vislumbrar as fadas, andam vestidas de branco e são luminosas como as mágicas flores de Agosto.



1 . Ilex aquifolium
O meu Azevinho (flor feminina na fotografia) floriu em Agosto prepara agora as drupas (ainda verdes) que serão muito encarnadinhas lá para o Natal.

2 . Gardenia jasminoides
As minhas Gardénias, quando florescem (só o fazem quando lhes dá para isso) é em Agosto embora os entendidos digam que a época de floração é a Primavera, permitam-me discordar.

3 . Myrtus communis
Esta sim, é uma flor de Agosto totalmente adaptada ao calor e com uma notável capacidade para utilizar humidade e a falta dela, definitivamente uma flor do universo das fadas.Não é por acaso que na mitologia sempre esteve ligada à deusa do Amor (Afrodite)

4 . Solanum jasminoide
São muitas as solanaceaes que florescem em Agosto, são flores solares, estas lembram as estrelas que acompanham as fadas.

5 . Brugmansia
Mais uma Solanaceae, esta ligada ao departamento de pronto a vestir das fadas, os nomes comuns Anáguas-de-vénus e Saia-branca são bem a prova disso. E vestir de branco quando faz muito calor é sempre sinal de bom senso.


6 . Yucca aloifolia
As suculentas não são o meu forte nem estou totalmente certa da identificação desta yuca. As flores são lindas e não há calor nem falta de água que as mace minimamente.

7 . Begonia
As Begónias têm a sua origem nos climas tropicais, são uma daquelas plantas que com facilidade se adaptaram aos nossos Verões (no Inverno sofrem o seu bocadinho) existem mais de mil variedades de Begónias as brancas pequeninas, são as dos meus Agostos.

8 . Daphne gnidium L.
Cá está um nome dado pelo Lineu que me deixa baralhada. Por cá chamam-lhe Trovisco.

9 . Gaura lindheimeri
Mais uma planta utilizada em experiências de Xeriscaping e com grande necessidade de sol directo. Flor de Verão definitivamente.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

A Árvore Contente


Era uma vez uma árvore de que as pessoas gostavam muito porque a árvore era muito contente.

Sabem o que ela fazia?

Quando estava vento ela abanava e fazia música. Quando estava sol, saltava e dançava. Por isso era divertida.

Na Primavera nasciam flores muito bonitas, eram cor-de-rosa e verde-brilhante, no Verão tinha folhas verde-claro e maçãs encarnadas. No Outono caíam as folhas cor-de-laranja e no Inverno ficava cor de prata.

Marta

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Dos Nomes

Das plantas A-K ** L-Z

Partir

Para poder voltar...

sábado, 23 de agosto de 2008

Poeta Naturalista

Carolus Linnaeus (1707 . 1778)

"Deus creavit, Linnaeus disposuit" (Deus criou Lineu organizou), é o próprio Lineu que o reconhece quando se entrega à divina tarefa de nomear e classificar todos os seres vivos.

No que respeita à Botânica, Lineu desenvolve todo o seu trabalho com base na observação directa e no conhecimento profundo que tinha da natureza, é espantoso como hoje em dia com os avanços da genética, as classificações de Lineu feitas mesmo antes de Charles Darwin apresentar a sua teoria de evolução, ainda fazem tanto sentido, são tão respeitadas e sofreram tão poucas alterações.

Eu (que não tenho nenhuma relação com a ciência) vejo a obra de Lineu, nomeadamente a sua Taxonomia, mais do que como uma obra científica, uma obra de arte criação de uma mente iluminada, que me encanta. Lineu ao nomear as plantas consegue a extraordinária façanha de contar as suas histórias, nomeia-as com o coração, com sentido de humor, com respeito e admiração, com desdém (chega a dar o nome de um seu opositor a uma insignificante erva daninha), com poesia (Strindberg escreveu "Lineu era na realidade um poeta que por acaso se tornou um naturalista"), com verdade e sem receios (a igreja repugnava as suas teorias)... Mas sobretudo com um enorme conhecimento não só da natureza mas do mundo. É por isso um desafio delicioso, cada vez que encontro uma nova planta, descobrir como é que Lineu lhe chamou e porquê. Nem sempre lá consigo chegar até porque o coração tem razões que a própria razão desconhece.
*
Recordo a propósito os versos de Alberto Caeiro

