quinta-feira, 31 de maio de 2007

A florir


Tília americana

Não é o florir que faz das Tílias umas árvores tão especiais, mas eu não consigo ficar indiferente a este florir tão caladinho. Estas Tílias americanas são lindas e no Inverno têm os ramos encarnados.


quarta-feira, 30 de maio de 2007

Aquele único exemplo

(...)

Favorecei a antigua
Sciencia que já Achiles estimou;
Olhai que vos obrigua,
Verdes que em vosso tempo se mostrou
O fruto daquella Orta onde florescem
Prantas novas, que os doutos não conhecem.

Olhai que em vossos annos
Produze huma Orta insigne varias ervas
Nos campos lusitanos,
As quaes, aquellas doutas e protervas
Medea e Circe nunca conheceram,
Posto que as leis da Magica excederam.
(...)


Este é um excerto do primeiro poema que Luís de Camões viu impresso e publicado. Foi no prefácio da obra "Colóquio dos simples" do seu amigo Garcia de Orta, publicada em Goa no ano de 1563.




Esta obra admirável de Garcia de Orta, cujo nome original é: "Coloquios dos simples e drogas e cousas mediçinais da India, e assi dalgumas frutas achadas nella, onde se tratam algumas cousas tocantes a medicina pratica, e outras cousas boas pera saber, composto pelo doutor Garcia d’Orta, fisico del’rey nosso senhor", apresenta um conhecimento feito da observação e da experiência que é considerado precursor da ciência moderna, do método científico e muito invulgar no seu tempo (sec XVI).
Baseia-se na sua experiência de trinta anos na Índia, onde, entre outras coisas, plantou e comercializou especiarias, teve um horto, uma plantação de ervas medicinais que estudou profundamente, viajou, acompanhou expedições militares, recolheu informações várias, estudou a nomenclatura local das doenças e dos seus remédios.... E comparou com o que aprendera na Europa.

Garcia de Orta escreveu o seu livro em Português porque pretendia que ele chegasse não apenas às elites, que comunicavam entre si em Latim, mas a todos a quem as informações podiam ajudar ou iluminar. Um resumo do seu trabalho é posteriormente traduzido para latim por Charles de l'Écluse e consagrado na Europa, mas em Portugal os seus Livros são condenados e destruídos pela inquisição logo após a sua morte.






Gravuras de Cristovão da Costa . 1578

Um dos seus discípulos, Cristovão da Costa ou Christobal d’Acosta de Buenaventura, O Africano. Recupera a obra de Garcia da Orta, acrescida dos dados recolhidos por Costa pessoalmente e dos desenhos que inseriu no seu Tractado. E conseguiu uma difusão através do mundo.
Sobre Garcia da Orta e os seus divulgadores




terça-feira, 29 de maio de 2007

No Parque

Tilia americana . Parque Eduardo VII

Ontem fui buscar a minha filha mais nova à escola, perguntei-lhe - Vamos para casa ou vamos ver os Jacarandás? - Vamos ver os jacarandás, foi a resposta pronta.
Fomos ao Parque Eduardo VII, ali pertinho da feira do livro, mas não fomos comprar livros e gelados como é hábito nesta altura do ano.
Vimos os Jacarandás, vimos a flor muito pequenina da Tília americana, mesmo ao lado a flor muito grande da Magnólia grandiflora, procurámos flores encarnadas, porque lhe apetecia, mas só havia uma rosa muito velhinha, contámos os passos de gigante para chegar até ao canteiro dos Acantos e tirámos uma fotografia que mostra que os Acantos ainda são maiores do que a Marta, qualquer dia deixam de ser, reparámos que os Agapantos estão nervosos para florir, admirámo-nos com os enormes Castanheiros da Índia e apanhámos os pequenos ouriços ainda verdes, um bocadinho assustadores- disse a Marta- picam e até servem para pregar umas partidas... Lá para o Outono vão dar castanhas para os cavalos, porque as castanhas do senhor das castanhas, essas estão nos Castanheiros do campo.


Alameda central do Parque Eduardo VII - Nos meus sonhos

E mais uma vez lamentei que a alameda central do Parque Eduardo VII com aquela triste topiária não sirva para nada, que bom que era um prado com flores silvestres naquele local.

