sexta-feira, 30 de abril de 2010

Água de Rosas


O poeta é o espectador

(...)
and I've been a poet since I was fourteen
some people know all about plants some about fish
I know separation
some people know the names of the stars by heart
I recite absences

(...)


Nazim Hikmet . do poema "Autobiografia"

quinta-feira, 29 de abril de 2010



Cena do Filme "Transe" . Teresa Villaverde

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Coníferas em Lisboa (II)

Araucaria angustifolia . Em Belém

Pinheiro-do-Paraná, Pinheiro-do-Brasil... São alguns dos nomes mais comuns desta Araucária brasileira imigrada em Lisboa.


(Talvez esteja enganada e esta seja uma A. bidwilli da Queenslândia, alguém sabe?)

terça-feira, 27 de abril de 2010

Coníferas em Lisboa

Sequoia sempervirens

A Sequóia do Jardim da Estrela tem todas as condições necessárias para um dia se tornar a árvore mais alta de Lisboa. Por agora ainda está longe de tão importante estatuto, mas esperem mais uns trezentos anos e... bem, alguém estará cá para ver. Até lá, que nunca lhe falte o sol e os nevoeiros matinais de Lisboa, a Sequóia-sempre-verde não exige muito mais.

Um conselho desinteressado


Todos nós devíamos conhecer melhor as coníferas e este é o livro perfeito para o fazer.
Porque elas estão entre os seres vivos mais antigos do planeta - existem há 300 milhões de anos, muito antes dos dinossauros - adaptaram-se, como nenhum outro ser vivo, às dramáticas mudanças que o planeta tem sofrido ao longo da sua existência, viveram o seu apogeu há 50 milhões de anos e resistem heroicamente em quase todas as regiões do planeta.

Mas - como todos os seres vivos - as coníferas têm as suas sensibilidades e conífera alguma gosta de viver na sombra de outro ser vivo, adoram acima de tudo, o sol e por isso, algumas crescem tão desesperadamente quase até ao céu, querem e precisam de ser os seres vivos mais altos do mundo. Que não seja o homem, por ignorância, a tirar-lhe esse bem precioso, é o que eu espero.

domingo, 25 de abril de 2010

Portugal é lindo quando quer





















Para ver maior clique sobre a imagem

sábado, 24 de abril de 2010

Tempo de Cravos




sexta-feira, 23 de abril de 2010

Das coisas boas

Das coisas boas que me têm acontecido aqui pelo mundo virtual (e têm sido algumas) as que maior felicidade me proporcionam são obviamente as que se repercutem na vida real (nem sempre as fronteiras entre os dois estão bem definidas, mas vou - para efeito deste post - considerar que estão): As pessoas que conheci, as coisas que aprendi  e tudo o que procurei e muitas vezes encontrei. 

Mas nada disso se compara com a satisfação que me dá ver, por aqui, as boas ideias resultarem em grandes projectos de sucesso. Um desses projectos inspiradores é "O Cantinho das Aromáticas",  que começou por ser um pequeno projecto agrícola (e um blog) de cultivo de plantas aromáticas e medicinais em Portugal que graças à  incansável dedicação e criatividade do seu autor se transformou numa referência para todos aqueles que acreditam que é possível fazer agricultura de qualidade no nosso País e muito mais. 


quinta-feira, 22 de abril de 2010

Tempo de Reencontro

Aesculus hippocastanum . Parque Eduardo VII . Lisboa

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Ilhas

Silene littorea

Nas dunas de Abril

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Não basta plantar

Os países, como Portugal, preocupados em plantar muitas árvores mas sem a mínima noção de como se cuida delas, são como aqueles pais que têm muitos filhos mas depois não os educam.

domingo, 18 de abril de 2010

Um vereador com duas caras

"If you're gonna be two-faced at least make one of them pretty."
 Marilyn Monroe


Uma das maiores especialistas em sedução de todos os tempos disse qualquer coisa como: "se decidires ter duas caras, ao menos que uma seja bonita". Sá Fernandes levou o conselho a peito e quando lhe deram (porquê a ele?) o cargo de vereador dos espaços verdes de Lisboa, mostrou a sua cara bonita: Cara de Zé que pretende esverdear (palavra dele) uma Lisboa que até aí era cinzenta e feia, seduzindo todos os que há muito se preocupavam com os espaços verdes da cidade em troca, claro está, de apoio. O Zé cara linda, construiu ciclovias, corredores verdes, pintou bancos de jardim, remodelou sistemas de rega, iluminou o que estava na sombra, substituiu árvores velhas por árvores novas, limpou as infestantes de Monsanto (juntamente com muitos pinheiros, vá), celebrou protocolos, prometeu biodiversidade... 

A segunda cara, não é tão bonita (eu diria mesmo que é um bocadinho assustadora) e dela não se sabe o que esperar. É a cara de político que quer apresentar obra feita custe o que custar, mais do que esverdear Lisboa pretende, presunçosamente, requalificá-la (a sua palavra de ordem) e para atingir os seus "nobres" fins tudo se justifica: Abater árvores que cresceram mal (nas suas palavras) sem aviso prévio e mentindo a todos aqueles que sabem que as árvores não crescem mal, transformar jardins históricos em estaleiros de obras sem nenhum respeito pelas normas e regra que regulam as obras nos jardins históricos, desrespeitar leis, desbaratar recursos, considerar a hipótese delirante de construir casas em cima de árvores classificadas... Este vereador mal-encarado  rodeou-se de profissionais malcriados e incompetentes que não respeitam as opiniões de quem não concorda com eles e que, pior de tudo, têm uma concepção totalmente distorcida do que é e para que serve um espaço verde ou um jardim (na maior parte das vezes são coisas diferentes).