" A beleza é o nome de qualquer coisa que não existe
Que eu dou às coisas em troca do agrado que me dão"

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Metamorfoses

Piero Pollaiuolo . Apolo e Daphne. Sec. XV

Daphne era uma ninfa das florestas que não queria mais do que poder viver livre e tranquilamente com as suas árvores, para que isso fosse possível Daphne recusava obstinadamente todos os seus pretendentes (e eram muitos porque a ninfa era muito bonita), acontece que o belo e poderoso Apolo assim que lhe põe a vista em cima se apaixona violentamente por Daphne e não aceita a sua recusa perseguindo-a insistentemente, desesperada a ninfa pede ajuda ao pai que utiliza os seus poderes divinos para a transformar em árvore, um Loureiro com que Apolo faz uma coroa. A coroa de louros que premiava os atletas vencedores dos Jogos Olímpicos, jogos que eram dedicados a Apolo.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Pastar

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Globalização

Gosto dos Jogos Olímpicos. É boa a ideia de juntar os melhores atletas do mundo no mesmo lugar e assim produzir um espectáculo de massas (uma salada vá lá) com sucesso garantido. O desporto, a variedade de modalidades, as diferentes nacionalidades, a intensidade das emoções, são esteticamente estimulantes e inspiradores.
Não gosto das aborrecidas cerimónias de abertura, nem da obsessão pelas medalhas, posso - vagamente - compreender a desilusão dos atletas quando não as alcançam, mas não posso compreender todos os outros que as reclamam para fins mais ou menos indevidos.
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Ah! Não é que lhes ligue muito, mas também não gosto dos senhores que fazem os relatos na televisão nacional (ainda nem percebi se estão cá, ou na China à nossa pala), talvez seja impressão minha, parece-me que abusam do "efectivamente" uma palavra que só soa bem cantada pelo Rui Reininho.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Arrepiar

Fascina-me a facilidade com que as aves cumprem os seus horários, confirma-se o que eu já desconfiava, cumprir horários não é sinal de inteligência.
O Mocho aqui das redondezas desafia o silêncio da noite impreterivelmente às 12.25, é de arrepiar, não sei como é que vou viver sem isto quando tiver de voltar para a cidade.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Dias de Cardos


cardo0825, originally uploaded by xisbe.

Fotografia de Xosé Rodriguez

Dias de azul e cal

domingo, 17 de agosto de 2008

O Baile


Paula Rego . 1988
Tate collection

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Insensatez


Por aqui ninguém entende porque é que eu tive a insensatez de plantar Carvalhos alvarinho em vez de Pereiras. Explico-lhes, sem pressa, daqui a uns longos anos.

sábado, 9 de agosto de 2008

Inquietar

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

domingo, 3 de agosto de 2008

Os muros



À atenção dos Presidentes das Juntas de Freguesia do litoral Oeste,
Este é talvez o último muro decente que foi construído por estes lados. Muros com ondas, estrelas, golfinhos, cordas em betão armado, riscas coloridas, revestimentos duvidosos, alturas excessivas.... São inaceitáveis pirosadas.
Também não é aconselhável estragar os muros antigos, com pinturas parvas, caiar é suficiente e muito eficaz.

Imateriais


"Mas quando mais nada subsistisse de um passado remoto, após a morte das criaturas e a destruição das coisas - sózinhos, mais frágeis porém mais vivos, mais imateriais, mais persistentes, mais fiéis -, o odor e o sabor permanecem ainda por muito tempo, como almas, lembrando, aguardando, esperando, sobre as ruínas de tudo o mais, e suportando sem ceder, em sua gotícula impalpável, o edifício imenso da recordação."
*
Marcel Proust . "Em Busca do Tempo Perdido"

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

A Praia

João Vaz (1859 - 1931)
óleo sobre tela

O povo é que o diz...

Primeiro de Agosto, primeiro de Inverno

Não tardam

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