sábado, 31 de maio de 2014

Em Outubro de 1888 ... e hoje



A propriedade de Monserrate, tão célebre pelas festas principescas que no princípio do século aí deu William Beckford, como pelo quási lúgubre encerro em que hoje a sequestra da convivência social o Sr. Frank Cook, Visconde de Monserrate, seu actual possuidor, vai-se alastrando cada vez mais, ameaçando absorver tudo, porque o Sr. Cook embirra de avistar das suas janelas uma copa de pomar, um muro de quinta, ou um telhado de casa, a que ele não possa mandar dar pelo seu arquitecto, pelo seu decorador ou pelo seu jardineiro, a linha e a cor mais adequada para pôr a paisagem circunstante em harmonia com os princípios da sua estética ou com os caprichos do seu temperamento.

Ramalho Ortigão . " As Farpas"



quarta-feira, 28 de maio de 2014

Era uma vez um Jardim

Onde querem construir um parque de estacionamento subterrâneo. Está explicado o abate das árvores.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Uma questão de escala


 Ophrys apifera Huds.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

E esta ...


Aqui no blogue chamava-lhe favorita e tinha o hábito de a fotografar todos os dias talvez porque soubesse que a sua beleza não podia durar para sempre. Hoje abateram-na, não sei dizer racionalmente se a deviam ter salvo ou recuperado depois de, num dia ventoso, ter perdido um ramo importante, sei apenas que esta Tília me vai fazer falta.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Granizo?!

Oi, atenção aí em cima! Eu só tinha pedido uma chuvinha para regar o jardim.

Uma estreia

 Ixia

Ando encantada com as Ixias que plantei pela primeira vez este ano. Sabia que eram bonitas mas nunca imaginei que fossem flores tão insinuantes. 



segunda-feira, 19 de maio de 2014

A propósito de um pesegueiro

(...)as árvores são caras. Caríssimas. Para mim, o preço de uma árvore era o preço de um caroço semeado na terra. Parece que não. No mundo real, aquele em que os adultos obrigam as crianças a viver, as árvores são objectos caros. Custa-me compreender isto. As árvores deviam ser oferecidas a quem as quisesse plantar e se oferecesse para cuidar delas para a vida. É uma grande responsabilidade. E às grandes responsabilidades o dinheiro não chega, vale-lhes apenas o carinho e as emoções positivas com que todos os humanos nascem dentro do peito.

domingo, 18 de maio de 2014

Confesso que voei



(...)
Voar foi sempre o mais útil
dos meus gestos inúteis.




Uma questão de escala




sexta-feira, 16 de maio de 2014

Vana a floresta de papel



To achieve this, the team developed a series of algorithms that mimic the veins found in leaves.
"When the leaf grows, the veins develop with it in order to reach each cell on the surface of the leaf and supply them with nutrients," said Christoph Klemmt, one of the founders of Orproject.
"Also when a tree grows, it tries to get an exposure of each leaf to the sunlight, so a similar mechanism drives the branching of the tree," he explained. "We wrote a computer algorithm to simulate this development, in order to grow architecture.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Aquietação

Fotografia de Seamus Murphy

Na aula de yoga ...

aprende-se que aquietação é assimilação.

Coisas de Maio

*

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Ainda à volta da columbina


Aquilegia chrysantha

Só isto


I believe in pink. (Audrey Hepburn)


segunda-feira, 12 de maio de 2014

O retrato de um cheiro

Pelargonium citronellum
Há plantas que não podemos apreciar devidamente se não tivermos a oportunidade de as cheirar. Esta é uma delas

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Uma lição de discrição e recato

 Tuberaria guttata

Sou uma jardineira preguiçosa a verdade é essa, sendo assim aproveito todo o trabalho que a natureza faz por mim. A chuva é a melhor das regas, o sol o melhor dos revigorantes, as folhas mortas depois de naturalmente decompostas são o melhor dos adubos e, como não podia deixar de ser, as flores espontâneas são as mais apetecidas num jardim onde se contempla mais do que se trabalha.

Mas não se julgue que isto de caçar e chamar a um jardim flores espontâneas é tarefa fácil, ao contrário das flores domesticadas que vivem para se exibir e receber mimos dos jardineiros, as flores espontâneas vêm ao mundo apenas com a missão de perpectuar a espécie e, obviamente, não se dão nada bem com os jardineiros que, a maior parte das vezes, lhes chamam ervas-daninhas e tudo fazem para acabar com a sua raça. Por estas e por outras quando estas bravas entram num jardim fazem-no discretamente e dá muito trabalho convencê las a ficar. 

A pequena Tuberaria guttata, uma das mais bonitas visitantes espontâneas do meu jardim é a grande especialista em passar desapercebida, custa acreditar nisto quando olhamos para estas fotografias que mostram uma flor de cores berrantes e forte contraste mas estas plantas têm a floração mais fugaz que eu conheço o que faz delas uma flor difícil de ver, as flores duram apenas breves horas, abrem de manhã e no início da tarde se as procurarmos já só conseguimos encontrar as suas pétalas caídas pelo chão (quando o vento não as leva), nessas breves horas de existência esta flor consegue, calculo, resolver  sem dificuldade o assunto da polinização e garantir a produção de sementes para o próximo ano. Diz quem sabe que em situações de crise (seja lá isso o que a Tuberaria quiser) esta menina é mesmo capaz de produzir sementes sem abrir as flores, cleistogamia chamam-lhe os entendidos.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Micro dramas de uma hortelã

Desconfio que as formigas roubaram as sementes dos rabanetes.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Ervilhas de cheiro

Lathyrus odoratus



Na horta


Solanum melongena

Esperam-se, se tudo correr bem, beringelas lá mais para o Verão.

terça-feira, 6 de maio de 2014

Golden columbine

 Aquilegia chrysantha
Uma americana feliz no meu jardim.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

domingo, 4 de maio de 2014

Dias com faias

Fagus sylvatica

A minha mais nova


Fagus sylvatica purpurea