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Eles



Av. D. João V - Lisboa

domingo, 27 de maio de 2007

Dias de chuva

Sparganium ?

Um dia de chuva é tão belo como um dia de sol.

Ambos existem; cada um como é

Alberto Caeiro


sábado, 26 de maio de 2007


Subordinado ao tema " O Lixo na arte dos Jardins" decorre em Ponte de Lima o Festival Internacional de Jardins. Confesso que o tema, da forma como é apresentado, não me entusiasma. As palavras, arte e lixo, fazem-me temer um tipo de abordagem já bastante gasto e pouco fértil. As garrafas de plástico, as embalagens, a sempre politicamente correcta reciclagem... E muito pouca atenção ao que deve de facto ser um jardim.


Numa visita ao site do Festival, pude constatar com alívio que alguns participantes, desenvolveram conceitos muito interessantes, é o caso projecto do Arquitecto Laurent Bonne - AS PLANTAS RECICLAM


"Aqui as plantas são colectores de lixo - filtram as substâncias químicas nas suas fibras tornadas resistentes.(...) dois jardins foram plantados: um para plantas que filtram o ar e outro para plantas que filtram a terra.

À direita, o girassol, Helianthus annuus, tem a capacidade de digerir o chumbo no solo dos locais anteriormente ocupados por indústrias pesadas. O tabaco, Nicotiana alata, consegue armazenar o cádmio. A mostarda, Sinapis arvensis, tem a capacidade de absorver o gasóleo. E, finalmente, a grama, Agropyrum repens, que consegue filtrar o zinco. As fibras cheias de poluentes devem ser imediatamente cortadas, incineradas e as cinzas processadas.

À esquerda, os crisântemos, Chrysanthemum, purificam os solventes provenientes de colas, tintas ou de feltros. Os clorofitos, Chlorophytum, retêm o gás tóxico formaldeido, presente nos painéis de partículas dos nossos móveis. O falso papiro, Cyperus diffusus, absorve as toxinas no nosso ar interior, poluído pelos produtos domésticos, as tintas, os plásticos. Estas plantas podem ajudar-nos a reabsorver estes produtos tóxicos irritantes, alergénicos e até cancerígenos.

O mundo é um vasto ecossistema que inclui os nossos resíduos químicos. Houve um tempo em que a natureza morria ao entrar em contacto com estes novos elementos químicos agressivos. Depois desenvolveu meios de defesa e de reabsorção da poluição para formar ecossistemas reparadores. Estas considerações despoluidoras levam-nos a mudar de ponto de vista em relação às plantas e reforçam o espírito de simbiose entre os nossos ciclos de vida compartilhada, naturais e artificiais."

Destaque ainda para o projecto LIXO-A ARTE É EVITA-LO concebido pela - Associação Portuguesa de Produtores de Plantas e Flores Naturais- que oportunamente lembra "um jardim sem desperdícios não produz lixo"



À Flor do Mar



Armeria welwitschii

Erva-de-curvo; Erva-divina; Raíz-divina

sexta-feira, 25 de maio de 2007

Arrumadinha


quinta-feira, 24 de maio de 2007

Cores de flores



Peónias - Kew garden



Em busca da Peónia Peregrina




Paeonia Byzantina (P. peregrina) - Rariorum plantarum historia (1601) de Charles de l'Écluse

Ando fascinada com as Peónias, já aqui falei da Rosa-albardeira (Erva-casta; Erva-de-santa-rosa; Peónia; Piónia; Rosa-cuca; Rosa-de-lobo) P.lusitânica Mill = P. broteroi. Na sua Flora Portuguesa, Gonçalo Sampaio na descrição que faz desta Peónia refere, "flores vermelhas, grandes" no entanto quando comparadas com as vermelhíssimas, P. peregrinas, são apenas cor-de-rosa. Quero sementes destas peregrinas, alguém sabe onde encontrar?

domingo, 20 de maio de 2007

Árvores Veneráveis #2

Click sobre as fotografias para aumentar
Dracaena draco . Bairro da Petrogal-Bobadela

Mesmo às portas (Orientais) de Lisboa, ao lado da zona de intervenção da expo 98 mas já no concelho de Loures, existe uma zona, creio que com cerca de doze hectares, chamada Bairro da Petrogal, nunca tinha ouvido falar de tal sítio, até que uns dias atrás um leitor deste blog me escreveu relatando o misterioso desaparecimento no local de uma Oliveira multissecular classificada de interesse público com a refª KNJ1/122 (única árvore classificada do Concelho de Loures).

