Alcar
A família das Cistáceas é muito comum em Portugal, são em geral plantas que conseguem tirar partido dos solos mais pobres, achei graça quando ao consultar o site de um Inglês que cultiva Cistáceas, ele alertava para o "perigo" dos solos ricos e fertilizados no cultivo destas plantas. A germinação das sementes é activada pelo calor e mesmo pelo fogo, sendo esta provavelmente outra razão que justifica o seu sucesso por cá.
Em Portugal o género Cistus Lin. é muito comum e variado como justificam a grande variedade de nomes populares (Estêva; Ládano; Lábdano; Roselha; Xara, Estevão; Rosêlha; Saganho; Sargaço; Estevinha...). No Alentejo descobriu-se recentemente a grande riqueza que constituem os óleos essenciais da muito comum Esteva (Cistus ladanifer).
Existem outros géneros porventura menos conhecidos na família das cistaceas, Halimium, Helianthemum, Fumana e Tuberária, são plantas espontâneas comuns em Portugal apesar de alguns exemplares específicos estarem em perigo de extinção.
Curiosamente, se os nomes comuns das Cistus estão bastante documentados, para os restantes géneros não são fáceis de encontrar (pelo menos em Português). O Género Tuberária (sin. Xolantha), recebe este nome por causa da forma das raízes (Túberas= Trufas) por esta razão recebem nomes comuns como Tuberária ou Erva-das-Túberas.
A Tuberária lignosa Samp.* ou Xolantha tuberaria é chamada pelo povo, Erva-da-Desinfecção e utilizada em infuso contra úlceras e feridas de difícil cicatrização, chamam-lhe ainda Arcádia, Arouca, e Alcar. Alcar? Alguém sabe porquê.
*Gonçalo Sampaio em Flora Portuguesa
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