domingo, 30 de setembro de 2007

Rosmaninho


Lavandula stoechas subsp. luisieri

Um comentário ao post anterior fez-me procurar nas fotografias antigas estas imagens dos Rosmaninhos que nascem espontaneamente no meu jardim. Apesar de serem plantas muito populares e comuns, Rosmaninho, Lavanda, Alfazema, Rosmarinus.... A verdade é que eu até há pouco tempo baralhava isto tudo.

Primeiro vamos colocar já de parte o Género Rosmarinus, pode fazer alguma confusão com o nome comum Rosmaninho mas refere-se ao vulgarmente conhecido Alecrim.

Outra confusão comum é a de chamar Alfazema ao Rosmaninho, a verdade é que ambos são nomes comuns dados a plantas do género Lavandula, este género tem muitas dezenas de espécies que em Inglês são basicamente conhecidas por Lavender e em França, onde chegam a ser atracção turística, são simplesmente chamadas de Lavande. Mas nós por cá tínhamos de complicar isto e sendo assim, estas Lavandula stoechas cuja particularidade é as flores serem coroadas com um elegante penachinho digno do grande chefe sioux, são conhecidas como Rosmaninho, as restantes espécies - e essas ficam para outro dia- são as Alfazemas. A coisa complica-se mais um bocadinho quando os Rosmaninhos recebem ao longo do nosso país outros nomes como: Rasmoninho; Rasmono; Rosmano; Tonelo; Arçanhas, Arçã.

Mas vamos ao que interessa. Os da fotografia são os bravos Rosmaninhos do meu jardim, nascem e crescem espontânea e desordenadamente no pinhal, florescem ano após ano quando lhes apetece, são pisados quando calha, não recebem nenhum tipo de cuidados mas nunca me desiludem. Os do post anterior, são elegantes híbridos comprados (ao preço do ouro) num viveiro, prometem uma floração curta mas abundante, têm uma cor espantosa, são elegantíssimos, mas estão condenados a morrer em breve, não me perguntem porquê?

3 comentários:

teresa g. disse...

Provavelmente porque os parentais não se adaptariam tão bem a esses solos como os locais, logo o híbrido também não. E quando se seleccionam plantas pela floração abundante a rusticidade normalmente fica para trás! Os híbridos são mesmo assim! Além de que a maioria deles são seleccionados na Austrália, Nova Zelândia (que vieram cá buscar os parentais!) Inglaterra e outros países do norte da Europa em que além das condições do solo também as de clima são diferentes das nossas.

Se quiser saber um pouco mais sobre a classificação do género Lavandula pode dar uma espreitadela aqui: http://www.thelavenders.org/ é muito mais complicada do que pensamos e também me parece que não seja muito concensual, uma vez que já vi classificações diferentes.

As fotos estão lindíssimas!

Tozé Franco disse...

Belíssimas fotografias.
Obrigado pelo texto, pois sou um absoluto ignorante no que à botânica diz respeito.

Terpsichore Diotima (lusitana combatente) disse...

Assim é que se ve como é linda a planta embora a primeira vista nao pareza primar pela beleza.
Cpts