Temendo ter-se enganado J.M. volta alguns dias mais tarde ao local onde tira algumas fotografias a este espantoso Dragoeiro e a outras árvores de grande porte, que ele acredita estarem em perigo.


Não tenho conhecimentos técnicos para avaliar a idade destas árvores, mas parece-me evidente que o Dragoeiro é mais antigo do que as construções vizinhas (prestes a serem demolidas) que aparentam ser dos anos 40-50. Não sei a quem se deve o notável coberto vegetal deste local, o cuidado pela preservação ao longo dos séculos e posterior classificação da Oliveira multissecular, quem plantou por aqui um Dragoeiro, árvore tão invulgar entre nós, quem o tratou com o respeito e carinho que podemos ainda vislumbrar no seu porte venerável, quem plantou a alameda de palmeiras,... Se alguma réstia dessas almas puras ainda por aqui andava, foi decerto banida juntamente com a Oliveira.

É por respeito para com estas almas desconhecidas e para que as gerações futuras tenham o prazer de conviver com árvores veneráveis, que temos de salvar este Dragoeiro.

Olival junto à Fabrica da Sacor 1960

Homens que vêem as árvores

Saudosos Plátanos do Campo Pequeno»

"De facto, eu preferia o antigo Campo Pequeno, mais bárbaro, sem esse verniz europeista, onde aparecia regularmente o Circo Chan ou o Circo Cardinali e tinha aquelas belas árvores. Podiam-se ver, a passear ou sentados em bancos poetas como o António Ramos Rosa, que morava ali perto, atrás do Palácio Galveias. Ele adorava fazer o seu passeio para ir ver os plátanos do Campo Pequeno."

Diogo Biaroulek
Exerto de um comentário daqui

sábado, 19 de maio de 2007

Les Voilá!




Rosa trepadeira Pierre de Ronsard

Fiquei encantada com esta Rosa que conheci aqui. É descrita como uma roseira rústica, muito resistente, pouco exigente quanto ao solo (argiloso ph neutro) e de floração longa muito abundante, fiquei particularmente contente com a indicação de que lhe bastavam uma a duas regas por semana mesmo em tempo quente, para quem tem um jardim de fim-de-semana é uma óptima notícia.

No outono de 2005 encomendei e plantei esta roseira, no ano seguinte deu uma única flor , que cortei logo conforme indicação do fornecedor. Entretanto foi eleita a Rosa favorita do mundo inteiro, passou a ter um site só seu e tornou-se uma estrela no mundo das rosas. No meu jardim continuou simples e corajosa a fazer pela vida, sem grandes cuidados ou atenções. Quando chegou a Primavera, pequenos botões prometiam novidades e agora exibe algumas dezenas das mais bonitas rosas que eu já vi. E como não há bela sem senão, o perfume destas rosas é bastante fraco, pelo menos comparando com estas ou estas.

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Passear na serra

Orchis champagneuxii . Foto de Ivo Rodrigues

No blog Serra da Adiça
"É bom coleccionar objectos, mas é melhor dar grandes passeios.

(ANATOLE FRANCE)"
Ou ainda, contemplar umas Rosas albardeiras em Montejunto, ou pela Serra de Ficalho.

Comércio justo


Dia da espiga. Lisboa »»

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Árvores Infelizes

Jacarandá recém-plantado na Av. Fontes Pereira de Melo

"(...) Durante a visita às obras de requalificação da zona, António Prôa, anunciou ainda a instalação de 50 jacarandás na Avenida Fontes Pereira de Melo e no Parque Eduardo VII, doados pela empresa RBensimon, Publicidade e Marketing, ao abrigo da Lei do Mecenato, no valor de 12.500 euros."
Em - blog pessoal do (ex) vereador António Prôa (uma pérola)


Sim senhor, muito bonito... Árvores modernas, das que não precisam de espaço para as raízes.

