terça-feira, 29 de maio de 2007

No Parque

Tilia americana . Parque Eduardo VII

Ontem fui buscar a minha filha mais nova à escola, perguntei-lhe - Vamos para casa ou vamos ver os Jacarandás? - Vamos ver os jacarandás, foi a resposta pronta.
Fomos ao Parque Eduardo VII, ali pertinho da feira do livro, mas não fomos comprar livros e gelados como é hábito nesta altura do ano.
Vimos os Jacarandás, vimos a flor muito pequenina da Tília americana, mesmo ao lado a flor muito grande da Magnólia grandiflora, procurámos flores encarnadas, porque lhe apetecia, mas só havia uma rosa muito velhinha, contámos os passos de gigante para chegar até ao canteiro dos Acantos e tirámos uma fotografia que mostra que os Acantos ainda são maiores do que a Marta, qualquer dia deixam de ser, reparámos que os Agapantos estão nervosos para florir, admirámo-nos com os enormes Castanheiros da Índia e apanhámos os pequenos ouriços ainda verdes, um bocadinho assustadores- disse a Marta- picam e até servem para pregar umas partidas... Lá para o Outono vão dar castanhas para os cavalos, porque as castanhas do senhor das castanhas, essas estão nos Castanheiros do campo.


Alameda central do Parque Eduardo VII - Nos meus sonhos

E mais uma vez lamentei que a alameda central do Parque Eduardo VII com aquela triste topiária não sirva para nada, que bom que era um prado com flores silvestres naquele local.

5 comentários:

anónimo disse...

Foi a ideia mais original que ouvi até agora: cultivar campos de flores do campo nos minúsculos campos da cidade. Repara que o efeito seria extraordinário: uma vez que as flores e plantas do campo são "mal-comportadinhas", cedo elas sairiam dos canteiros e inundariam todos os recantos perdidos e achados das ruas, do sopé dos edifícios, talvez até do topo dos edifícios (pelas sementes levadas pelos pombos ou pelo vento), das pontes, dos caixotes do lixo, das vielas escuras mas frescas, enfim...surgiria uma nova humanidade porque, certamente, na evolução humana deve pesar a diferença entre sair de casa e ver um campo de flores, e sair de casa e ver uma construção de betão.

Rosa disse...

Alexandre,
Essa hipótese de invasão das flores pode ser um verdadeiro pesadelo para algumas mentes mais tacanhas, aquelas que se aplicam a fazer obsessivas podas químicas nas calçadas de Lisboa.

Anónimo disse...

Também acho esta ideia fantástica (a do prado com flores silvestres)!

Se fosse presidente da Camara, aqui no Porto decerto que tinha o aval da maioria dos portuenses para avançar com a ideia- e mandava escacar (não deixaria de comandar as tropas) logo aquele Sizento todo dos Aliados e da Praça.
Ou então mandava plantar lá magnólias! ;-)

Miguel Drummond de Castro disse...

Ver: Que ideia maravilhosa, prados na cidade!
Também gostei da palavra "sizento" da Manuela e do post do Alexandre que visiona uma cidade clara e límpida.
Força com os campos magnólicos! (Plantei uma em Lisboa, do que muito me orgulho)

Paulo disse...

Acho que faria muito mais sentido. Na "fotografia" fica lindo e os relvados não se dão muito bem com o clima de Lisboa. Além disso são aborrecidos. Eu voto no candidato à C.M.L. que goste de flores silvestres e que proíba a sua exterminação, por via química ou outra.
Há dias, em frente ao Mosteiro da Batalha, estavam a ceifar com uma maquineta as flores todas que tinham nascido na encosta que desce da Estrada Nacional para o terreiro. É o medo da cor, assim como existe o medo da sombra que leva às célebres podas.