sábado, 30 de novembro de 2013

É, muito provavelmente, para isto que existem os blogues...

Acordo fotográfico - não é só um blogue de fotografia, não é só um blogue de encontros, não é só um blogue de histórias, não é só um blogue de livros, não é só um blogue de viagens e lugares... Mas é tudo isso e mais.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Roversi




I have a very mystic and spiritual approach to photography, which I can't explain, and I don't need to.
I like to keep things unrevealed, I like sometimes to lose myself into the indefinite. That often happens to me along the path of beauty, without ever truly understanding where to proceed, and the further I manage to see, the deeper the mystery becomes.

I like long exposures to allow the soul all the time it needs to rise to the surface, and to let chance have its way. Always, photographs surprise me; they never turn out quite the way I imagine they might. Every photograph enters the world as a sign of hope."

Paolo Roversi

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Amor perfeito

Perfeito?
               Não existe.

Nem mesmo num canteiro
de jardim.

Porque a flor,
de veludo suave, lindo e triste,
multicor,
não tem cheiro.

Salvo em mim
- perfume que salvei, quando partiste,
e devolvo num verso ao mundo inteiro.

António Luís Moita

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Vivam as grandes árvores de Lisboa (I)


Tília no Jardim das Amoreiras

domingo, 24 de novembro de 2013

Hortus


Hortus | Christoph De Boeck & Patrícia Portela

O Universo não é uma ideia minha...


quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Cacto do Natal


Schlumbergera truncataZigocactus truncatus)

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Entretanto...


Echeveria
Na varanda estas santas continuam a florir. Não conheço muitas flores com tão boa vontade.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Do meu Outono

Árvores



I think that I shall never see
A poem lovely as a tree.

A tree whose hungry mouth is prest
Against the earth's sweet flowing breast;

A tree that looks at God all day,
And lifts her leafy arms to pray;

A tree that may in Summer wear
A nest of robins in her hair;

Upon whose bosom snow has lain;
Who intimately lives with rain.

Poems are made by fools like me,
But only God can make a tree.

Joyce Kilmer . "Trees and Other Poems" 1914

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

A Rosa no museu





A Rosa da Isa Genzken no New Museum e a partir de hoje também no jardim do MOMA

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Pela calçada

Fotografia de Sena da Silva (1926 . 2001)

*

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Lugares e tempos



Lugares e tempos- que há em mim indo ao encontro de todos eles, em qualquer altura e onde quer que seja, e me faz sentir como se estivesse em minha casa?
Formas, cores, densidades, odores- que há em mim que se harmoniza com eles?

Walt Whitman . "Pela Berma da Estrada"

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

O Jardim Botânico, alimento dos poetas...

Estou contente porque o Jardim Botânico da Universidade de Lisboa ganhou, por mérito próprio e de quem nele votou, o orçamento participativo de Lisboa. Espero que o dinheiro do prémio seja utilizado inteligentemente e que a preservação e o bem-estar da colecção viva do jardim seja o seu principal objectivo. Confesso que não me agrada quando oiço falar em infra-estruturas e espaços de lazer, um Jardim Botânico é um espaço privilegiado de aprendizagem e trabalho e não deve (na minha opinião) ser visto como um espaço de lazer. Pode inspirar artistas mas não serve para expor as suas obras, alimenta os poetas mas não é um local ideal para declamar poesia... Num jardim botânico os visitantes devem acima de tudo aprender a conviver e respeitar todos os seres vivos e para isso têm de existir regras. Um jardim botânico não deve ser um espaço de liberdade e lazer para os visitantes, é-o sim (ou deve ser) para as espécies botânicas e animais que o povoam.

E já que estamos entre Metasequoias e Jardins Botânicos...

No Jardim Botânico de Cracóvia
deparei-me com uma árvore Asiática
com o nome de Metasequoia Chinesa – uma bela árvore
com folhas agulha achatadas.
Mas porquê metasequóia – e não apenas uma sequóia normal?

A metasequóia cresce além de si mesma?
Será que se eleva acima das outras árvores?
Até mesmo as plantas começaram a recorrer
ao misterioso jargão
de certos sábios académicos?


Adam Zagajewski . "Jardim Botânico"

Poderão os homens inverter os projectos da natureza


Metasequoia glyptostroboides

Claro que sim! E se dúvidas ainda existirem são de quem nunca teve o prazer de conhecer uma Metasequoia. 

Quando recentemente no Canadá decidi rumar ainda mais ao Norte, à procura de um Outono que não conhecia, encontrei estas coníferas coloridas que pensei serem o Taxodium distichum a única conífera de folha caduca que eu conhecia, ignorância, claro, os Taxódios são do sul dos EUA e não são as únicas coníferas que se divertem no Outono.  

Estas, vim a saber, são as jovens Metasequoias do Canadá. Jovens porquê? Porque as Metasequoias, (quase Sequóias como o nome parece indicar) apesar de terem sido protagonistas nestas florestas do Círculo Polar Árctico, foram -e agora espantem-se- extintas há dois milhões de anos sabendo-se da sua existência apenas por vestígios fósseis. Em 1940, uma das maiores descobertas botânicas da história revelou e existência de alguns exemplares desta espécie que se julgava extinta, numa zona remota da China, e foi assim que em pouco mais de 50 anos, os homens, num esforço para a preservação da espécie, inverteram os desígnios da natureza devolvendo a Metasequoia às florestas onde tinha sido extinta e a muitos outros lugares do mundo (existem mesmo algumas em Portugal). É por isso que todas as Metasequoias do mundo ocidental têm garantidamente menos de 60 anos o que para uma árvore deste calibre é ainda a primeira infância. A longevidade é um dos segredos das árvores que os homens ainda não descobriram.


quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Aprender a ver


Não basta abrir a janela
Para ver os campos e o rio.
Não é bastante não ser cego
Para ver as árvores e as flores.
É preciso também não ter filosofia nenhuma.
Com filosofia não há árvores: há idéias apenas.
Há só cada um de nós, como uma cave.
Há só uma janela fechada, e todo o mundo lá fora;
E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse,
Que nunca é o que se vê quando se abre a janela.

Alberto Caeiro

sábado, 2 de novembro de 2013

Sinal dos tempos


Em Nova Iorque é proibido fumar nos parques públicos (desde 2011) e o mandarim é a terceira língua mais importante.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

No país das folhas rubras


Acer saccharum .  Bordo-açucareiro

Novembro




A respiração de Novembro verde e fria
Incha os cedros azuis e as trepadeiras
E o vento inquieta com longínquos desastres
A folhagem cerrada das roseiras

Sophia de Mello Breyner