Interesse Público

Taxodium distichum (L.) Richards . Lisboa -Jardim da Parada
Árvore classificada de interesse público em 1947 .
Dimensões segundo Ernesto Goes em Árvores Monumentais de Portugal
5.60m P.A.P.
27m. Altura
24m. de diâmetro de copa.

A placa de identificação que pode ser vista na árvore, classifica-a como Taxodium mucronatum - Cipreste do Mexico, uma espécie ainda mais rara entre nós e à qual pertence a árvore maior do mundo. Em que ficamos?

A consultar no Sombra Verde, COMO CLASSIFICAR UMA ÁRVORE.


terça-feira, 15 de maio de 2007

Valham-nos eles!


Jacaranda mimosaefolia . Lisboa

"Já está. Lisboa ficou diferente. A maior parte das vezes, a mudança é gradual, nota-se aos poucos, aqui e ali, parecem efeitos da timidez. De vez em quando, como este ano, a transformação é brusca, quase radical. De repente, olha-se em frente, para cima, ao largo, e tudo está diferente. Não me refiro, evidentemente, à Câmara de Lisboa, que também se prepara para mudar. São os jacarandás, senhores! Este ano, foram ligeiramente tardios. Mas apareceram ao mesmo tempo. Já se podem ver nos seus melhores solares, na Avenida D. Carlos I, na Rua Castilho, no Parque Eduardo VII, em Belém, na Rua do Salitre, no Parque das Nações e nas avenidas novas. E em tantos jardins escondidos da cidade. Vale a pena festejá-los. Sobretudo em tempo de lágrimas, para nos consolarmos do assassinato sumário de umas dezenas de plátanos no Campo Pequeno. Queiramos ou não, os lisboetas, as autoridades e talvez os portugueses em geral não gostam decididamente de árvores! Ou, se gostam, não praticam."
(...)
Mudanças e atrasos
Público - 13.05.2007, António Barreto- Retrato da Semana


segunda-feira, 14 de maio de 2007

Árvores veneráveis

Jerôme Hutin é um "peregrino das árvores". Tem como objectivo e profissão, localizar, fotografar e proteger as mais antigas árvores do planeta, é autor do livro " Les Arbres Venerables" e lançou recentemente um apelo, na forma de uma petição, para que as árvores monumentais de todo o mundo sejam reconhecidas pela UNESCO como Património Natural Mundial e assim protegidas. Não refere na sua obra nenhuma árvore Portuguesa e faz bem, porque nunca se sabe quando é que uma árvore monumental Portuguesa é abatida em nome sabe-se lá de quê.



Em -Árvores Monumentais de Portugal (1984), Ernesto Goes faz um inventário das árvores excepcionais de Portugal, com o objectivo de " (...) mentalizar toda a gente pelo respeito pelas árvores, principalmente por aquelas que pela sua idade e porte deveriam ser rigorosamente protegidas."

Neste seu livro, Goes refere: " Na antiga Estação Agronómica Nacional em Sacavém (hoje Bairro social da Petrogal), há uma oliveira multissecular, que tem 4,70 m de P.A.P.. Que está considerada de interesse público."

De pouco valeu o interesse público a esta oliveira, se era a mesma de que me fala José Manteigas nesta mensagem. E tudo indica que sim!



(...) resolvi partilhar a fotografia de uma oliveira que está no Hospital Residencial do Mar em Sacavém, no Bairro da Petrogal.
Já há vários anos que não ia ali, provavelmente por antecipar o que encontrei hoje.
(...) De acordo com um colega - que entretanto já faleceu - o último Director da Estação Agronómica de Sacavém (?), no edifício da qual agora está instalado o hospital, no dia em que se reformou terá dito qualquer coisa como: "Tomem cuidado com aquela oliveira porque tem a idade de Jesus Cristo".
Tanto quanto me recordo essa oliveira não está no sítio onde esteve e - se assim for - o mais provável é não estar em lado nenhum.
Atrás deste edifício existia um pequeno olival que está destruído. As suas oliveiras também aparentavam ter uma idade muito respeitável. Algumas das que lá estão - não sei se sobraram - foram "podadas" recentemente.

