quarta-feira, 31 de março de 2010

Finalmente!


Erysimum cheiri


No Inverno passado semeei estes Goivos, a muito rápida e cheia de sucesso germinação das sementes convenceu-me de que lá para o Verão teria o jardim cheio de  flores. Veio mais uma vez a jardinagem dar-me uma lição, desta vez sobre paciência e persistência. Só com mais de um ano de idade e depois de algumas desventuras e muitas baixas é que os Goivos começaram a florir, espero que fiquem floridos até ao fim do Verão, mas, mais uma vez, posso estar enganada, veremos.

Bonito!

"O Príncipe Real estava podre!" 
foram as palavras do Vereador  que de jardins percebe muito pouco.

As Fadas



As fadas... eu creio n'ellas!
Umas são moças e bellas,
Outras, velhas de pasmar...
Umas vivem nos rochedos,
Outras, pelos arvoredos,
Outras, á beira do mar...



Antero de Quental . do poema "As Fadas"


E haverá, aí por esse lado, alguma alma caridosa que saiba o nome desta flor felpuda?

terça-feira, 30 de março de 2010

Não posso viver sem isto


Eram campos campos campos
abertos num sonho quieto.

Manuel da Fonseca . do poema "Estradas"

sábado, 27 de março de 2010







Nunca são as coisas mais simples que aparecem
quando as esperamos. O que é mais simples,
como o amor, ou o mais evidente dos sorrisos, não se
encontra no curso previsível da vida. Porém, se
nos distraímos do calendário, ou se o acaso dos passos
nos empurrou para fora do caminho habitual,
então as coisas são outras. Nada do que se espera
transforma o que somos se não for isso:
um desvio no olhar; ou a mão que se demora
no teu ombro, forçando uma aproximação
dos lábios.




Nuno Júdice

sexta-feira, 26 de março de 2010

Shadow of a Doubt



The devil in the garden of eden.

Outra curta

Ai, ai... As Olaias!

Dias assim

Grandes, já.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Un Albero

Con il termine albero si intende una pianta legnosa perenne, capace di svilupparsi in altezza grazie ad un fusto legnoso, detto tronco, che solitamente inizia a ramificarsi a qualche metro dal suolo. L'insieme dei rami e delle foglie determina la chioma che può avere forme diverse a seconda delle specie e delle condizioni ambientali.
Wickipedia


Ninguém se sabe exprimir de forma mais bonita do que os italianos.

terça-feira, 23 de março de 2010

Fraxinus

Reparei agora que nunca falei neste blog sobre o Freixo, facto que revela a minha enorme ingratidão. Prometo para muito breve, aqui no Blog de Cheiros, uma homenagem ao grande Freixo que é uma das primeiras árvores a saudar a Primavera.

Dias com Tejo e tudo



Curta

Ai as Olaias!

domingo, 21 de março de 2010

Das árvores

Não se esqueçam de cumprimentar as árvores que cruzam os vossos caminhos. Porque hoje o dia é delas.

sábado, 20 de março de 2010

sexta-feira, 19 de março de 2010

Promenade Plantée


Se este blog pudesse ser um bocadinho de um filme, era este. O passeio por um dos mais bonitos jardins de Paris, o Promenade Plantée, no ultra romântico "Before Sunset".

quinta-feira, 18 de março de 2010

O Equinócio de Março

Será depois de amanhã às 17 horas e 32 minutos. Nesse momento, dizem, o dia e a noite terão exactamente a mesma duração, a mim parece-me um momento propício a curtíssimas celebrações de todos os tipos, até porque no minuto seguinte, lá para as 17 horas e 33 minutos, o dia começa a engolir a noite a olhos vistos. Por mim tudo bem.

Jardins de andar por casa

Retrato de um jardim com 14x14cm

terça-feira, 16 de março de 2010

segunda-feira, 15 de março de 2010

Dia 1

Alguém sabe o que é?

O cheiro das Frésias


O branco das Gardénias, o deslumbramento do florir dos Jacarandás, a fotogenia das Amarílis, a sabedoria das Papoilas, o nome dos Amores-perfeitos e o cheiro das Frésias. São algumas das razões que me fizeram gostar tanto de flores.



Viver é não conseguir. 
Fernando Pessoa



domingo, 14 de março de 2010

Jardins de Lisboa no domingo de manhã (2)


Jardim do Torel

sábado, 13 de março de 2010

Cromoterapia

No Prado

quinta-feira, 11 de março de 2010

Narciso




Narcisse était parfaitement beau, - et c’est pourquoi il était chaste; il dédaignait les Nymphes - parce qu’il était amoureux de luimême. Aucun souffle ne troublait la source, où, tranquille et penché, tout le jour il contemplait son image... - Vous savez l’histoire. Pourtant nous la dirons encore. Toutes choses sont dites déjà ; mais comme personne n’écoute, il faut toujours recommencer.

André Gide . " Le Traité du Narcisse"

quarta-feira, 10 de março de 2010

Mais um jardim a visitar


E mais um sonho transformado em realidade (um jardim é isso mesmo), The Beth Chatto Gardens.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Para que servem os Jardins Botânicos

We think the central rationale for public understanding of plants may be found in the motto of London’s Royal Botanic Gardens, Kew: “All life depends on plants.”  This statement sets out the first of many reasons why we the people should know about plants.
(...)
Findings from our own botany education research studies have shown us that, especially in urban areas,  the public only pays attention to and cares about the plants in their environment after a person or persons whom they respect help them to observe, identify, grow, interact with, and eventually, scientifically understand plants and their importance to human affairs as well as to the biosphere—and it’s best when such teaching takes place in personally meaningful and experiential ways. We’ve also hypothesized that the more botanically literate the public becomes, the greater its multifaceted interest in plants and the greater its support of botanic gardens, including plant science research. It is an astute conservation principle that the more we understand something, the more likely we are to value it and to want to preserve it.


