domingo, 31 de março de 2013

sábado, 30 de março de 2013

A Primavera é... (3)

Respiração

Jacinto pardo

 Dipcadi serotinum

Uma das flores mais discretas que eu já vi. Dá pelos nomes comuns jacinto-da-tarde, jacinto-serôdio e eu assumo a responsabilidade de lhe dar um novo nome, Jacinto-pardo, porque nunca tinha visto uma flor da cor do papel pardo.

sexta-feira, 29 de março de 2013

Mutilação de todas as árvores de grande porte na Biblioteca Nacional


(fotografias da Biosfera)

Chamem-me ingénua se quiserem, mas a verdade é que eu estava convencida de que já não era possível fazer isto, num espaço público no centro de Lisboa, impunemente. (e fico por aqui porque, neste momento, só me apetece ser muito malcriada)

quinta-feira, 28 de março de 2013

A Primavera é... (2)

Revolução

O Facebook

Goste-se ou não, a verdade é que o Facebook tomou o lugar que antes teve a blogosfera. Saiba-se utilizá-lo inteligentemente...

quarta-feira, 27 de março de 2013

Pensamentos

Viola tricolor

Claude Lévi-Strauss incluiu no seu "Pensée Sauvage" um encantador apêndice em que reúne  lendas, histórias e mitos sobre a flor cujo nome escolheu para título do seu livro. Este apêndice botânico é menosprezado e chega mesmo a não aparecer em algumas traduções do livro, vá lá perceber-se porquê!

Eu não prescindo dos Pensée-Sauvage que vivem na minha varanda, têm apenas duas cores porque, como se pode ler no dito apêndice: La fleur des variétés cultivées est parée de 2 couleurs (violet et jaune, ou jaune et blanc), parfois de 3 (violet, jaune, blanc jaunâtre), et vivement contrastées... Ou seja, ao domesticar um pensamento selvagem perde-se quase sempre uma das suas três cores. Se isto não é importante...

Um livro



"O Pensamento selvagem"
<*>


terça-feira, 26 de março de 2013

Cinzenta num dia cinzento

(?)
Não me lembro do nome desta cinzenta suculenta...

A Primavera é... (1)

Reconciliação.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Hippeastrum





Won't you come into the garden? I would like my roses to see you (R. Sheridan)

domingo, 24 de março de 2013

Ainda à espera delas

Sem andorinhas não há Primavera.

sexta-feira, 22 de março de 2013

Ilhas

 Cephalanthera longifolia

(A vida é feita assim de pequenas solidões)
R. Barthes . "a câmara clara"

... e orquídeas bravas

quinta-feira, 21 de março de 2013

Dia das árvores

Sequoia sempervirens . em Sintra



quarta-feira, 20 de março de 2013

Small is beautiful


É Hoje*



Ouvir o alar de aromas, o florir das flores, o sonho das sementes... Ver a cor das palavras... Ouvir a luz...
O desejo é um canto cor-de-rosa arrolando o Mundo... É a música das esferas.
(...)
A vida é desejo, ânsia, insatisfação, movimento eterno.
O Desejo é uma saudade de Deus.
Augusto Casimiro . "O Livro dos Cavaleiros" . Seara Nova 1922

* O Equinócio da Primavera 

terça-feira, 19 de março de 2013

Frágil?

 Fagus sylvatica purpurea

aqui tinha referido que uma das graças da Faia-púrpura é a capacidade de manter as folhas mortas durante o Inverno. Mas não esperava que isso pudesse acontecer num lugar onde passou uma tempestade devastadora capaz de derrubar milhares de árvores centenárias. Por isso foi com surpresa e admiração que encontrei ontem no Parque da Pena uma jovem Faia preparada para o futuro que se prevê auspicioso (porque a queda de grandes árvores na vizinhança lhe permitem ter mais espaço e luz para crescer) e, pasmem, ainda com as folhas do ano passado.

E a natureza nunca desiste


A tempestade de Janeiro passado derrubou, só na zona do parque da Pena, mais de duas mil árvores. Reaberto ao público há poucos dias o Parque lá está, lindo e maravilhoso, prova viva de que era preciso muito mais do que uma tempestade para acabar com ele.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Passear



domingo, 17 de março de 2013

Imaculada

Anemone coronaria

Nunca tinha visto uma anémona tão completamente branca, não sei se as flores podem ser albinas. Podendo, esta é...

sábado, 16 de março de 2013

Jean Renoir

quinta-feira, 14 de março de 2013

Hoje fui caçadora de magnólias



...
Porque me fiz caçador de magnólias? A pergunta deveria ser: porque não o somos todos? Encontrá-las transformou-se numa missão da qual quase se poderia dizer que depende a sobrevivência da espécie. Da nossa espécie.

