segunda-feira, 30 de novembro de 2009

O jardim nunca mais será o mesmo

Fui ao Jardim do Príncipe Real (ou ao que dele resta) aquilo parece um palco de guerra, não há o direito de tratar assim um jardim como aquele.

sábado, 28 de novembro de 2009

Sobre os dias que passam



"Au milieu de l'hiver, j'ai découvert en moi un invincible été. "

Albert Camus

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

O jardim nunca mais será o mesmo




(Este Sr. Sá Fernandes devia era ser zelador da moral e bons costumes do arvoredo)

O jardim nunca mais será o mesmo




Jardim do Príncipe Real


Dos números, das dúvidas, das certezas, das mentiras e das árvores que se querem normalizadas...

O Jardim do Príncipe Real perdeu nestes últimos dois dias 38 árvores...

38!?


O único comunicado da CML (entidade responsável pela "requalificação" do jardim) referia:
"Estão previstas operações de recuperação do coberto arbóreo e a substituição de alguns maciços já envelhecidos e deformados"

Ontem:


Afinal em quantas árvores abatidas é que ficamos? Que coisa mais estapafúrdia é essa de "árvores deformadas"? As árvores, nos jardins de Lisboa, agora também vão ser normalizadas, como a fruta nos hipermercados? 


As 38 árvores não estavam doentes, disso tenho eu a certeza!


E mais não digo porque o Jardim do Príncipe Real é um jardim muito meu e o amor é cego e vou ter de continuar a gostar dele apesar de todos os disparates que por lá andam a fazer. 




quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Porque as árvores do Príncipe Real não podem agradecer...

Obrigada Tiago pela preocupação
Aguardamos uma resposta.

Treze Tílias (Dreizehnlinden)

É uma cidade no Brasil.

What makes this town different from others created by Germans is that it was founded by Austrians from Tyrol. In Treze Tílias, both the Portuguese language and the Southern Austro-Bavarian dialect of Austrian German are spoken. The town has characteristics of the Tirol. The economy of Treze Tílias is based on agriculture, tourism, and woodworking.
O mundo é uma aldeia, o Brasil é um mundo e as Tílias são, provavelmente, as árvores mais bonitas do mundo.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Um amor e uma cabana





segunda-feira, 23 de novembro de 2009

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Uma árvore bonita



Em Portalegre (Rossio - Av. da Liberdade)
Será que ainda existe?
Será este? Deve ser!
Claro, é o Plátano de Portalegre.

London Plane


Platanus × acerifolia

Castanheiro da Índia


Aesculus hippocastanum

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Alameda de Plátanos de Colares em Risco

Eu tirei o ponto de interrogação, podar uma árvore é sempre um risco, e a mim desagrada-me que estas árvores tenham de correr esse risco.

Jacques Wirtz



Um bocadinho da série da BBC "Around The World In 80 Gardens" onde se podem ver as sebes do Jacques Wirtz, para mim as sebes mais bonitas do mundo. Adoro quando Wirtz fala no prazer que sente com o seu jardim, aquilo é a felicidade.

O Jardim do Monet, não me interessa nada.

Luz complicada hoje



Eu as árvores e a luz. Há dias em que não chegamos a nenhum acordo, o resultado é este.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Coração é terra que ninguém vê

Quis ser um dia, jardineira
de um coração.
Sachei, mondei - nada colhi.
Nasceram espinhos
e nos espinhos me feri.

Quis ser um dia, jardineira
de um coração.
Cavei, plantei.
Na terra ingrata
nada criei


(...)


CORA CORALINA

domingo, 15 de novembro de 2009

Sobre os dias que passam


Sobre a vida

Ela (quando eu estacionava o carro) - Está ali outro lugar...
Eu - (....)
Ela - Ouviu o que eu disse?
Eu (sem ligar muito) - Claro.
Ela - Então e porque é que estacionou aqui se havia outro lugar?
Eu - Escolhi este, escolher é uma coisa complicada mas faz parte da vida, não conseguimos viver sem escolher, hás de reparar que na vida....
Ela - Eu não lhe perguntei nada sobre a vida, já chega.

sábado, 14 de novembro de 2009

No Prado






Que Deus faça de mim, quando eu morrer,
Quando eu partir para o País da Luz,
A sombra calma dum entardecer,

Florbela Espanca

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

As Estrelas, o mar, os homens e os livros



Em Fevereiro passado, milhares de estrelas-do-mar deram à costa numa praia irlandesa, há poucos dias, voltou a acontecer algo muito semelhante aqui.

