sexta-feira, 31 de maio de 2013

Uma ilha

Silene littorea Brot. subsp. littorea

Lisboa em crise

Triste cidade a minha em que o único exemplo de prosperidade que se vislumbra vem da arrogante EMEL, com os seus reluzentes novos reboques encarnados, carrinhas recheadas de tecnologia processadora de multas de última geração e jovens funcionários felizes, super zelosos, e cheios de amor à camisola azul celeste. 
É de vergonhas destas que hoje vive, e talvez até se orgulhe, Lisboa.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Picking camellias

Nas aulas de Yoga

Aprende-se que equilíbrio é uma palavra enorme...

Nas aulas de Yoga

Treina-se a flexibilidade necessária para aceitar com um sorriso o absurdo.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Nem eles nos valem

Este ano até os Jacarandás andam deprimidos.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Flor-arlequim

Sparaxis tricolor

Há muita gente, mesmo entre aqueles que gostam e compreendem a natureza, que acha estranha e supérfula esta mania do biologista perguntar, mal vê uma mancha colorida num animal: "Qual é a sua função no interesse da espécie? Que processo de selecção natural pôde dar-lhe origem?" Por causa desta atitude alguns condenam-nos até como sórdidos materialistas insensíveis aos valores. Ora toda a pergunta para a qual existe uma resposta racional tem todo o direito de ser feita. Em nada diminui a beleza e o valor de um fenómeno saber por que razão é feito assim e não de outro modo. Nada explica melhor a atitude do cientista do que esta fórmula um tanto estranha de William Beebe: "O assim das coisas merece a pena se estudado, mas é o seu porquê que torna a vida digna de ser vivida". O arco-íris não perde a beleza pelo facto de sabermos as leis da refracção a que deve a sua existência. (...)
Konrad Lorenz . "A Agressão - uma história natural do mal"

segunda-feira, 27 de maio de 2013

A ignóbil lei europeia das sementes

Que proíbe a troca, mesmo a título gratuito, de sementes e burocratiza de forma inaceitável a utilização das variedades tradicionais. Atribuindo à Comissão Europeia, essa que há muito está determinada a destruir a nossa agricultura, poderes especiais para regular o mercado das sementes e assim decidir tudo aquilo que os agricultores, e todos nós, podemos ou não plantar, vender, comer, oferecer, partilhar...



"Pense-se em cada semente como uma palavra da língua portuguesa" sugere na sua crónica do Público o MEC

domingo, 26 de maio de 2013

À flor do mar

 Lampranthus 


Coisas de Maio

Poetry is the spontaneous overflow of powerful feelings: it takes its origin from emotion recollected in tranquility.
William Wordsworth

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Alimentar ideias, coração e corpo


When I go to colleges which has a food garden project on campus, I sometimes find myself telling the students that baby boomers in their youth famously had sex, drugs, and rock-and-roll, but the young now have gardens. Gardens are where they locate their idealism, their hope for a better world, and, more than hope, their realization of it on the small scale of a few dozen rows of corn and tomatoes and kale. Thought of just as means of producing food, the achievements of urban agriculture may be modest, but as means of producing understanding, community, social transformation, and catalytic action, they may be the opposite. When they’re at their best, urban farms and gardens are a way to change the world. Even if they only produced food—it’s food. And even keeping the model and knowledge of agriculture alive may become crucial to our survival at some later point. 

Food is now a means by which a lot of people think about economics, scale, justice, pleasure, embodiment, work, health, the future. Gardens can be the territory for staking out the possibility of a better and different way of living, working, eating, and relating to the world, though by gardens we nowadays mostly mean food-producing gardens, gardens that verge on farms, or small farms that verge on gardens.
(...)
Feeding the hungry is noble work, but figuring out the causes of that hunger and confronting them and transforming them directly needs to be done too. And while urban agriculture seems like a flexible, local way to adapt to the hungry, chaotic world climate change is bringing, we all need to address the root causes directly. Maybe there’s something in the fact that the word radical comes from the Latin for “root”; the revolutionary gardener will get at the root causes of our situation, not just cultivate the surface.

Urban agriculture is producing a lot more than food
Rebecca Solnit

A Poplar and the Moon


There stood a Poplar, tall and straight;
The fair, round Moon, uprisen late,
Made the long shadow on the grass
A ghostly bridge ’twixt heaven and me.
But May, with slumbrous nights, must pass;
And blustering winds will strip the tree.
And I’ve no magic to express
The moment of that loveliness;
So from these words you’ll never guess
The stars and lilies I could see.

Siegfried Sassoon (1886 - 1967)

terça-feira, 21 de maio de 2013

Só isto

Blackstonia perfoliata (L.) Huds.

