Dois tristes Teixos
Taxus bacatta . Lisboa - Marquês de Pombal
Algumas árvores mesmo sem terem dimensões ou idades veneráveis, merecem o estatuto de árvores A VENERAR. Tratar com desprezo uma árvore a venerar, devia ser punido por lei. Uma árvore a venerar não pertence apenas às gerações de homens que as semeiam, plantam e cuidam, uma árvore a venerar é uma árvore que pertence a muitas, muitas gerações, são árvores com vidas longas, algumas chegam a viver milhares de anos e isto só é possível se os homens, pelas vidas dos quais elas generosamente passam, as venerarem verdadeiramente.
O Teixo é uma árvore a venerar, infelizmente poucos o fazem e por isso cada vez é mais raro encontrar um Teixo venerável.
No Parque Eduardo VII existem dois Teixos, provavelmente um “casal” (a espécie é dióica). Salta à vista que estes dois Teixos são árvores infelizes e desprezadas. Houve alguém que um dia, se deu ao trabalho de escolher cuidadosamente, talvez mesmo semear, um “casal” de pequenos teixos, plantou-os, cuidou deles, e partiu com a certeza de que tinha feito algo de útil para as próximas gerações. Com que direito aqueles que herdam a responsabilidade de tratar destes dois teixos os fazem infelizes.
Algumas árvores mesmo sem terem dimensões ou idades veneráveis, merecem o estatuto de árvores A VENERAR. Tratar com desprezo uma árvore a venerar, devia ser punido por lei. Uma árvore a venerar não pertence apenas às gerações de homens que as semeiam, plantam e cuidam, uma árvore a venerar é uma árvore que pertence a muitas, muitas gerações, são árvores com vidas longas, algumas chegam a viver milhares de anos e isto só é possível se os homens, pelas vidas dos quais elas generosamente passam, as venerarem verdadeiramente.
O Teixo é uma árvore a venerar, infelizmente poucos o fazem e por isso cada vez é mais raro encontrar um Teixo venerável.
No Parque Eduardo VII existem dois Teixos, provavelmente um “casal” (a espécie é dióica). Salta à vista que estes dois Teixos são árvores infelizes e desprezadas. Houve alguém que um dia, se deu ao trabalho de escolher cuidadosamente, talvez mesmo semear, um “casal” de pequenos teixos, plantou-os, cuidou deles, e partiu com a certeza de que tinha feito algo de útil para as próximas gerações. Com que direito aqueles que herdam a responsabilidade de tratar destes dois teixos os fazem infelizes.
Teixo feliz . Paris - Montmartre
1 comentário:
Parece que estão a fazer o possível para tirar sistematicamente a beleza de Lisboa. Que gente tão tonta e tapada de entendimento e sensorialidade tem surgido `s catadupas nos últimos anos por toda a parte.
É mais do que evidente que as árvores são seres sencientes, dotados de conhecimento, e dadores de conhecimento para quem as sabe ver e amar.
A mim enraivece-me que vão destruindo ou descuidando tudo o que fazia de Lisboa uma cidade fundada na beleza viva.
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