quinta-feira, 29 de novembro de 2007
Popúleo*
Álamos
As mulheres perdem o olhar nos álamos.
Os homens trepam-nos até enlouquecer.
João Manuel Ribeiro
Regras do mel e da flor (2002)
* (Do lat. populeu) Adj. Poét. Relativo ao álamo ou ao choupo.
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quarta-feira, 28 de novembro de 2007
Poetas para o Inverno
Floriram por engano as rosas bravas
No Inverno: veio o vento desfolhá-las...
Em que cismas, meu bem? Porque me calas
As vozes com que há pouco me enganavas?
(...)
Camilo Pessanha (1867.1926)
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terça-feira, 27 de novembro de 2007
Tenho cá para mim... A certeza de que uma das melhores coisas que se pode ter na vida, é uma árvore.
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domingo, 25 de novembro de 2007
Evadir-me, esquecer-me
Evadir-me, esquecer-me, regressar
À frescura das coisas vegetais,
Ao verde flutuante dos pinhais
Percorridos de seivas virginais
E ao grande vento límpido do mar.
Sophia de Mello Breyner Andresen
Obra Poética I
Caminho
Posted by Rosa * 25.11.07 0 comments
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Flores da estação
As Dombeyas são provavelmente o género botânico com que mais tenho aprendido coisas da vida. Seriam facilmente admitidas no selecto jardim da Alice no outro lado do espelho graças aos seus comportamentos tão maravilhosamente excêntricos. Florescem durante o Outono e o Inverno, de cabeça para baixo e têm o simpático hábito de nunca abandonar as suas flores. Enquanto a maioria das plantas utiliza as pétalas das flores apenas enquanto elas estão exuberantes e cumpridoras do seu efeito um bocadinho coquete de chamamento de polinizadores - polinização concluída ou assim que as pétalas percam um bocadinho do seu esplendor, tornam-se imediatamente dispensáveis e lançadas por terra - as Dombeyas são a única planta que conheço que guarda as suas flores e as suas pétalas para sempre. É uma lição de maturidade que a Dombeya nos dá quando mostra orgulhosa e desta forma descomplexada a decadência das suas flores.
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sábado, 24 de novembro de 2007
(...)
A minha herança pra você é uma flor
Um sino, uma canção, um sonho
Nenhuma arma ou uma pedra eu deixarei
A minha herança pra você é o amor
Capaz de fazê-lo tranquilo, pleno
Reconhecendo no mundo o que há em si
E hoje nos lembramos sem nenhuma tristeza
Dos foras que a vida nos deu
Ela com certeza
Estava juntando você e eu
Achei você no meu jardim
(...)
Vanessa da Mata . "Minha Herança: Uma flor"
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sexta-feira, 23 de novembro de 2007
quarta-feira, 21 de novembro de 2007
Fiel jardineiro II
Um Jardineiro - dos que já há poucos - não despreza, nem mesmo, as flores que caem no chão, como desprezam os funcionários dos espaços verdes.
Posted by Rosa * 21.11.07 1 comments
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domingo, 18 de novembro de 2007
Estrelas
A Literatura Latino Americana e o seu impetuoso universo fantástico devem com toda a certeza muito às plantas nativas da América central. Facilmente nos apercebemos que alguns dos exemplares mais exuberantes e inspiradores da Botânica têm a sua origem nesta zona do Planeta. Os próprios cientistas transformam-se quando deparam com esta natureza fantástica e são exemplificativos desta atitude os nomes escolhidos para estas plantas. Já aqui falei da paixão do Sr. L. pela Mexicana noctívaga, Mirabilis jalapa, da natureza surpreendente da Justicia brandegeana, podia ainda referir entre muitas outras, as universais - mas de origem no México- Dálias, as deliciosas Tropaeolum majus... Mas a Mexicana do momento é só "A Mais Bela das Eufórbias" é este, literalmente, o significado do nome científico dado a esta planta, em 1843 no jardim Botânico de Berlim por dois cientistas Alemães - Carl Ludwig Willdenow e Johann Friedrich Klotzsch- que a quiseram imortalizar com o epíteto pulcherrima (a mais bela de todas) que é coisa de que muito poucas belas se podem orgulhar.
Posted by Rosa * 18.11.07 1 comments
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Jardins alquímicos
" O pão dos alquimistas é todo feito de flores (...)
A flor é o alimento, o jardim onde ela se esconde é o paraíso da vida. O resto é o prazer da leitura."
"Tal como a alquimia, a arte de jardinar é uma arte da alma. Ensina primeiro os segredos da vida para depois nos confrontar com os mistérios da morte. Deixando ver, em última revelação, que a flor, mesmo no centro, é a chama que não se extingue."
Yvette Centeno . "A Arte de Jardinar (Do Símbolo ao Texto Literário)"
Posted by Rosa * 18.11.07 0 comments
sábado, 17 de novembro de 2007
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quinta-feira, 15 de novembro de 2007
quarta-feira, 14 de novembro de 2007
Diospiros
E o prémio da fruta da época vai inteirinho para os Diospiros, fruto que se adora ou se detesta. Gosto das coisas assim.
Posted by Rosa * 14.11.07 11 comments
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terça-feira, 13 de novembro de 2007
No Reino do Sião
Posted by Rosa * 13.11.07 1 comments
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segunda-feira, 12 de novembro de 2007
Palavras de ver
*
"O perfume das buganvílias
Abraçava a tarde tão atrevidamente
Que o rubor alastrava às nêsperas."
João Manuel Ribeiro - "A circulação precoce dos relâmpagos"
Posted by Rosa * 12.11.07 0 comments
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domingo, 11 de novembro de 2007
sexta-feira, 9 de novembro de 2007
Flores Justas #2
Posted by Rosa * 9.11.07 0 comments
Amaryllis
Nunca é demais lembrar que as flores não possuem a mínima réstia de inteligência, apesar disso sabem coisas que tomara a nós, nem que fosse poder sonhar. A já experiente - no florir - Amaryllis dobrada, sabe há muito que a Primavera é a sua época, até agora nunca tinha falhado, chegava a Primavera e ela cumpria-a com devoção e responsabilidade. Este ano surpresas das surpresas, não houve adubo, rega dedicada, local solarengo e protegido dos ventos, que convencesse a Bela Amarryllis a declarar a Primavera. A desilusão foi em várias frentes, a Própria Primavera não parecia a mesma, ficou descomposta, talvez aborrecida. Mesmo assim veio o Verão e depois o Outono. Ninguém poderia adivinhar que a Amaryllis iria escolher logo o Outono para trair a Primavera.
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quinta-feira, 8 de novembro de 2007
somos uma árvore nem sempre
pensada. vimos uns dos outros como
se fossemos terra uns dos outros, terra e
sangue, ágil sobre o tempo por
instinto e uma certa paixão. somos
uma árvore nem sempre erguida.
temo-nos uns aos outros como
causas e efeitos em busca dos
caminhos e uma certa paixão.
somos uma árvore nem sempre
razoável. magoamo-nos uns aos
outros como necessitados de coisas
más sem grandes razões e de
uma certa paixão
poema de valter hugo mãe
Posted by Rosa * 8.11.07 2 comments
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quarta-feira, 7 de novembro de 2007
Amaryllis
(cont.)
Posted by Rosa * 7.11.07 1 comments
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Verde blog
Posted by Rosa * 7.11.07 1 comments
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
Realismo fantástico
México
Gabriel Garcia Marques . "Cem anos de solidão" »
Posted by Rosa * 5.11.07 0 comments
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