sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

O Freixo

 Fraxinus sp.  hoje no parque

Tenho para mim, e para quem quiser, que todas as árvores têm, a determinada altura, uma história para contar. Os Freixos estão a florir é a altura ideal para estar atento às histórias que eles têm para nos contar...
(cont.)

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

De Portugal para o mundo


Scilla speciosa Samp.

Nunca é demais lembrar que esta flor espantosa, a cila mais bonita do mundo, é portuguesa. Só a enorme e inexplicável indiferença que os portugueses têm, primeiro, pelas plantas e, depois, por tudo o que é português, permitiu que o erro (de Clusius e consequentemente de Lineu) nunca fosse corrigido e que esta cila portuguesa continue a ser conhecida no mundo, e até em Portugal, como Cila do Peru, Jacinto do Peru ou até mais absurdamente como Lírio de Cuba (Cuban-lily). No que respeita a nomes comuns, justiça seja feita aos ingleses, e apenas a eles, que lhe chamam Cila portuguesa (Portuguese squill)

Mas seria injusto falar nesta confusão botânica e na indiferença própria dos portugueses sem recordar um daqueles portugueses de excepção, génio e coragem que sempre esteve atento a este e outros contrassensos. Gonçalo Sampaio foi um naturalista arguto que dominava com rigor a ciência botânica (ainda que o seu percurso académico não tenha sido o convencional), mas foi a sua personalidade inconformista que mais marcou a sua obra e lhe acrescentou um interesse científico que ainda hoje subsiste. Na sua obra (infelizmente inacabada) "Flora Portuguesa" várias vezes encontrou necessidade de desobedecer a certos dogmatismos que - como se pode ler no prefácio- são incompatíveis com o espírito científico, base indispensável de toda a ciência.

É assim que quando Gonçalo Sampaio na "Flora Portuguesa" descreve a "Albarrã do Peru" (referindo este nome comum para que não haja confusão)  lhe atribui o nome de Scilla speciosa Samprecusando pertinentemente a classificação quase divina do Sr.Lineu. (convém lembrar que já existia uma outra Cila portuguesa nomeada pelo Sr. Lineu como Scilla lusitanica por isso esse nome que seria o mais adequado não podia ser utilizado por Sampaio). Infelizmente,  talvez pelo desinteresse dos portugueses em defender o que só a eles interessa defender, o nome que Gonçalo Sampaio deu à famosa Cila,  cientificamente, é considerado um sinónimo de Scilla peruviana e não o contrário como seria correcto. Por minha conta e risco vou passar a utilizar aqui no blogue o nome Scilla speciosa Samp. como homenagem simultânea a um grande homem e a uma grande flor que está a florir neste momento na minha varanda.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Da época


Romulea bulbocodium
Aqui e aqui...

Aprender com as plantas


Primeira lição: Desvelo

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

O meu Liquidambar

Não precisou de aprender a contar para saber que o Inverno tem os dias contados.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Junto ao mar


Lobularia maritima

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

O modesto florir do grande Til


 Ocotea foetens

Mais uma vez são as árvores a lembrar que para ser grande não é preciso dar nas vistas. O Til, Garoé nas Canárias onde era venerado como um Deus,  é uma árvore cheia de qualidades (vale a pena ler este postal) mas a sedução não é uma delas como se pode perceber pelo simplório florir deste meu jovem Til.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Para vencer o Inverno

 Magnolia x soulangeana
Depois de muito procurar fui dar com esta... Feliz, quase a florir, num jardim particular mesmo às portas de Lisboa. Para quando umas magnólias nos jardins públicos de Lisboa?

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Constatação do momento

Há falta de Camélias e de Magnólias em Lisboa.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Na cidade

(...)
Na cidade as grandes casas fecham a vista à chave,
Escondem o horizonte, empurram o nosso olhar para longe de todo o céu,
Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos nos podem dar,
E tornam-nos pobres porque a nossa única riqueza é ver.
Alberto Caeiro

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Lisboa triste



Quem visita este blogue já vai conhecendo algumas das minhas árvores preferidas em Lisboa. Esta Tília, no Jardim das Francesinhas (Jardim Lisboa Antiga),  era uma delas e só não foi aqui referida porque nunca tive a habilidade de a fotografar como ela merecia.  Mas hoje ela deixou de existir por insensibilidade de quem dela devia cuidar. E como nunca mais vou ter oportunidade de a admirar ficam aqui estas pobres fotografias que não lhe fazem justiça mas, ainda assim, a recordam.