Desconfio que as as estrelas-do-mar andam a querer dizer alguma coisa.

E como uma coisa leva a outra e a memória é uma coisa mirabolante, lembrei-me de dois livros do Steinbeck: "Cannery Row"  ("O Bairro da Lata") e "Sweet Thursday", lembrei-me do Nick Nolte no filme que tem o nome do primeiro livro e mais especificamente do inesquecível Doc, Um biólogo marinho atípico (não porque eu tenha alguma ideia do que possa ser um típico biólogo marinho) que - lá está - estuda as estrelas-do-mar, as fobias e as apoplexias que acredita existirem nos polvos, a instabilidade do plâncton, ao mesmo tempo que lida com as suas angústias e a sua vida, com a sensibilidade fora do comum que Steinbeck descreve assim no início do seu "Sweet Thursday".

In the late night Doc might be working at his old and battered microscope, delicately arranging plankton on a slide, moving them with a thread of glass. And there would be three voices singing in him, all singing together. The top voice of his thinking mind would sing “ What lovely particles, neither plant nor animal but somehow both- the resevoir of all the life in the world, the base suply of food for everyone. If all of these should die, every other living thing might well die as a consequence”, The lower voice of his feeling mind would be singing “ What are you looking for, little man? Is it yourself you’re trying to identify?Are you looking at little things to avoid big things?” And the third voice, which came from his marrow, would sing, “_Loneseme! Lonesome! What good is it? Who benefits? Thought is the evasión of feeling. You’re only walling up the leaking loneliness”.

Como acontece com todas as grandes personagens, Doc é inspirado (neste caso particular pode-se mesmo dizer que é decalcado) de uma personagem igualmente fascinante, mas real, que marcou profundamente Steinbeck: Ed Ricketts (Edward Flanders Robb Ricketts 1897–1948) também ele estudou a vida marinha de uma forma especial, foi um daqueles homens que viveu antes do seu tempo, um precursor da ecologia, um visionário, um filósofo, um apaixonado por poesia. Não sei se alguma vez estudou as estrelas-do-mar, mas acredito não perderia esta oportunidade para o fazer e para com tudo isto nos ensinar mais sobre a vida.


quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Outono



Meados de Novembro, os Liquidambar e os Castanheiros da índia mais vestidos de verde do que seria natural.

Há um ano...

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

domingo, 8 de novembro de 2009

Do conhecimento da natureza

Jorge de Sena no prefácio de " O Velho e o Mar" escreve:
"O mar e a sua fauna vivem esplendorosamente nestas páginas (...). Mas vivem sem a mínima poetização panteísta, sem a mínima deliquescência antropomórfica. Vivem. São."
Não sem antes referir, aquilo que - segundo ele - faz com que um escritor consiga fazer da natureza, Ser.
"um conhecimento profundo, de todas as horas, de todos os momentos, dir-se-ia que da mínima tonalidade da luz, como do mais comum gesto de uma espécie animal, conhecimento que na literatura contemporânea só Hemingway possuirá tão despreconceituosamente." 

sábado, 7 de novembro de 2009

Dormir no Jardim da estrela!?

Lamento, mas eu acho isto uma tremenda patetice. E não pretendo explicar porquê.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Florestas a visitar



Fôret de Soignes, 1993
Fotografia de Hugues de Wurstemberger
*

De mim para mim...

Hoje escapou-se-me mais um arco-íris lindo de morrer, não me posso esquecer de sair de casa com a máquina de apanhar arcos-íris lindos de morrer.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Outono

Há Outonos que não se esquecem, passam, sim. Dão lugar a longos Invernos, desiludidos, tristes, zangados. Salva-nos a Primavera de sempre, redentora, luminosa, capaz de envergonhar o mais inesquecível dos Outonos, e o Verão, ah o Verão! Não há Verão que não nos faça rir de um Outono inesquecível, desprezá-lo até. Mas é inevitável, o Outono chega sempre mais uma vez e entranha-se o medo, medo que seja desta que não se vai mais embora, é o Outono a trair a Primavera, ninguém trai a Primavera tão bem como o Outono. Há Outonos que não se esquecem, passam-nos.

Misread


segunda-feira, 2 de novembro de 2009