Localizo-as, tomo uns quantos apontamentos que poderão ser sobre a tonalidade, o perfume, ou o desenho particular que as pétalas mortas traçam sobre o solo, e caço-as. Como caço? Bem, creio que da mesma forma que todos os outros o fazem, mas, enfim, posso explicar. Coloco-me ao lado do tronco, sob a ramagem, aspiro o perfume subtilmente adocicado, olho o céu através dos ramos, depois afasto-me um pouco para contemplar o indivíduo na sua totalidade.
...

A Olaia

Cersis siliquastrum

Viagens na minha cidade


Que viaje à roda do seu quarto quem está à beira dos Alpes, de Inverno, em Turim, que é quase tão frio como Sampetersburgo — entende-se. Mas com este clima, com este ar que Deus nos deu, onde a laranjeira cresce na horta, e o mato é de murta, o próprio Xavier de Maistre, que aqui escrevesse, ao menos ia até o quintal.

Eu muitas vezes, nestas sufocadas noites de Estio, viajo até à minha janela para ver uma nesguita de Tejo que está no fim da rua …

Almeida Garrett . "Viagens na Minha Terra"

terça-feira, 12 de março de 2013

Flor



I enjoyed painting flowers, not bouquets, but a single flower at a time, in order that I might better express its plastic structure.
Mondrian

segunda-feira, 11 de março de 2013

Março na varanda


sábado, 9 de março de 2013

Março no prado

Silene gallica 

Lupinus luteus 

Echium

Terceira fotografia

Fagus sylvatica purpurea
Da nova Faia ainda sem folhas.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Receita para fazer o azul

Se quiseres fazer azul,
pega num pedaço de céu e mete-o numa panela grande,
que possas levar ao lume do horizonte;
depois mexe o azul com um resto de vermelho da madrugada,
até que ele se desfaça;
despeja tudo num bacio bem limpo,
para que nada reste das impurezas da tarde.
Por fim, peneira um resto de ouro da areiado meio-dia,
até que a cor pegue ao fundo de metal.
Se quiseres, para que as cores se não desprendam com o tempo,
deita no líquido um caroço de pêssego queimado.
Vê-lo-ás desfazer-se, sem deixar sinais de que alguma vez ali o puseste;
e nem o negro da cinza deixará um resto de ocre na superfície dourada.
Podes, então, levantar a cor até à altura dos olhos,
e compará-la com o azul autêntico.
Ambas as cores te parecerão semelhantes,
sem que possas distinguir entre uma e outra.
Assim o fiz – eu, Abraão ben Judá Ibn Haim,iluminador de Loulé – e deixei a receita a quem quiser
algum dia, imitar o céu.

Nuno Júdice
(via)

quarta-feira, 6 de março de 2013

As Anémonas...

... morrem de pé.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Metamorfoses


Um clássico é um livro que nunca terminou de dizer aquilo que tinha para dizer.
Ítalo Calvino . em "Porquê Ler os Clássicos"

domingo, 3 de março de 2013

O charco

Em Dezembro 


Março.  depois de muitos dias sem chuva

Quando este ano comecei mais seriamente a preocupar-me com isto dei por mim a seguir atentamente os caminhos das "minhas" águas da chuva e vim ter a este lugar onde aparentemente e de forma completamente natural (nunca fiz este buraco nem me lembro que alguém o tenha feito) se junta alguma água das chuvas e, por alguma razão que apenas posso imaginar, ela se mantém durante mais tempo do que em todos os outros lugares. Brilhantemente, ou talvez não, concluo que esta é a localização ideal para construir o lago com que sonho há muito tempo. Mas avisam-me as mentes lúcidas que não basta abrir um buraco e esperar que a chuva o encha de água porque o solo é permeável, claro! 

sexta-feira, 1 de março de 2013

Março

Pieter Bruegel, 1570
Martius, Aprilis, Maius sunt tempora veris.* Vere Venus gaudet florentibus aurea sertis.

(*Março, Abril, Maio é a Primavera)

No jardim

Ontem com prazer e empenho semeei, plantei, enterrei bolbos em lugares inusitados... Depois fiz por esquecer o que tinha plantado e planeado, não aguento a angústia da espera nem a desilusão do fracasso. Daqui a alguns meses se as plantas nascerem ou, eventualmente, florirem não me vou lembrar que fui eu que as semeei nem o que são mas vou ficar contente. Não preciso de um jardim para me ensinar o que é sofrer, essa lição já recebi por outros meios.