sexta-feira, 14 de março de 2014

Sem imagens

Finalmente substituíram as árvores que tinham sido abatidas na minha rua. Para plantar as seis árvores que faltavam no meu quarteirão esteve no local durante um dia inteiro uma equipa com sete funcionários da CML e uma viatura pesada também da CML. 

O trabalho resumia-se a cavar as caldeiras (de onde anteriormente já tinha sido retirado os cotos), tirar as árvores da camioneta e colocar no buraco, tapar com terra, fixar um tutor e atar a árvore ao tutor. Tive oportunidade de assistir a quase todo o processo e, na qualidade de alguém que já plantou muitas árvores e que anda atenta às necessidades urgentes das árvores e dos jardins de Lisboa, lamento profundamente que os meios e o tempo da CML sejam utilizados com tanta leviandade e com tanta falta de método. 

E o resultado final nem sequer é um "upgrade" no lugar onde estavam magníficas Nogueiras, que apenas pediam cuidados e atenção, estão agora umas absolutamente raquíticas Koelreuteria paniculata, espécie muito mais desinteressante. 

E, para acabar este desabafo, ninguém naquela malfadada CML se lembrou que as árvores depois de serem plantadas nesta altura do ano precisam absolutamente de rega, por isso é que habitualmente se planta durante a época das chuvas e não exactamente quando parou de chover. 

3 comentários:

josé luís disse...

acredite no que lhe digo, que há muito percebi o que são os autarcas portugueses: o destino das árvores em lisboa vai ser idêntico ao da calçada portuguesa.

Rosa disse...

Acredito. As árvores são muito perigosas e têm folhas que fazem uma grande porcaria, uma maçada!

josé luís disse...

...e os idosos escorregam nas folhas caídas, e quedas aparatosas em esqueletos fragilizados não é coisa com que se brinque; para além da sombra que as árvores fazem, que impedem a penetração dos raios solares até à pele da população, que assim fica privada de sintetizar vitamina d… e é assim: os triunfos da osteoporose e da hipovitaminose só serão evitados com nogueiroses generalizadas.