Tirado daqui

domingo, 7 de março de 2010

O Orgulho da Madeira


Echium candicans . Nas veredas da Madeira

Está a florir neste momento, encontrei-o este fim-de-semana em dois jardins, nenhum deles público. Para além dos jardins botânicos não me lembro de o ver em nenhum dos jardins públicos de Lisboa, porquê? Há coisas difíceis de entender. O Echium fastuosum (sin. Echium candicans), conhecido em todo o mundo por Pride of Madeira, é uma planta cheia de qualidades, muito fácil de cuidar, e capaz de brilhar em qualquer jardim. Para além disso é Portuguesa, mais uma daquelas plantas excepcionais que todos os portugueses tinham a obrigação de conhecer, mas curiosamente não é fácil de encontrar nos jardins públicos.


sábado, 6 de março de 2010

Eram amarelas

Hoje as Tulipas

sexta-feira, 5 de março de 2010

Os Ulmeiros Retorcidos de Portugal


Já que tem de ser assim...

Diluviano. Então que me chova forte no Manjericão que estava a secar na bancada da cozinha, nas Frésias que estão quase a florir na varanda, no Liquidambar que se prepara para ficar cheio de estrelas verde vivo, nos musgos que crescem no tronco da Bela-sombra e são lindos de morrer, nos Castanheiros-da-Índia que se despiram para o banho, nos relvados, nas calçadas dos jardins que ficam frescas e lavadinhas, na cabeça de algumas pessoas que merecem uma grande molha, chova então muito, muito... Porque o que tem de ser, tem muita força.

Poema da flor proibida



Por detrás de cada flor
há um homem de chapéu de coco e sobrolho carregado.

Podia estar à frente ou estar ao lado,
mas não, está colocado
exactamente por detrás da flor.
Também não está escondido nem dissimulado,
está dignamente especado
por detrás da flor.

Abro as narinas para respirar
o perfume da flor,
não de repente
(é claro) mas devagar,
a pouco e pouco,
com os olhos postos no chapéu de coco.

Ele ama-me. Defende-me com os seus carinhos,
protege-me com o seu amor.
Ele sabe que a flor pode ter espinhos,
ou tem mesmo,
ou já teve,
ou pode vir a ter,
e fica triste se me vê sofrer.

Transmito um pensamento à flor
sem mover a cabeça e sem a olhar
De repente,
como um cão cínico arreganho o dente
e engulo-a sem mastigar.


António Gedeão

People Are Like Seasons


O infinito cabe num dedal de terra; as mais belas histórias são articuladas na dimensão da infância, quando tudo parece imenso e é pequeno.

Agustina Bessa-Luís

quinta-feira, 4 de março de 2010

As Amendoeiras de Van Gogh


Vincent Van Gogh  - "Almond Blosson"
óleo sobre tela 73.5 x 92 cm.
Museu Van Gogh-Amesterdão

quarta-feira, 3 de março de 2010

As Amendoeiras de Lisboa


Este ano andei distraída e só apanhei as últimas flores. Paciência, para o ano há mais.

As Amendoeiras de Camus

"Quando morava em Argel, suportava sempre com paciência o Inverno, pois sabia que numa noite, numa só noite fria e pura de Fevereiro, as amendoeiras do vale dos Consules se cobririam de flores brancas. Depois, maravilhava-me ao ver que essa neve frágil resistia a todas as chuvas e ao vento do mar. No entanto, ano após ano ela persistia durando o tempo necessário para preparar o fruto."

Albert Camus .  "O Verão" (1954)

Os Invernos não se querem demolidores, mas às vezes acontece

Os Invernos demolidores são para os jardins, como as paixões assolapadas para os apaixonados: Inevitáveis, inesperados, desconcertantes, desconfortáveis, destruidores, desastrosos, provocadores e renovadores. Um Inverno como este que estamos a viver deixa, em qualquer jardim que se preze, feridas e dores para toda a vida, perdas irreparáveis, recordações eternas, mas, se lhe sobrevive, o jardim arrasado fica mais forte, mais resistente aos Invernos futuros, renovado e cheio de vida.

Para que isto aconteça - para que um jardim renasça em beleza depois de um Inverno demolidor - é essencial a ajuda de um jardineiro experiente que, na altura certa, saiba limpar as feridas, entender as dores, secar as lágrimas e semear o jardim que estava entregue às tempestades, às chuvas sufocantes  e à fúria dos ventos. O jardineiro é para o jardim, como os verdadeiros amigos são para os apaixonados que sobrevivem a  uma paixão assolapada.

terça-feira, 2 de março de 2010

Flores


É nestas flores, em particular, que
vejo desenhar-se uma linha que me leva
de mim a ti, passando sobre um campo
invisível, onde já não se ouvem
os pássaros, e onde o vento não faz cair
as folhas. Estamos em frente de um canteiro
puramente abstracto, e cada uma destas flores
nasceu das frases em que o amor se manifesta,
e do movimento dos dedos sobre a pele,
traçando um fio de horizonte
em que os meus olhos se perdem. Por isso estão
vivas, e alimentam-se da seiva
que bebem nos teus lábios, quando os abres,
e por instantes a vida inteira se resume
ao sorriso que neles se esboça.

Nuno Júdice



Hippeastrum

segunda-feira, 1 de março de 2010