Entre rosas
(as minhas Pierre Ronsard floriram três vezes este ano)
Quero acabar entre rosas, porque as amei na infância.
Os crisântemos de depois, desfolhei-os a frio.
Falem pouco, devagar.
Que eu não oiça, sobretudo com o pensamento.
O que quis? Tenho as mãos vazias,
Crispadas flebilmente sobre a colcha longínqua.
O que pensei? Tenho a boca seca, abstracta.
O que vivi? Era tão bom dormir!
Álvaro de Campos
2 comentários:
parabéns pela tripla floração ;)
Obrigada, mas o mérito foi todo delas, nem precisaram de treinos.
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