quarta-feira, 30 de julho de 2008

Blue Flower*

Cichorium intybus L.

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As flores do mês * Julho

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As flores de Julho vivem obcecadas pelo sol, só assim se justifica a escolha deste mês para florir. Verdadeiras adoradoras do sol, umas imitam-no na sua cor e formas; outras existem unicamente em função dele, nascendo ao amanhecer e morrendo ao pôr do sol; algumas são tão dependentes dele que seguem religiosamente os movimentos da sua rota diária pelos céus. Não menos obcecadas e atentas ao sol, mas com uma atitude mais cautelosa e até de algum respeito, algumas só revelam os seus encantos depois do pôr-do-sol e recolhem-se discretamente quando ele volta, são as flores da noite que surpreendentemente também escolhem o mês de Julho e as noites curtas para florir e lançar perfumes, no mínimo mágicos.


1 . Helianthus annuus
Os Girasóis, claro!
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2 . Nerium oleander L.
Os Loendros são talvez as flores mais populares do mês, por alguma razão que me custa entender é, aparentemente, a flor mais utilizada em jardinagem na zona de Lisboa. Todas as suas partes são tóxicas, parece-me no mínimo curioso que árvores tão importante como o Teixo estejam, no nosso país, a ser cortadas, evitadas e consequentemente a desaparecer porque são tóxicas, enquanto os Loendros proliferam desta forma.
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3 . Dahlia
São das tais flores vindas directamente do universo do realismo fantástico, ainda um dia gostava de cultivar Dálias e saber mais sobre elas, não há dúvidas é que a sua criação é de inspiração solar.
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4 . Mirabilis jalapa L.
A flor da noite
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5 . Sedum sediforme
Nas dunas.
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6 . Hydrangea L.
As Hortênsias do meu jardim preferem florir na sombra, esta flor floresce aqui em Julho só para nos agradar, preferiria certamente locais mais frescos e húmidos como estes.
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7 . Carlina vulgaris
Os Cardos também sabem imitar o Sol.
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8 . Achillea ageratum
Na beiras das estradas.
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9 . Campsis radicans (Flamenco)
Na varanda. O Verão não era Verão sem elas.


terça-feira, 29 de julho de 2008

Florir


segunda-feira, 28 de julho de 2008

Caminhar


domingo, 27 de julho de 2008

Nas areias

Pancratium maritimum


Reconciliar o esplendor da vida e a angústia de viver, numa perpétua e sempre nova metamorfose, eis a dura tarefa do poeta.


Eugénio de Andrade
em "A Situação da Arte (inquérito junto de artistas e intelectuais portugueses)"

sábado, 26 de julho de 2008

Prados à séria


Il podere, originally uploaded by Frank Brauner.

Na Toscânia


Ciao!, originally uploaded by Frank Brauner.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

O Muro

Que é como quem diz... Não se passa nada.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Sonhar


Navegar


terça-feira, 22 de julho de 2008

Nadar


domingo, 20 de julho de 2008

Breve história de uma árvore

Ginkgo biloba
A história da vida desta árvore começa no Outono chuvoso e frio de 2006, mais precisamente no dia 27 de Outubro quando as sementes das grandes mães Ginkgo do Jardim das Amoreiras, andavam aos caídos....

Com a Primavera seguinte, nascem promessas de árvores, as sementes germinaram....
No Verão desse ano (2007), já com idade para viajar mudam-se para o campo, se as coisas corressem como era de esperar, lá para o início do Outono podiam se plantadas na sua morada definitiva. A verdade é que no fim do Verão as pequenas Ginkgo, aparentavam ainda muita imaturidade, ficaram por isso, mais um ano a viver na maternidade.

Este ano, no Outono, lá terá de ser.... As pequenas Ginkgos vão mesmo ter de fazer pela vida.


sexta-feira, 18 de julho de 2008

Algodão doce




Otanthus maritimus L.

