quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Estivação

Haemanthus coccineus (ver o link)
Em Setembro e em Fevereiro
Durante o verão todos os vestígios desta planta desaparecem, só o bolbo permanece debaixo do solo, desta forma aguenta toda a época seca sem necessidade de qualquer rega.

domingo, 25 de fevereiro de 2007

Girls


Mondriaan

“I feel there is something unexplored about woman that only a woman can explore.”

Georgia O'Keeffe


Aqui no lado direito estão uma série de links que fui acrescentando sem outro critério que o prazer imenso que me proporcionam as visitas diárias a quase todos eles. Aos poucos pretendo organizar esta lista de alguma forma possibilitando o seu crescimento e quem sabe, alguma utilidade. Hoje vou acrescentar uma "categoria" à minha lista de links "As Exploradoras" porque acho fascinante a capacidade que algumas mulheres têm de explorar o que lhes é essencial.

Ele e ela

Salix atrocinerea
clik sobre a imagem para ampliar

Ela e ele

Salix atrocinerea (ela)


Salix atrocinerea -(ele)
Amentilho: Espiga de flores Unissexuadas, que se desprende inteira depois da maturação.

São assim as flores dos Salgueiros ou Borrazeira-preta, esta é uma planta dióica, ou seja, dá flores masculinas ou femininas em pés diferentes e a polinização é feita pelos insectos.

No meu jardim existe uma Sra. Salix atrocinerea e mesmo ao lado um Sr. Salix atrocinerea, só nesta altura do ano é que é evidente a sua diferença de género, os amentilhos masculinos são mais exuberantes e vistosos, a Sra. Borrazeira opta por um florir mais simples e discreto mas também com grande estilo.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

Ó ribeiras chorai | Que eu não volto | A cantar

Morreu hà 20 anos um homem bom que usou as flores e as palavras como alguns homens usam armas.


A formiga no carreiro
Vinha em sentido contrário
Caiu ao Tejo
Ao pé dum septuagenário
Larpou trepou às tábuas
Que flutuavam nas águas
E de cima duma delas
Virou-se pró formigueiro
Mudem de rumo
Já lá vem outro carreiro



Zeca Afonso .1973 . Venham mais cinco.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

Pedra sobre pedra


Continua a ser a melhor maneira de construir muros no jardim.

terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

Parque do Tejo

Lavandula

Teucrium fruticans
Quase dez anos passados da Expo 98, apesar do excesso de construção que foi permitido nesta zona, a qualidade e atenção dada aos espaços verdes faz, a meu ver, com que o balanço seja positivo.

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

Orvalho do mar

Rosmarinus officinalis L.
Esta é uma daquelas plantas que poderia e devia fazer parte de todos os jardins em Portugal. Fui encontrar estes em alegre florir mesmo à beira do rio Tejo no Parque das Nações fazendo justiça ao seu nome latino Rosmarinus (ros – orvalho, marinus - do mar). Por cá utilizamos o nome Alecrim de origem árabe e que significa coroa das montanhas.

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

O Parque Eduardo VII (continuação)




(...)Com sentido da realidade Keil, mantém as pré-existências morfológicas e desenvolve uma solução de conciliação, prolongando visualmente a Avenida e rematando-a no alto da cumeada com um imponente edifício de carácter cívico. Este espaço no topo da Alameda assumido como acrópole da cidade, sob a qual se estende um tapete verde que leva a vista até ao Tejo, recupera a ideia de miradouro monumental e de passeio público magestoso e repousante. Parque de vocação urbana e monumental com 30 hectares, Keil pensou-o como Parque Central de Lisboa apoiado e dinamizado pelo mais digno equipamento: o Palácio da Cidade, implantado na acrópole, justificação retórica de um sentido de grandeza civilizada.

Sobre o eixo aberto da avenida, desenha a Alameda Central relvada, ladeada por passeio em calçada à portuguesa, dividindo o parque em dois sectores de verde mais arborizado e denso. No lado ocidental redesenha o lago, reordena a Estufa Fria e projecta a entrada junto à margem. No sector oriental desenvolve uma sequência de estadias. O conjunto deveria ser rematado pelo Palácio da Cidade implantado no espaço de acrópole miradouro marcado pelas colunas monumentais. Pensado como sede de todos os serviços culturais da Câmara, com salas de exposições e auditórios, o Palácio da Cidade foi pretexto para a eterna luta dos espíritos mais tacanhos, retrógrados e reaccionários da cultura portuguesa.

