segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
sábado, 29 de janeiro de 2011
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Metamorfoses
Glauco nasceu um pescador mortal. Descobrindo acidentalmente uma erva mágica que conseguia trazer os peixes que apanhava de volta à vida, decidiu experimentá-la em si mesmo. Após provar a erva, Glauco tornou-se imortal, mas também criou barbatanas e cauda de peixe, o que o forçaria a viver o resto da sua existência na água. Apesar de insatisfeito com esse efeito colateral, Glauco foi recebido por Oceano e Tétis com as honras das divindades, das quais aprenderia a arte da profecia.
Glauco apaixonou-se por Cila, uma bela ninfa, mas não foi correspondido: a ninfa sempre se afastava da água quando ele tentava aproximar-se, assustada pela sua aparência. O deus recorreu então ajuda à feiticeira Circe, pedindo-lhe que preparasse uma poção que fizesse que Cila o amasse. Porém, estando a própria bruxa já apaixonada por ele, tentou dissuadi-lo com palavras afetuosas. Ele, contudo, afirmou que árvores cresceriam no fundo do mar e algas no cimo das montanhas antes que ele deixasse de amar Cila.
Enfurecida, Circe enfeitiçou a fonte em que Cila se banhava, para que esta se tornasse um monstro de doze pés e seis cabeças. Então, quando Cila finalmente entrou na fonte, viu serpentes na água. Tentando fugir, deu-se conta de que as serpentes eram na verdade o seu próprio corpo. A ninfa foi chorar a Glauco, que a recusou devido à sua aparência terrível. Circe esperou a visita do deus, mas ele, sabendo ter sido obra dela, não a perdoou pela crueldade.
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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
Tempo Livre
numa tarde de domingo, em Hyde Park, ou
numa tarde de domingo, no jardim do Luxemburgo, ou
num parque qualquer de uma tarde de domingo
que até pode ser o parque Eduardo VII,
deitas-te na relva com o corpo enrolado
como se fosses uma colher metida no guarda-
napo. A tarde limpa os beiços com esse
guardanapo de flores, que é o teu vestido
de domingo, e deixa-te nua sob o sol frio
do inverno de uma cidade que pode ser
Nova Iorque, Londres, Paris, ou outra qualquer,
como Lisboa. As árvores olham para outro sítio,
com os pássaros distraídos com o sol
que está naquela tarde por engano. E tu,
com os dedos presos na relva húmida, vês
o teu vestido voar, como um guardanapo,
por entre as nuvens brancas de uma tarde
de inverno.
Posted by Rosa * 21.1.11 2 comments
Labels: Domingo
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Dois jardins
Porque de certa forma se complementam, o plano é começar em Knole e descer até Sissinghurst. Entre os dois tudo pode acontecer e aceitam-se sugestões.
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Labels: "a visitar"
sábado, 15 de janeiro de 2011
O Salgueiro Frágil
That shows his hoar leaves in the glassy stream;
(...)
Clambering to hang, an envious sliver broke;
When down her weedy trophies and herself
Fell in the weeping brook.
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quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Mais uma árvore abatida porque, segundo alguns, estava "mal formada"
Posted by Rosa * 12.1.11 6 comments
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
Enjoy
Remember that the most beautiful things in the world are the most useless: peacocks and lilies, for instance.
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terça-feira, 4 de janeiro de 2011
Aventureiros mas pouco rigorosos
Com a palavra "Índia" os Portugueses do sec. XVI designavam não só a Península Indostânica mas todo o mundo oriental, desde o cabo da Boa Esperança até ao Japão e aos arquipélagos do Pacífico.
J. H. Saraiva
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Flor do Mar
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domingo, 2 de janeiro de 2011
Liberdade
Ai que prazer
não cumprir um dever.
Ter um livro para ler
e não o fazer!
Ler é maçada,
estudar é nada.
O sol doira sem literatura.
O rio corre bem ou mal,
sem edição original.
E a brisa, essa, de tão naturalmente matinal
como tem tempo, não tem pressa...
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto melhor é quando há bruma.
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
E mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças,
Nem consta que tivesse biblioteca...
Fernando Pessoa
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Labels: Fernando Pessoa, Poesia