As plantas que habitam a faixa costeira e particularmente as dunas, são dotadas de misteriosas técnicas de resistência. Alimentam-se - diria eu - quase exclusivamente de calor e de luz, não se lhes conhecem outros vícios, sobrevivem, desenvolvem-se e reproduzem-se, praticamente sem água, em solos onde aparentemente não existe qualquer matéria orgânica e nas mais violentas condições climatéricas. Esta capacidade excepcional de sobrevivência pode ser num futuro próximo muito útil ao homem e nem que seja para a estudar mais profundamente, convém preservar estas espécies que se têm vindo a revelar únicas e até capazes de produzir substâncias de grande utilidade.

Estas Cottonweed (de todos os nomes comuns é o inglês que mais gosto), ainda bastante comuns nas nossas dunas, são já espécie protegida na vizinha Espanha (por cá não tenho conhecimento de semelhante estatuto). Péssimista que estou em relação a estes assuntos, temo pela sua sobrevivência, é que apesar de todas as artimanhas que em milhares de anos de evolução desenvolveram para sobreviver em meios agrestes, não lhe foi atribuída nenhuma técnica eficaz de protecção contra veraneantes.

Aluar

Nas noites de lua cheia

Abardinar*

*A(bird)inar

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Passear

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Jardinar


Mergulhar


terça-feira, 15 de julho de 2008

Os Corvos



Aviso já que isto de fotografar os meus amigos Corvos nas suas vidinhas, não é tão fácil como fotografar os fardos de palha nas vidinhas deles. Não fosse a enorme capacidade que eles têm de me fascinar e não andasse eu tão desconfiada de que eles me andam a preparar alguma... Já há muito tinha desistido.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Animal Ferido


Faz da noite bosque:
acolhe
este animal ferido
de perguntas -
ajuda-me
a ser álamo contigo.
*
Eugénio de Andrade . "Obscuro Domínio"

domingo, 13 de julho de 2008

Prado


Prado , originally uploaded by contemplar.

Amoras Silvestres



Rubus fruticosus

As Silvas são uma praga. No Verão, quando porventura seria mais fácil acabar com elas.... As safadas enchem-se de flores e de pomessas apetitosas só para nos baralhar.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Se tu viesses ver-me...

Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...

(...)

Florbela Espanca . Charneca em Flor . 1930

quarta-feira, 9 de julho de 2008

O Verão anda por aí


O verão anda por aí, o cheiro
violento da beladona cega a terra.
Cega também, a boca procura
trabalhos de amor. Encontra apenas
o nó de sombra das palavras.

Eugénio de Andrade (do poema "Desde o Chão")

CaO

Óxido de cálcio (cal)

Porque é que se está a perder o hábito de caiar os muros?

terça-feira, 8 de julho de 2008

No Prado

Março . Junho . Julho
Há qualquer coisa de cenográfico no ritmo anual de um prado. A parte do meu jardim que eu mais gosto é o prado do vizinho do lado, espero que ele nunca deixe de cultivar, ceifar e enfardar o feno.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Um corrupio


Este chega à hora do pequeno almoço, as Águias passam por volta das onze, os Gaios fazem o voo picado da praxe lá para o meio dia, as Rolas dão sinal de vida à hora do calor quando descansam no topo dos pinheiros, por volta das 16.00 passa a Pega-rabuda, as Andorinhas vêm comer as moscas aí por volta das 18.45, os corvos aparecem impreterivelmente às 19.00 e partem para as suas vidas às 19.15, pouco depois chegam os morcegos e mais tarde canta o Noitibó e as Corujas, o Mocho pia depois da meia noite. Uma canseira!

domingo, 6 de julho de 2008

Dias grandes


sábado, 5 de julho de 2008

Os Corvos

Fomos recebidos pelos Corvos, acho que qualquer recepção, dadas as circunstâncias, - afinal é o início das férias grandes - seria apreciada, mas quatro Corvos imensos a darem-nos as boas vindas exactamente no momento em que saímos do carro.... Isto só pode significar que alguma coisa especial está para acontecer.
E o cheiro.... O cheiro do campo nas férias é muito melhor do que nos frenéticos fins-de-semana.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Mudar de ares

Avisam-se os interessados (caso eles existam) que este blog hoje muda de ares. De resto não muda mesmo nada (vai continuar a seca do costume). Esta é a nova sede, onde serão todos muito bem vindos.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Flor do dia



Lagunaria patersonii . Lisboa . Parque Eduardo VII . Hoje