Saber da Poda

"Muitos dos nossos podadores Vêem nesta prática apenas uma finalidade estética, uma questão elementar de decência. Ela torna a árvore mais apresentável e graciosa, domestica a ramaria revolta, dá à planta o ar inocente de criança bem comportada, inveja dos vizinhos e dos amigos. Esquecem-se, assim os objectivos fisiológicos da poda, os únicos que interessam à economia da exploração fruteira.

Palavras do mestre Vieira da Natividade.(...)"
Via . Jardinagem.org

Goivos e Camélias

Matthiola incana . Camellia

— Já assinou o meu livro?
— Ainda não.
— Nem assine. Quero dar-lhe um volume. Sai brevemente. Estou recolhendo as assinaturas. Goivos e Camélias; que lhe parece o título?
— Magnífico.
— Achei-o de repente. Lembraram-me outros, mas eram comuns. Goivos e Camélias, parece que é um título distinto e original; é o mesmo que se dissesse: tristezas e alegrias.
— Justamente.

Machado de Assis . "Histórias da Meia-Noite - Aurora sem Dia"

Volto já

Volto com os primeiros Jacarandás. Até lá.

Saudades

Popular e Optimista

Inverno de neve, ano de pão.

Via Jardinagem.org 

Um tesouro no fim do mundo

The Svalbard Global Seed Vault

Árvore

A Hibernar

what a wonderful world wide web

O Google Earth disponibiliza imagens em ultra-alta resolução de obras-primas expostas no Museu do Prado, vá lá, estes são só alguns bocadinhos do "Jardim das Delícias Terrenas" do Bosch, Espantoso!

Entre as Árvores

Tree Study é um conjunto de mais de duzentas fotografias (anónimas) de árvores (anónimas) - quase todas felizes - só isso. Vale a pena o passeio, até porque por cá estas imagens são cada vez mais raras. 

Aqui o slideshow .

Poladroiding

Divirtam-se

Repetição

Algumas horas separam estas duas imagens, uma é habitada e a outra não. Tudo o resto se mantém inalterado.

Quando eu me começar a repetir avisem-me por favor. Não há nada mais triste.

No Inverno

Moss (Musgo)

moss, originally uploaded by 

kazushi hirota.

É isto que eu adoro no meu site preferido - O Flickr -, viajar... Andava eu para aqui no meu canto, encantada com os Musgos que nesta altura do ano estão particularmente esplendorosos e a perguntar-me (a quem havia eu de perguntar uma coisa tão parva), porque é que ninguém liga nenhuma a umas plantas tão bonitas e com uns hábitos tão estapafúrdios? Sim - respondi-me - os musgos são criaturinhas para - entre outras coisas - interromper a vida durante dezenas de anos e retomá-la de seguida como se nada fosse... Adiante, a verdade é que em poucos minutos no Flickr vim descobrir que estava enganada, afinal existem muitos mais - vá lá - adoradores de Musgos do que eu imaginava possível. No Japão os Jardins de Musgo, lugares onde a verde intervenção do Musgo não é obra do acaso como por cá,  são uma enorme atracção turística, e fazem-se mesmo exposições de diferentes tipos de Musgos classificados por ordem de importância.

Música de fundo

Irritam-me as pessoas que confundem a natureza com o seu estado de espírito - principalmente quando são pobres de espírito - acho constrangedor e superficial. 

Sei do que falo porque tenho o irritante hábito de ficar só por aí.

A despropósito (ou talvez não), assustam-me os blogs com música de fundo.

No Inverno

Mignon

Lithospermum diffusum . Scilla monophyllos      

As flores da época são pequeninas, muito pequeninas, talvez porque a concorrência não é grande. Para as ver como deve ser é preciso andar de olhos bem abertos e de preferência rentes ao chão, pode não ser particularmente confortável, mas vale muito a pena porque uma vez focadas, são umas verdadeiras joias.

O Tempo...

Esse grande jardineiro.