A discussão sobre a arquitectura do Palácio da Cidade radicalizou o confronto entre os mentores do regime e os defensores de uma arquitectura despojada no seu rigor clássico que apontava para uma nova monumentalidade. Inspirados nos traçados urbanos de Washington que visitara, Keil elaborou diversos estudos com a preocupação de renovar o sentido de monumentalidade. Na verdade, o topo norte do Parque Eduardo VII transformou-se num local mítico entre o frustrado Palácio da Cidade, a colunata triunfal e a estátua que não passou do pedestal.

in: Ana Tostões - Monsanto, Parque Eduardo VII, Campo Grande, Keil do Amaral arquitecto dos Espaços verdes de Lisboa, Lisboa, salamandra, 1992.



Triste, inútil e abandonada.

Mesmo ao lado o selecto (e inapropriado para o local) clube VII (ver aqui)

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

Hoje no parque

As Prunus entraram em cena....
2º acto – Fevereiro
(...)E surge, miudinha e singela, a flor branca-rosada da Prunus cerasifera var. atropurpurea, o “abrunheiro-de-jardim”, brotando tenuamente nos ramos bem escuros desta árvore.(...)

Tirado de :
Espectáculo em 12 actos num dos palcos do jardim... Ana Cristina Pessoa Tavares

Esta Prunus do Parque Eduardo VII, floresce antes de todas as outras, mas não tem uma flor tão "miudinha e singela" como a referida no texto anterior. Tenho dúvidas quanto à sua classificação

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Hoje acredito, que um dia....


Um dia

Um dia, gastos, voltaremos
A viver livres como os animais
E mesmo tão cansados floriremos
Irmãos vivos do mar e dos pinhais.

O vento levará os mil cansaços
Dos gestos agitados irreais
E há-de voltar aos nosso membros lassos
A leve rapidez dos animais.

Só então poderemos caminhar
Através do mistério que se embala
No verde dos pinhais na voz do mar
E em nós germinará a sua fala.

Sophia de Mello Breyner Andresen

domingo, 11 de fevereiro de 2007

Tília africana

Sparmannia africana -Tiliaceae
Mais uma planta africana a florir em Janeiro, é conhecida por Cânhamo-africano (African hemp), Tília africana, ou Tília de interiores (Tilleul d'appartement). Este último nome porque é utilizada com sucesso como planta de interiores. Quanto ao nome African hemp, não tenho até ao momento nenhuma pista.

sábado, 10 de fevereiro de 2007

Flores justas

Rosas do meu jardim

Hoje podemos comprar flores cortadas a preços muito baratos, estão a aparecer lojas de flores deslumbrantes com uma enorme variedade de oferta e preços surpreendente baixos. Claro que o consumidor agradece, comprar flores frescas é visto culturalmente como sinal de qualidade de vida e bom gosto e quanto mais barato melhor!


Mas será mesmo assim?
Valerá a pena a produção intensiva de flores com todos os inconvenientes conhecidos neste tipo de actividade, para podermos dar largas aos nossos impulsos?


Em países pobres como o Quénia foram implementadas enormes estruturas para produção de flores que têm sido desastrosas para os recursos hídricos do país. Enormes quantidades de flores são diariamente enviadas para a Europa (Holanda, Reino unido) onde os grandes monopólios da distribuição as revendem com escandalosas margens de lucro, é por este meio que as flores chegam por exemplo a Portugal.


Calculo que este negócio da produção de flores, se por um lado está a ser desastroso ecologicamente para o Quénia, é hoje indispensável para a sua subsistência económica. Tudo se complica quando os próprios implementadores deste tipo de indústrias, os monopólios da distribuição Ingleses, decidem ser politicamente correctos e reduzir a sua pegada ecológica reduzindo as importações para metade.


Pessoalmente não gosto do aspecto artificial destas flores. Por outro lado não me admira nada que as flores bonitas sejam caras, Já semeei algumas e sei o trabalho e a taxa de insucesso a que está sujeita esta actividade, se queremos flores nas nossas casas, temos de pagar o que elas custam ou então apanhar flores silvestres, manter umas sardinheiras na varanda, conservar bolbos num vaso que fica florido todas as Primaveras...

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Dombeya. burgessiae
Jardim botânico da FCL

terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

Em casa

Jacaranda mimosifolia + Dombeya x cayeuxii
Foi no Jardim Botânico da Universidade de Lisboa que Henri Fernand Cayeux criou a Dombeya x cayeuxii . Hoje esta planta fantástica é conhecida em todo o mundo e uma referência para todos os profissionais e amadores de jardinagem. A Dombeya do jardim botânico é muito provavelmente a mais antiga Dombeya x cayeuxii do mundo e está a florir neste momento muito bem aconchegada a um Jacarandá, companheiro de longa data.

A Soberba


Para estes senhores as árvores não servem para nada.

Esta é uma Dombeya aparentemente já com alguma idade vergonhosamente tratada.
Forum Picoas (Portugal Telecom)

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

2 de Fevereiro de 1954

Fotografia daqui
Nevão em Lisboa, o parque Eduardo VII ainda estava em obras, o buxo já tinha sido plantado