sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Árvores sem Juízo nenhum

"No entanto, ali nos semáforos do Campo Alegre, perturbando e confundindo os condutores que chegam da auto-estrada, e causando sérios transtornos no trânsito, estão duas ameixoeiras-de-jardim carregadinhas de flores. Bonitas mas tontas, julgam que já chegou a Primavera. Só há que encolher os ombros, pois juízo é coisa que não se ensina: ou se tem, ou não se tem; e elas, pelos vistos, não têm."

Paulo V. Araújo no "Árvores de Portugal"

Este foi um ano mau

A minha varanda está abandonada e triste desde que floriram as frésias pela última vez. Não sei quando é que vou ter forças para a fazer viver novamente, mas consigo finalmente perceber que esse momento vai, mais cedo ou mais tarde, ter de chegar.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

No Prado







"Nature" is what we see —
The Hill — the Afternoon —
Squirrel — Eclipse — the Bumble bee —
Nay — Nature is Heaven —
Nature is what we hear —
The Bobolink — the Sea —
Thunder — the Cricket —
Nay — Nature is Harmony —
Nature is what we know —
Yet have no art to say —
So impotent Our Wisdom is
To her Simplicity.



Emily Dickinson


Um livro


A Metamorfose das Plantas


Tradução, introdução, notas e apêndices de Maria Filomena Molder
INCM

domingo, 25 de outubro de 2009

Aos 9 anos...

Ela: - A casa árvore está tão bonita! Gostava de convidar a Leonor para a vir ver, acho que a Leonor é a minha amiga que percebe mais de casas nas árvores.
Eu (armada em esperta): - Percebe ou aprecia?
Ela: - Apreciar é perceber.

Flores da Estação



Hakea laurina

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Plantas Imaginárias


Mandrágora 
("Ortus Sanitatis" sec. XV)



Inspirada pelo "Dictionary of Imaginary Places", vou iniciar uma série de posts sobre árvores, flores e plantas imaginárias, onde pretendo recolher o maior número possível de descrições sobre as plantas que povoam a nossa imaginação graças a: Lendas, fábulas, mitos, e todo o tipo de obras literárias. Todas as contribuições e sugestões serão úteis e muito bem vindas.




Assim de repente - porque já foram referidos neste blog - lembro-me: Das rosas amarelas que deviam ser encarnadas da "Alice no País das Maravilhas" e as flores que falam no Outro Lado do Espelho, A metamorfose em árvore nas "As Aventuras Maravilhosas de João sem Medo", O pé de Laranja Lima do Zezé, As árvores do bosque dos 100 Acres em "Joanica Puff", a chuvinha de minúsculas flores amarelas nos "Cem anos de Solidão", A Tília e o Carvalho em que se transformam Baucis e Filemon nas "Metamorfoses"(de Ovídio) ...



E para começar, nada melhor do que as Árvores Cisterna e ainda, os Rícinos (mamani) e os Metrosideros (ohia tree) na Terra das Fadas, que Mark Twain descreve nos relatos da sua viagem ao Hawai:

THE CISTERN TREE
Speaking of trees reminds me that a species of large-bodied tree grows along the road below Waiohinu whose crotch is said to contain tanks of fresh water at all times; the natives suck it out through a hollow weed, which always grows near. As no other water exists in that wild neighborhood, within a space of some miles in circumference, it is considered to be a special invention of Providence for the behoof of the natives. I would rather accept the story than the deduction, because the latter is so manifestly but hastily conceived and erroneous. If the happiness of the natives had been the object, the tanks would have been filled with whisky.

IN FAIRY LAND
Portions of that little journey bloomed with beauty. Occasionally we entered small basins walled in with low cliffs, carpeted with greenest grass, and studded with shrubs and small trees whose foliage shone with an emerald brilliancy. One species, called the mamona [mamani], with its bright color, its delicate locust leaf, so free from decay or blemish of any kind, and its graceful shape, chained the eye with a sort of fascination. The rich verdant hue of these fairy parks was relieved and varied by the splendid carmine tassels of the ohia tree. Nothing was lacking but the fairies themselves.

em: "Twenty-five letters from Mark Twain from the Sandwich Islands (Hawaii)"

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Agricultura e mar

Uma quinta nas costas do deserto, irrigada unicamente com água do mar.

domingo, 18 de outubro de 2009

Livros


sábado, 17 de outubro de 2009

Castanheiro da Índia


Aesculus hippocastanum

Se as árvores fossem gente o Castanheiro-da-Índia era um sedutor.