Não sendo a fotografia que gostava de partilhar, estou seguro de que concordará que é um belo espécime de Olea europaea, na realidade é a fotografia de uma sobrevivente...
"

Olea europaea . Sacavém . Fotografia de José Manteigas


Sobrevivente... Ao que tudo indica de um massacre como tantos a que infelizmente já nos vamos habituando.

sábado, 12 de maio de 2007

Bela e não só


Mackaya bella Acanthaceae . Lisboa Estufa fria

É um arbusto ou pequena árvore endémico da Africa do Sul, já ganhou um Award of Garden Merit da Royal Horticultural Society (RHS), que é o mesmo que dizer que é uma planta cheia de qualidades.


sexta-feira, 11 de maio de 2007

Rosêlha-pequena

Cistus crispus L. - Ericeira

Mais um grupo

Cistaceas de todo o mundo no Flickr


Saganho-Mouro

Cistus salviifolius L. - Ericeira

Alcar

Tuberária lignosa Samp.* Cistáceae
A família das Cistáceas é muito comum em Portugal, são em geral plantas que conseguem tirar partido dos solos mais pobres, achei graça quando ao consultar o site de um Inglês que cultiva Cistáceas, ele alertava para o "perigo" dos solos ricos e fertilizados no cultivo destas plantas. A germinação das sementes é activada pelo calor e mesmo pelo fogo, sendo esta provavelmente outra razão que justifica o seu sucesso por cá.
Em Portugal o género Cistus Lin. é muito comum e variado como justificam a grande variedade de nomes populares (Estêva; Ládano; Lábdano; Roselha; Xara, Estevão; Rosêlha; Saganho; Sargaço; Estevinha...). No Alentejo descobriu-se recentemente a grande riqueza que constituem os óleos essenciais da muito comum Esteva (Cistus ladanifer).
Existem outros géneros porventura menos conhecidos na família das cistaceas, Halimium, Helianthemum, Fumana e Tuberária, são plantas espontâneas comuns em Portugal apesar de alguns exemplares específicos estarem em perigo de extinção.
Curiosamente, se os nomes comuns das Cistus estão bastante documentados, para os restantes géneros não são fáceis de encontrar (pelo menos em Português). O Género Tuberária (sin. Xolantha), recebe este nome por causa da forma das raízes (Túberas= Trufas) por esta razão recebem nomes comuns como Tuberária ou Erva-das-Túberas.

A Tuberária lignosa Samp.* ou Xolantha tuberaria é chamada pelo povo, Erva-da-Desinfecção e utilizada em infuso contra úlceras e feridas de difícil cicatrização, chamam-lhe ainda Arcádia, Arouca, e Alcar. Alcar? Alguém sabe porquê.
*Gonçalo Sampaio em Flora Portuguesa

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Salvem esta árvore!


Plátanos no Campo Pequeno . Ontem

quarta-feira, 9 de maio de 2007

Abraçar uma árvore

Tilia tomentosa . Campo Pequeno (hoje)
Se eu pudesse abraçava esta árvore.
Como salvar as árvores que restam no Campo pequeno? Os Jacarandás, as Olaias, alguns Plátanos importantes...
Matar árvores para fazer um jardim.... Nunca vou entender esta lógica.

Ganda Grupo!

Geranium sanguineum

Flora Portuguesa no seu habitat vão até lá...


terça-feira, 8 de maio de 2007

Porque elas não podem gritar

Lisboa . Parque Eduardo VII

São cada vez mais as vozes que se levantam contra, o muito mal explicado, abate de árvores monumentais no Campo Pequeno em Lisboa. Estas vozes vão juntar-se numa petição que visa esclarecer as causas e responsabilidades deste acto.

Para que estes casos não voltem a acontecer e para garantir a saúde e longa vida a árvores como estas temos MESMO que assinar.


LISBOA TEM QUE SER RESSARCIDA PELO ABATE DAS ÁRVORES NO CAMPO PEQUENO!

segunda-feira, 7 de maio de 2007

O Flecha



A guardar o meu maior tesouro. A minha reserva de plantas espontâneas.



