Na horta

Colhem-se abóboras, melancias, melões... E o outono já se faz sentir.

Desprezo

Este absurdo país de estradas sem saída, hipermercados, antenas, rotundas, cimento, automóveis, casas sem vida mas com redes sociais, auto-estradas só acessíveis a quem as pode pagar, árvores enfezadas, doentes e maltratadas, florestas de eucaliptos programadas para durar apenas dez anos caso o fogo não chegue antes, flores híbridas  e jardins insípidos onde os portugueses torram ao sol e vão morrendo ignorantes feios e pobres.

(desabafos  de uma portuguesa  perdida algures a Sul do Tejo) 

Paisagem com corvos

Van Gogh
atirava pedras aos corvos
para os esmagar contra o céu
dos seus quadros

José Manuel de Vasconcelos . "A mão na água que corre", Assírio & Alvim, 2011

E para que não restem dúvidas aqui ficam as andorinhas.

porque

Ainda à volta das aquilégias douradas

 Aquilegia vulgaris

Já não era sem tempo

Adenium obesum

Finalmente existe uma Rosa do deserto na minha vida. É linda de morrer e venenosa. Tudo indica que quando as rosas não têm espinhos são venenosas.

E a maneira como dava pelas coisas ...

As dálias a chorar nos braços dos jasmins!

Cesário Verde em "Flores Velhas"

Quando as estrelas descem á terra

Aquilegia vulgaris

O povo chama-lhe erva-pombinha talves porque as suas flores parecem estar sempre a tentar voar, maçadas, vá lá saber-se, com esta vida rasteirinha de quem tem raízes que prendem ao solo. O Sr.Lineu deu-lhes nome de ave de rapina. As minhas aquilégias são douradas e mais do que aves, lembram-me estrelas que vieram à terra por engano e estão sempre prontas para voltar a brilhar no cėu de onde gostariam de nunca ter saído

E para que conste

Nunca vi tantas andorinhas como tenho visto este ano.

O sabor do vento II

Há coisas fantásticas!

EDWARD WESTON por ANSEL ADAMS

Uma grande árvore e dois homens enormes.

Cenas da vida de uma Dália

O sabor do vento

Agosto

Por esta altura chegam, para mal dos meus pecados, o vento e os veraneantes. Felizmente estão de passagem.