Entre a raiz e a flor há o tempo
Carlos Drummond de Andrade

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Ian Hamilton Finlay


“Some gardens are described as retreats, when they are really attacks,” 

domingo, 19 de maio de 2013

Crinkle crankle walls

As "paredes serpentina" comuns em algumas regiões de Inglaterra são feitas desta forma para, e agora espantem-se, poupar material de construção (tijolo neste caso). Porque esta forma permite a construção de grandes paredes com apenas um tijolo de espessura. Eu já tinha percebido isto quando estes muros foram construídos, mas agora estou em pulgas para construir uma Crinkle crankle em tijolo.

sábado, 18 de maio de 2013

Uma, até agora, desconhecida



Blackstonia perfoliata (L.) Huds.

O nome desta planta imortaliza o Inglês John Blackstone (1712 – 1753), farmacêutico apaixonado pela botânica que dedicou grande parte da sua vida à recolha e estudo das mais raras e desconhecidas plantas espontâneas em Inglaterra.

Por cá esta Gencianácea é conhecida por Centáurea-pequena-de-pouca-folha ou Centaurea-menor-perfolhada. A flor raramente é vista aberta porque só o faz quando lhe apetece e está ao sol, há quem diga que se recolhe até quando passa uma nuvem. Não é, definitivamente, uma flor com vontade de ficar famosa e eu admiro-a também por isso.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Há dias de sorte


Tuberaria guttata 

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Agora é que é

Os Jacarandás começam a florir.
(espero que não se constipem)

E este texto de 2007 é tão actual que até chateia. Valham-nos eles, pois então!

quarta-feira, 15 de maio de 2013

A Faia-rubra num dia ventoso


Fagus sylvatica purpurea
(1) (2)

terça-feira, 14 de maio de 2013

Uma dúvida talvez ingénua

Porque raio é que há tanta gente determinada em desacreditar e ridicularizar aqueles que tentam defender as árvores pela simples razão de gostarem delas?


segunda-feira, 13 de maio de 2013

FIM


E acaba assim a história da Nogueira-negra da minha janela. É uma história com muita indiferença, mentira, traições e algumas opiniões... Amanhã já ninguém se lembrará dela e o sol continuará a brilhar.

domingo, 12 de maio de 2013

Na zona 024

Este ano as Robínias estão a florir um mês mais tarde do que no ano passado e muito mais timidamente.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Ver

C'est tellement difficile de regarder. On a l'habitude de penser, on réfléchit tout le temps, plus ou moins bien, mais on n'apprend pas aux gens de voir... Apprendre à regarder prend énormément de temps.

Henri Cartier Bresson

Há quem passe por elas sem as ver

 Simethis planifolia

terça-feira, 7 de maio de 2013

Há quem lhes chame daninhas


 Gladiolus illyricus

Inspirar


Jochen Hein . "Gras", Painting, acrylics on jute, 1998155 x 120 x 4 cm 

Da jardinagem subtractiva

(...)
Há muito que em Portugal, pelo menos nas maiores cidades, deixou de haver jardinagem em espaços públicos. Os recintos universitários não são alheios a esse mal: os (impropriamente denominados) jardins que rodeiam os edifícios são na verdade extensos relvados, com meia dúzia de árvores proibidas de crescer plantadas aqui e ali com manifesta relutância. Em vez de jardineiros, há empresas de manutenção de espaços verdes que vêm aparar a relva duas vezes por mês e, uma vez por ano, podar as árvores para as fazer regressar às dimensões que tinham um ano atrás. É uma "jardinagem" toda subtractiva: poda, arranca, limpa, apara; nunca acrescenta uma flor, um arbusto, um canteiro. Para quê pagar um serviço tão triste, tão destrutivo e tão desqualificado? Se não há jardins nem gosto em mantê-los, então o orçamento em jardinagem deveria ser próximo de zero. Para evitar que o relvado se transformasse num mato eriçado, bastaria cortá-lo quatro ou cinco vezes por ano. Além da poupança orçamental, ganhar-se-ia um jardim com flores silvestres; e as árvores, livres do ritual da poda, poderiam finalmente fazer-se adultas.
(...)>>

Paulo Araújo . "Dias com árvores"

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Coisas complicadas


 Ophrys apifera
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Caminhos (3)

As a single footstep will not make a path on the earth, so a single thought will not make a pathway in the mind. To make a deep physical path, we walk again and again. To make a deep mental path, we must think over and over the kind of thoughts we wish to dominate our lives.
Henry David Thoreau

domingo, 5 de maio de 2013

Caminhos (2)



In every walk with nature one receives far more than he seeks.
John Muir

Caminhos (1)


Mesmo que não conheças nem o mês nem o lugar
caminha para o mar pelo verão.
Ruy Belo

sábado, 4 de maio de 2013

Ano de muita chuva e muito junco



Juncus valvatus

Se a identificação estiver correcta este é mais um endemismo lusitano com direito a protecção legal. Nunca vi tantos como este ano.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Só isto...