segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

A florir

Haworthia mucronata
Na selva aprendera a evitar os movimentos bruscos, Os seres que se nos deparam são tímidos e vigilantes e têm a arte de se escapar quando menos se espera. Nenhum animal doméstico consegue manter a imobilidade de um animal selvagem. As pessoas civilizadas perderam a capacidade de permanecer imóveis e têm de aprender com o mundo selvagem para serem aceites por ele. A arte de nos movermos suavemente, sem movimentos bruscos, é a primeira coisa a ser estudada pelo caçador, sobretudo pelo caçador com uma máquina fotográfica.

Quando se apanha o ritmo de África descobre-se que este é sempre o mesmo em toda a música deste continente.

Karen Blixen . "África Minha"

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Cacto-cacto

Calle Fernado VI, 7
Madrid

E se alguma alma caridosa me souber dizer o nome da plantinha curiosa que aparece na primeira fotografia, agradece-se.

Cá está! Aloinopsis



quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

New kids in town

11 | 02 | 2016

24 | 02 | 2016

Que é como quem diz, miúdos novos na cidade. Filhos legítimos das ilustres Gingkos do Jardim das Amoreiras, sementes (fruto) recolhidas no dia 1 de janeiro de 2016.
Lá mais para o Verão mudam-se para o campo onde se vão juntar a estas irmãs mais velhas.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

No Prado


As árvores não se medem aos palmos


As cameleiras não têm pressa de crescer. Esta comprei-a numa visita ao Porto em Janeiro de 2007, viveu algum tempo num vaso dentro de casa e mais tarde foi plantada no jardim onde nunca deixou de nos encantar e fazer pela vida, as suas flores foram algumas vezes inspiração e mais ou menos, protagonistas neste blogue, no entanto a árvore continua pequenina ainda não tem muito mais de um metro de altura...

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

A florir


Pachyphytum 
(Ou talvez não... porque isto de identificar suculentas é só para os especialistas)

O Inverno


sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Victor Hugo


Aimer, c'est agir.


Désobéir, c'est chercher.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Um jardim é um resumo da civilização



(...)
Não sei que coisa estranha e pobre existe na substância íntima dos jardins citadinos que só a posso sentir bem quando me não sinto bem a mim. Um jardim é um resumo da civilização — uma modificação anónima da natureza. As plantas estão ali, mas há ruas-ruas. Crescem árvores, mas há bancos por baixo da sua sombra. No alinhamento virado para os quatro lados da cidade, ali só largo, os bancos são maiores e têm quase sempre gente.

Não odeio a regularidade das flores em canteiros. Odeio, porém, o emprego público das flores. Se os canteiros fossem em parques fechados, se as árvores crescessem sobre recantos feudais, se os bancos não tivessem alguém, haveria com que consolar-me na contemplação inútil dos jardins. Assim, na cidade, regrados mas úteis, os jardins são para mim como gaiolas, em que as espontaneidades coloridas das árvores e das flores não têm senão espaço para o não ter, lugar para dele não sair, e a beleza própria sem a vida que pertence a ela.
(...)
Bernardo Soares . "Livro do Desassossego"



quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Viajar

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Emily


Sépala, pétala, espinho.
Na vulgar manhã de Verão –
Brilho de orvalho – uma abelha ou duas –
Brisa saltando nas árvores –
- E sou uma rosa!

80 poemas de Emily Dickinson", Edições 70, Lisboa, 1978 (tradução de Jorge de Sena)

A sepal, petal, and a thorn
Upon a common summer's morn --
A flask of Dew -- A Bee or two --
A Breeze -- a caper in the trees --
And I'm a Rose!


Emily Dickinson

Um pequeno cacto amarelo


Faucaria tigrina
1950, Fevereiro, 5


Ganho de presente um pequeno cacto amarelo, que pede só duas colherinhas d'água cada trinta dias. E não sobre si mesmo: sobre a areia em redor. Sem aspirar ao sol senão muito raramente.
-Me deixem ficar aqui no meu canto — parece dizer-nos — dispenso carinho.
Se não é belo, mostra-se pelo menos "áspero, intratável", como o grande exemplar de que fala Manuel Bandeira. E assim miúdo, assim agarrado à secura e ao isolamento voluntários, a gente já começa a sentir peninha dele, e a querer dispensar-lhe atenções mortais.

Carlos Drummond de Andrade . " O Observador no Escritório"

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Gostar de árvores e viver em Lisboa está a tornar-se inconciliável.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Ver


Tudo quanto é belo manifesta o verdadeiro.
Victor Hugo