Tuberaria guttata ou Xolanta gottata


E flores silvestres.

sábado, 5 de maio de 2007

Mentiras no Campo Pequeno



"já vão em 145 árvores derrubadas, e dizem-me que serão 200. Isto é uma vergonha!"

Texto daqui

sexta-feira, 4 de maio de 2007

Vozes

1 Árvore morta no Campo Pequeno, 2 Árvores mortas no Campo Pequeno, 3 Árvores mortas no Campo Pequeno, 4 Árvores mortas no Campo Pequeno, 5 Árvores mortas no Campo Pequeno, 6 Árvores mortas no Campo Pequeno, 7 Árvores mortas no Campo Pequeno, 8 Árvores mortas no Campo Pequeno, 9 Árvores mortas no Campo Pequeno, 10 Árvores mortas no Campo Pequeno, 11 Árvores mortas no Campo Pequeno, 12 Árvores mortas no Campo Pequeno, 13 Árvores mortas no Campo Pequeno, 14 Árvores mortas no Campo Pequeno, 15 Árvores mortas no Campo Pequeno, 16 Árvores mortas no Campo Pequeno, 17 Árvores mortas no Campo Pequeno, 18 Árvores mortas no Campo Pequeno, 19 Árvores mortas no Campo Pequeno, 20 Árvores mortas no Campo Pequeno, 21 Árvores mortas no Campo Pequeno, 22 Árvores mortas no Campo Pequeno, 23 Árvores mortas no Campo Pequeno, 24 Árvores mortas no Campo Pequeno, 25 Árvores mortas no Campo Pequeno, 26 Árvores mortas no Campo Pequeno, 27 Árvores mortas no Campo Pequeno, 28 Árvores mortas no Campo Pequeno, 29 Árvores mortas no Campo Pequeno, 30 Árvores mortas no Campo Pequeno, 31 Árvores mortas no Campo Pequeno, 32 Árvores mortas no Campo Pequeno, 33 Árvores mortas no Campo Pequeno, 34 Árvores mortas no Campo Pequeno, 35 Árvores mortas no Campo Pequeno, 36 Árvores mortas no Campo Pequeno, 37 Árvores mortas no Campo Pequeno, 38 Árvores mortas no Campo Pequeno, 39 Árvores mortas no Campo Pequeno, 40 Árvores mortas no Campo Pequeno, 41 Árvores mortas no Campo Pequeno, 42 Árvores mortas no Campo Pequeno, 43 Árvores mortas no Campo Pequeno, 44 Árvores mortas no Campo Pequeno, 45 Árvores mortas no Campo Pequeno, 46 Árvores mortas no Campo Pequeno, 47 Árvores mortas no Campo Pequeno, 48 Árvores mortas no Campo Pequeno , 49 Árvores mortas no Campo Pequeno ..... (continua)

Dor

Campo Pequeno . Abate de árvores 3 maio 2007

Ontem andei por Lisboa umas vezes de cabeça no ar, outras mais triste e cabisbaixa, vi as as Árvore-garrafa da Sidónio Pais a florir e tirei fotografias das espantosas florezinhas de cera, não me posso esquecer de as mostrar um dia destes, vi os castanheiros da Índia que começam perder as flores e fotografei os pequeníssimos ouriços que vão aparecendo em vez delas.

Na Av. fontes Pereira de Melo vi as árvores tristes, mal tratadas e doentes no meio de uma multidão de carros e gente cabisbaixa. Passei pelo Campo Pequeno e fiquei com as pernas a tremer e um nó na garganta ao ver o que por lá se passava perante a indiferença de todos, tirei fotografias.

Para desanuviar ainda fotografei uma Bela-sombra num espantoso florir... e eu que tinha tanto a dizer sobre a Bela-sombra e o seu florir, mas agora já não consigo. E as Robinias cor-de-rosa que estão a florir também e são tão, tão fotogénicas que bem que ficavam aqui, e a Chaenomeles japonica maltratada que está cheia de frutos nos poucos ramos que lhe restam, e os Jacarandás que estão a querer florir... Mas não consigo.