Triste



Eu até já tinha dito, apetecia-me mesmo dizer que já tinha avisado - mas isso supunha o disparate de que alguém me ouve, e mais disparatado ainda que alguém, ouvindo, me levaria a sério - os Teixos estavam infelizes, muito infelizes. Morreram os dois ao mesmo tempo, um casal de Teixos morreu à dias no Parque Eduardo VII,  se a justiça fosse uma coisa a sério, alguém seria responsabilizado por estas mortes.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Vá lá...

Soltem o Outono.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Lisboa de Azulejos


com Schinus molle

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Aos distraídos

Já viram bem este blog?

Fruta da época



Ziziphus zizyphus




Acofeifa-maior; Açofeifeira; Açufeifa; Açufeifeira; Alçofeifa; Jujubeira; Macieira-de-Anáfega; Tâmara-da-China; Jujuba.


A Jujuba, que não deve ser confundida com a Jojoba, está neste momento a frutificar no Jardim Botânico da Universidade de Lisboa.




domingo, 11 de outubro de 2009

CIDADANIA LX: "Experimentações" no Jardim de Santos



Vem agora a Experimenta Design, através de uma campanha denominada It's about time que lhe incute um carácter afirmativo de uma "outra urgência", defender um projecto para o jardim que perversamente pretende ser vanguardista. Implicitamente usa uma retórica de inovação e ruptura que lhe garante, por isso mesmo, uma autoridade cultural que só a superioridade da avant-garde pode garantir. Pretende assim mutilar as árvores com "tatuagens", abrir "chagas" na pele das árvores protegidas. Fazer "instalações" sonoras alterando completamente o equilíbrio do habitat, no que respeita os seus ciclos de luz e de silêncio. Além de colocar sistemas de iluminação que irão ter o mesmo efeito, pretende instalar uma casa metálica numa árvore, perversão corrosiva da "cabana". Claro que os bancos românticos irão ser substituídos por outros em cimento e um bar irá ser instalado no jardim, garantindo assim uma espécie de espaçolounge, uma espécie de área de expansão e colonização oficializada do jardim pelos estabelecimentos nocturnos, all night long. O que se passa aqui é uma perversa inversão de valores, que perante a importância das verdadeiras ansiedades descritas no início deste texto são profundamente reaccionárias, datadas e prisioneiras de um falso vanguardismo. Tomou-se a resolução, talvez por pudor de expor esta figura ao jardim play-station, de recolocar a estátua de Ramalho Ortigão noutro local.


In Público (11/10/2009)
Por António Sérgio Rosa de Carvalho



sábado, 10 de outubro de 2009

Plantas que querem ser outra coisa




Colletia cruciata . Jardim Botânico da Universidade de Lisboa


Men will believe what they see. Let them see.


Henry David Thoreau

O segredo

O segedo não é correr atrás das borboletas. É cuidar do jardim para que elas venham até si.

Mário Quintana

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Bom dia




quinta-feira, 8 de outubro de 2009

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Jardim de Santos

Ainda há farpas Junto ao rio
As grandes Tipuanas do Jardim de Santos à espera que a cidade as defenda
1 . 2
De Susana Neves

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Caminhar para o Mar


*(também) Pelo Outono.

sábado, 3 de outubro de 2009

No Botânico

Também há pessoas.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Lisboa

Ficus macrophylla . Rua de São Bento

Que as árvores não caibam nas fotografias, é bom sinal. Mas que nas fotografias das árvores caibam sempre tantos carros, isso já é... Lisboa.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Em Lisboa

Os Jardins precisam é de jardineiros.