Perdidos na Linha

Acho piada aos bloguistas quando lhes dá para criticar a blogosfera (detesto esta palavra mas serve bem para aqui), é sinal - das duas, uma - ou de que estão fartos, ou de que perderam o fio à meada. Compreende-se, não é fácil justificar racionalmente o tempo que aqui se gasta.

No Inverno

O verde sabe bem...

Do We Consume Too Much?

Se calhar vale a pena ler isto... Um texto já com 12 anos actualíssimo assinado por Mark Sagoff

The idea that everything is for sale and nothing is sacred - that all values are subjective - undercuts our own moral and cultural commitments, not just those of tribal and traditional communities. No one has written a better critique of the assault that commerce makes on the quality of our lives than Thoreau provides in Walden. The cost of a thing, according to Thoreau, is not what the market will bear but what the individual must bear because of it: it is "the amount of what I will call life which is required to be exchanged for it, immediately or in the long run."

Many observers point out that as we work harder and consume more, we seem to enjoy our lives less. We are always in a rush -- a "Saint Vitus' dance," as Thoreau called it. Idleness is suspect. Americans today spend less time with their families, neighbors, and friends than they did in the 1950s. Juliet B. Schor, an economist at Harvard University, argues that "Americans are literally working themselves to death." A fancy car, video equipment, or a complex computer program can exact a painful cost in the form of maintenance, upgrading, and repair. We are possessed by our possessions; they are often harder to get rid of than to acquire.

No Inverno

Flores de Maio (Mayweed) em Janeiro! A natureza tem destas coisas, mas nestes casos, prefiro não as identificar e chamar-lhes apenas surpresas no Inverno.

A Uma Árvore

Árvore
Quando eu morrer hás-de ficar.
Hás-de ver o passar doutras Estações.
Hás-de ouvir as canções
De uns outros ninhos, noutras Primaveras.
Junto de ti, meu filho há-de sonhar
Minhas antigas, fúlgidas quimeras.

Árvore
Quando eu morrer, hás-de falar
De mim, que te plantei.
E, em cada ramo novo que brotar,
Serás um gesto meu a perdurar:

- Por ti, não morrerei …

Francisco Bugalho

Sobreiro

Quercus suber

Troncos rugosos, mas sãos,
Ásperos, sim, mas generosos,
Todos, na desgraça, irmãos,
Dos maus Invernos ventosos
E dos verões, sem pinga d’água.

Francisco Bugalho . do poema "Montado Velho"

Então?

Como é que ninguém se lembrou de me oferecer este livrinho no Natal? 

O livro pode ser adquirido na sede da LAJB*, às segundas-feiras, entre as 15 h e as 19 h. Preço de venda ao público: 8 euros. (às segundas, só? Os amigos do Botânico que me perdoem, mas isso é pensar pequenino...Adiante). Nunca o vi mas estou curiosa. Na capa, uma das meninas dos olhos do Jardim Botânico: O Geranium maderense, um endemismo da ilha da Madeira que - absurdamente - é quase desconhecido dos Portugueses e raro nos nossos jardins.

*LIGA DOS AMIGOS DO JARDIM BOTÂNICO

Rua da Escola Politécnica, 58
1250-102 Lisboa

Os Simples

Janeiro  .  Maio

Tropaeolum majus

Nomes comums: Chagas, Mastruco-do-peru, Capuchinha, Agrião-do-México, Agrião-grande-do-Peru, Agrião-maior-da-India, Capuchinha-de-flores-grandes (Brazil), Capuchinha-grande, Chaga seca, Chagas-de-Cristo, Chagas-de-São-Francisco, Cinco chagas, Flor-de-chagas, Nastúrio.

OS SIMPLES:(Do lat. simplice, por via popular) Natural, espontâneo. Qualquer erva com actividade medicamentosa comprovada ou suposta.

Getting real

Cada vez me irrito mais com aquela enorme parte de mim que acredita que a vida é uma coisa bonita.