segunda-feira, 30 de julho de 2007
domingo, 29 de julho de 2007
Os simples
Já no Sec. XVI Garcia de Orta as conhecia por - Os Simples- dedicou-lhes mais de trinta anos da sua vida e deu-lhes o protagonismo nos seus Colóquios.
"O maior elogio que podemos fazer às práticas médicas de Garcia de Orta - e não é pequeno- é o de serem simples, terra a terra, sem sombra ou vestigios de sobrenatural."
Conde de Ficalho em Garcia da Orta e o seu tempo (1886)
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quinta-feira, 26 de julho de 2007
Jardim Irregular
Parecem ter medo da polícia...
Mas tão boas que florescem do mesmo modo
E têm o mesmo sorriso antigo
Que tiveram para o primeiro olhar do primeiro homem
Que as viu aparecidas e lhes tocou levemente
Para ver se elas falavam...
Posted by Rosa * 26.7.07 3 comments
Labels: Fernando Pessoa, Poesia
quarta-feira, 25 de julho de 2007
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terça-feira, 24 de julho de 2007
Ler
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domingo, 22 de julho de 2007
sábado, 21 de julho de 2007
sexta-feira, 20 de julho de 2007
Viver para florir
Agave americana L. a florir
Agave; Aloé-dos-cem-anos; Cacto-dos-cem-anos; Piteira; Piteira-brava; Piteira-de-boi
As Piteiras não são cactos, são plantas aparentadas com os Lírios e as Amarilis, as suas folhas são constituídas pelas fibras vegetais mais resistentes que existem, o sisal é extraído de uma Agave (Agave sisalana). A Piteira vive para armazenar nas suas folhas os nutrientes necessários para um único florir que é a sua morte.
E agora que tal um djembé de piteira?
Posted by Rosa * 20.7.07 6 comments
quinta-feira, 19 de julho de 2007
Desculturados
Pinheiro Chagas em Tristezas a Beira-Mar (1866)
Neste local, a Ericeira, em que ainda hoje todas as atenções estão viradas para “o mar solitário, imenso (...) às vezes sinistro, sempre melancólico” que referia P. Chagas, a paisagem circundante tem sido desprezada e por muitos descrita como árida e inútil. Em 1876 Ramalho Ortigão na obra As Praias de Portugal refere: “A pobre vila de Mafra (...) constrangida entre o mar e três léguas de terreno inútil (...)” já quando fala da Ericeira que na altura tinha 700 fogos, especifica que: “Em duas casas chegou a avistar alguns livros: caso extraordinário e raríssimo em Portugal, onde nas pequenas casas da província o livro é um objecto de luxo que ninguém se permite (...)" Curiosidade que justifica da seguinte forma: “A existência desta inclinação artística que nos Surpreendeu na Ericeira procede talvez da educação que os marítimos adquirem nas viagens, reunida à natureza especial do solo, que pela sua aridez em torno da vila obriga o viajante a recolher-se e a procurar no interior da sua casa as distracções que o campo e a paisagem não lhe facultam.”
É cada vez mais desoladora a paisagem que circunda a Ericeira, estas terras que Ramalho Ortigão adjectivou de inúteis, revelaram-se de grande utilidade para um novo tipo de actividade, totalmente selvagem e imoral, a construção civil. Afinal deu poucos frutos o “hábito tão moralizador da leitura aos serões” que o escritor pensa ter por cá ter encontrado no sec XIX.
Fernando Namora em 1988 no seu livro de crónicas Jornal sem data, descreve uma visita à Ericeira em que se apercebe que já pouco ou nada resta da “Minha Ericeira de tantos Verões(...) Como se os habitantes da vila tivessem sido expulsos por bárbaros invasores e destruídos os sinais da sua antiga presença. A Ericeira deixara de ser o que era. Quem permitira a devastação? Quem desenhara aqueles mostrengos de arquitectura? Quem caucionara a sanha corrosiva? (...) É que os povos não existem enquanto tal se desculturados.”
