quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Um vídeo emocionante


Que é também uma homenagem a quem dedica a vida às plantas.

domingo, 26 de janeiro de 2014

O jardim ou o jardineiro?


O que é que se encontra no início? O jardim ou o jardineiro? É o jardineiro. Havendo um jardineiro, mais cedo ou mais tarde um jardim aparecerá. Mas, havendo um jardim sem jardineiro, mais cedo ou mais tarde ele desaparecerá. O que é um jardineiro? Uma pessoa cujo pensamento está cheio de jardins. O que faz um jardim são os pensamentos do jardineiro. O que faz um povo são os pensamentos daqueles que o compõem.

Rubem Alves, 2002

sábado, 25 de janeiro de 2014

Um blogue

Sobre coisas muito importantes...

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

O eufemismo do dia

Ilusão de prosperidade

"as pessoas não podem ter a expetativa de voltar ao que era porque o que era não existe. A realidade que tínhamos antes, em boa parte uma ilusão de prosperidade, essa realidade já não existe"
Maria Luís Albuquerque (cheia de si)

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Cansaço


O que há em mim é sobretudo cansaço
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.

A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto alguém.
Essas coisas todas -
Essas e o que faz falta nelas eternamente -;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.

Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada -
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...

E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço.
Íssimo, íssimo. íssimo,
Cansaço...
Álvaro de Campos

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

sábado, 18 de janeiro de 2014

Um zambujeiro feliz

Olea europaea var sylvestrys

É um prazer, cada vez mais raro, ver árvores bem tratadas em Lisboa. Este zambujeiro no jardim da Gulbenkian irradia felicidade e esperança no futuro. À sua volta e sobre os seus ramos juntaram-se subitamente todas as aves das redondezas, deslumbradas, vá lá saber-se, por esta magnífica lição de vida.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

O Pisco cantou...

... no meu Plátano.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

A Canforeira


Cinnamomum camphora

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Da efemeridade dos espaços verdes

Um "espaço verde" é, quase sempre, obra de quem nada espera do futuro.

Dos jardins de verdade

Um Jardim é sempre obra de alguém que conhece o futuro.

Umas meninas com 200 anos de idade



Quinta das Lágrimas, originally uploaded by contemplar.

Em 1813, Arthur Wellesley, então ainda visconde de Wellington, comandante das tropas luso-britânicas que defendiam o reino das forças francesas de Napoleão Bonaparte, foi hóspede na quinta, a convite de seu ajudante-de-campo, António Maria Osório Cabral de Castro, seu então proprietário. Wellington plantou, na ocasião, duas sequóias ("Sequoia sempervirens") perto da "Fonte dos Amores"
(daqui)

domingo, 12 de janeiro de 2014

Quintas de Portugal num domingo de manhã

Quinta das Lágrimas . Coimbra

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014



Vou ali e já volto.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Lisboa assim


segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Soltem os prisioneiros!

 Abies nordmanianna

Está na hora de libertar e devolver a dignidade ao meu pobre Abies nordmanianna, findos que estão os trabalhos forçados e humilhações a que esteve sugeito durante a quadra que em boa hora termina.

Por agora está a apanhar ar na varanda, mas já lhe está reservado um local fresco e arejado, que é o que os Abetos do Cáucaso mais desejam na vida, num pinhal que eu cá sei.

domingo, 5 de janeiro de 2014

Parques de Lisboa num domingo de manhã


Parque José Gomes Ferreira  (Mata de Alvalade)


sábado, 4 de janeiro de 2014

A propósito de um comentário ; )


E a propósito de uns certos e determinados "jardineiros", vamos chamar-lhes "Zé" para simplificar, que nutrem um inexplicável desprezo pelos indivíduos dos séc. XIX que insistem em vegetar nos jardins de Lisboa.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Era uma vez um jardim...

"No Príncipe Real, já não existe o jardim romântico que ali foi construido em 1853, com canteiros cercados por gradeamentos de ferro a proteger uma multiplicidade de plantas, flores e pequenos arbustos, sebes que formavam recantos com alguma privacidade, renques de árvores a toda a volta a formar uma cortina contra o ruído da cidade. Existe um jardim, em espaço aberto e degradação acelerada. Resta esperar que, daqui a algumas décadas, aquela praça não volte a ser o local de entulho que, segundo a Wikipédia, ali existia há 170 anos."

Mais um ano


Um pequenino grão de areia
Que era um eterno sonhador
Olhando o céu viu uma estrela
E imaginou coisas de amor

Passaram anos, muitos anos
Ela no céu e ele no mar
Dizem que nunca o pobrezinho
Pode com ela encontrar

Se houve ou se não houve
Alguma coisa entre eles dois
Ninguém pode até hoje afirmar
O que há de verdade
É que depois, muito depois
Apareceu a estrela do mar

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Sentir, disse ele.

Sentir é criar.
Sentir é pensar sem ideias, e por isso sentir é compreender, visto que o universo não tem ideias.

-Mas o que é sentir?
Ter opiniões é não sentir.
Todas as nossas opiniões são dos outros.
(...)
O sentimento abre as portas da prisão com que o pensamento fecha a alma
(...)
Que as tuas sensações sejam meros acasos, aventuras que te acontecem.

Fernando Pessoa . " Páginas íntimas e de auto-interpretação"