Voz e aroma
A brisa vaga no prado,
Perfume nem voz não tem;
Quem canta é o ramo agitado,
O aroma é da flor que vem.
A mim, tornem-me essas flores
Que uma a uma eu vi murchar,
Restituam-me os verdores
Aos ramos que eu vi secar
E em torrentes de harmonia
Minha alma se exalará,
Esta alma que muda e fria
Nem sabe se existe já.
Almeida Garrett
1 comentário:
Nos galhos que se acham mortos
Rompem-se flores desabrochadas
Que na alma muda e fria do poeta,
Novas chamas se vejam debruadas.
Com um ramo de :-)
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