Posted by Rosa * 19.7.07 1 comments
terça-feira, 17 de julho de 2007
Mais uma scrophulariaceae
A esta família de nome complicado, as Escrofolariáceas, pertencem algumas das minhas flores preferidas (pelo menos este ano), as Digitalis, as Linaria, os Antirrhinum majus, as Veronica ... E agora os Verbascum. Todas elas têm características comuns, a que eu mais gosto é a forma como vão florescendo ao longo de uma haste vertical.
Posted by Rosa * 17.7.07 2 comments
segunda-feira, 16 de julho de 2007
Sem Sol
Finalmente, seus pés criaram raizes no chão, o rosto transformou-se numa flor que se move sob o seu caule de modo a acompanhar sempre o seu amado sol.
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domingo, 15 de julho de 2007
Este
E se de todos os meus locais tivesse mesmo que escolher um e só um... Provavelmente escolhia este onde vivem as Perpétuas-das-areias e onde cheira a caril porque estas plantas a que os Ingleses chamam Curry-plant perfumam intensamente o ar que se respira com prazer.
E só espero do fundo do meu coração que este local nunca possa ter um dono que lhe ponha um muro.
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sábado, 14 de julho de 2007
Indecisão
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sexta-feira, 13 de julho de 2007
Na beira da estrada
Posted by Rosa * 13.7.07 1 comments
Imortais
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quarta-feira, 11 de julho de 2007
Ir a banhos
O Verão este ano não está para grandes banhos, mar bravo, fortes nortadas, temperaturas baixas.... Mas valeu bem a ida à praia quando encontrei nas falésias as Anagalis que há muito procurava.
Posted by Rosa * 11.7.07 4 comments
terça-feira, 10 de julho de 2007
Nigela-bastarda
Posted by Rosa * 10.7.07 0 comments
domingo, 8 de julho de 2007
Surpresas
Nigella damascena L. Ranunculaceae
Ainda há dias aqui me queixava de nunca ter encontrado uma Nigella damascena espontânea, estas flores espantosas, muito conhecidas e utilizadas em jardinagem no mundo inteiro, são espontâneas no sul da Europa, Portugal incluído, onde com alguma sorte podem ser vistas nos terrenos cultivados ou incultos. Curiosamente por cá não são muito utilizadas em jardinagem, e mais curioso ainda, esta inspiradora flor que tantos nomes comuns ganhou pelo mundo inteiro*, parece não ter nome em português.
*Inglês: Black Caraway, Black Cumin, Black Seed, Damascena, Devil in-the-bush, Fennel flower, Melanthion, Nutmeg Flower, Roman Coriander, Wild Onion Seed
Francês: cheveux de Venus, nigell, poivrette
Alemão: Scharzkummel (black caraway)
Italiano: nigella
Espanhol: neguilla
Indiano: kala zeera (lit, ‘black cumin’), kalonji, krishnajiraka
Posted by Rosa * 8.7.07 3 comments
No meu jardim
E espreita para o calor dos campos com a cara toda,
Às vezes, de repente, bate-me a Natureza de chapa
Na cara dos meus sentidos,
E eu fico confuso, perturbado, querendo perceber
Não sei bem como nem o quê...
Mas quem me mandou a mim querer perceber?
Quem me disse que havia que perceber?
Quando o Verão me passa pela cara
A mão leve e quente da sua brisa,
Só tenho que sentir agrado porque é brisa
Ou que sentir desagrado porque é quente,
E de qualquer maneira que eu o sinta,
Assim, porque assim o sinto, é que é meu dever senti-lo...
Posted by Rosa * 8.7.07 1 comments
Labels: Fernando Pessoa, Poesia
quarta-feira, 4 de julho de 2007
terça-feira, 3 de julho de 2007
segunda-feira, 2 de julho de 2007
Pelas Levadas e Veredas da Madeira
Posted by Rosa * 2.7.07 1 comments
Labels: laurisilva