Nature always wears the colors of the spirit


sábado, 17 de abril de 2010

Cravos-do-poeta

(?)

Petição pelas árvores de Sintra

É vergonhoso o que se anda a fazer com as árvores de Sintra (ver aqui, aqui, aqui), para começar devemos todos assinar isto.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Nature always wears the colors of the spirit


To speak truly, few adult persons can see nature. Most persons do not see the sun. At least they have a very superficial seeing. The sun illuminates only the eye of the man, but shines into the eye and the heart of the child. The lover of nature is he whose inward and outward senses are still truly adjusted to each other; who has retained the spirit of infancy even into the era of manhood.(...)

The greatest delight which the fields and woods minister, is the suggestion of an occult relation between man and the vegetable. I am not alone and unacknowledged. They nod to me, and I to them. The waving of the boughs in the storm, is new to me and old. It takes me by surprise, and yet is not unknown. Its effect is like that of a higher thought or a better emotion coming over me, when I deemed I was thinking justly or doing right.

Yet it is certain that the power to produce this delight, does not reside in nature, but in man, or in a harmony of both. It is necessary to use these pleasures with great temperance.(...) Nature always wears the colors of the spirit. To a man laboring under calamity, the heat of his own fire hath sadness in it. Then, there is a kind of contempt of the landscape felt by him who has just lost by death a dear friend. The sky is less grand as it shuts down over less worth in the population.

Ralph Waldo Emerson . "Nature" (1836)





terça-feira, 13 de abril de 2010

Salva na beira dos caminhos #2

Salvia verbenaca

segunda-feira, 12 de abril de 2010

A minha alma está um bocado parva




115 000 
Caramba! 
só me resta agradecer 115 000 vezes...
Ufa!

Do céu para a terra

Diosma ericoides
Diosma ericoides

Chamam-lhe - por cá - Alecrim-do-Norte, mas não me perguntem porquê, não é nem Alecrim nem do norte. A Diosma ericoides  é uma planta da família das Rutaceaes, à qual pertencem algumas plantas bastante comuns como os Limoeiros, as Laranjeiras e algumas ervas aromáticas como a Arruda, mas que não tem, que eu saiba, nenhum tipo de relação familiar ou semelhanças com as bravas Labiadas (Lamiaceae) a família do Alecrim (Rosmarinus) e de tantas outras ervas aromáticas bastante conhecidas entre nós. Para além disso, esta planta é, espantem-se, originária da África-do-Sul. Por mim, este nome disparatado, nunca mais vai ser utilizado.

Já o nome comum Breath of Heaven, considerando todos os significados da fabulosa palavra breath (respiração, sopro, hálito, exalação, alento, fôlego, bafo, fragrância, murmúrio, sussurro, instante, pausa, ...) é um nome perfeito (mas de tradução complicada) para a etérea  Diosma ericoides: A planta com o aroma mais divinal que conheço.

domingo, 11 de abril de 2010

Na praia



Mesmo que não conheças nem o mês nem o lugar
caminha para o mar pelo verão.


Ruy Belo

No prado



Quero um cavalo de várias cores,
Quero-o depressa que vou partir.
Esperam-me prados com tantas flores,
Que só cavalos de várias cores
Podem servir.



Reinaldo Ferreira . via Don Vivo

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Um mar de flores

Armerias, mais uma vez....

terça-feira, 6 de abril de 2010

Santinhas

Verbena hybrida 

A Erva-sagrada (Verbena officinalis) que, dizem as lendas, existia no local onde Cristo foi crucificado e foi utilizada para estancar o sangue e curar as suas feridas quando foi retirado da cruz, só terá flores lá mais para o Verão, estas santinhas, são umas primas modernas e encantadoras, que nos animam por esta altura os jardins, varandas e afins.

domingo, 4 de abril de 2010

Árvores do mundo

Um projecto inspirador: University of Arkansas Fort Smith campus, Arboretum, com uma lista de árvores muito bem feita e que é um prazer consultar.

sábado, 3 de abril de 2010

By The Boab Tree

Adansonia gregorii . Baobá ou Embondeiro australiano

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Perder #2


Andei a ver fotografias antigas e encontrei esta com uma árvore que já acabou há algum tempo, era a árvore maior da minha rua, muito maior que todas as outras. Na verdade as árvores muito grandes não acabam - o que acaba são as histórias e assim - as árvores muito grandes quando morrem deixam um vazio que não é fácil de entender, ensinam-nos a perder.

Ansiedade

Quero compor um poema
onde fremente
cante a vida
das florestas das águas e dos ventos.

Que o meu canto seja
no meio do temporal
uma chicotada de vento
que estremeça as estrelas
desfaça mitos
e rasgue nevoeiros — escancarando sóis!

Manuel da Fonseca . "Poemas Dispersos"



E Orquídeas bravas



Cephalanthera longifolia

Os jardins, como a vida, devem permanecer sempre um bocadinho selvagens, se queremos ter surpresas como esta.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Tempo de Gerânios

Geranium robertianum

Bico-de-grou; Bico-de-grou-robertino; Erva-de-São-Roberto; Erva-de-São-Roque; Erva-roberta; Pássara

E no Príncipe Real...

Infelizmente continuam as trapalhadas. E as mentiras não são de hoje.